Ansegisel

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Ansegisel
Ansegisel
Peter Paul Rubens: Ansegisel és Begga
Nascimento 610
Desconhecido
Morte 662 (51–52 anos)
Desconhecido, Chaudfontaine
Progenitores
Cônjuge Begga de Landen
Filho(a)(s) Pepino de Herstal, Clothildis Doda, Martin of Laon
Irmão(ã)(s) Clodulfo de Métis
Ocupação aristocrata

Ansegisel (morto entre 648 e 669) foi um alto oficial franco, um dos antepassados de Carlos Magno.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi um dos filhos de santo Arnulfo, bispo de Metz, e de santa Doda. Apenas um documento coevo documenta sua existência, um diploma do rei Sigeberto III datado de c. 643-8 emitido em favor da Abadia de Stavelot, sendo citado junto com seu irmão Clodulfo com o título de domesticus, um elevado cargo administrativo, mais ou menos equivalente a governador de uma província. Seus prestígio é atestado também pelo fato de que ele é citado logo depois de duques. Outros diplomas da época que o citam, aceitos por muito tempo, recentemente se revelaram falsificações.[1]

No final do século VIII, Paulo Diácono, na sua História dos Lombardos, menciona-o mas chama-o de Anquises e o qualifica de major domus (mordomo do palácio). Por volta de 805, os Anais Mettensespriores o qualificam como príncipe. Já existia então uma tendência dos carolíngios em glorificar os seus antepassados ​​e de ligá-los aos Troianos (Anquises era o pai de Eneias) e, através desta ligação, à Roma Imperial. O silêncio das fontes contemporâneas permite afirmar que Ansegisel nunca foi mordomo de palácio, nem príncipe, e as histórias que o reivindicam são a expressão de um desejo de sobrevalorizar a importância dos antepassados ​​de Carlos Magno, ou uma confusão com Adalgisel, que efetivamente foi um mordomo do palácio na época considerada.[2]

Sua morte só é descrita em uma fonte tardia, uma Vida de Santa Begga, datada do século XII, onde é dito que certo dia, ao voltar de uma caçada, teria encontrado um bebê na floresta. A despeito do mau pressentimento da esposa, ele decide recolhê-lo para o criar, dando-lhe o nome Gondoin. Anos mais tarde, Gondoin teria assassinado o pai adotivo com o intuito de casar com a mãe adotiva e receber a grande herança. Essa narrativa tem características de ser uma elaboração fantasiosa de origem popular, e não recebe crédito entre os pesquisadores sérios. Porém, aceita-se que possa ter sido morto por algum inimigo chamado Gondoin. Um Gondoin que era duque da Austrásia em 669 e cuja esposa era filha de um inimigo de Pepino de Herstal, filho de Ansegisel, é um possível candidato a ser o assassino. A data de sua morte é muito incerta, colocada entre os anos de 648 e 669.[1]

Casamentos e filhos[editar | editar código-fonte]

Casou-se por volta de 643 ou 644 com Begga de Landen (◊ c. 615 † c. 694), filha de Pepino de Landen, prefeito do palácio da Austrásia e de Ida de Nivelles. O casal gerou:[1]

  1. Pepino de Herstal (◊ c. 645 † 714), prefeito do palácio da Austrasia, Nêustria e Borgonha.
  2. Clotilde de Herstal (◊ c. 650 † 699), esposa de Teodorico III.
  3. Grimo, filho incerto, abade de Corbie e arcebispo de Rouen de 690 a 748.

Referências

  1. a b c Settipani, Christian. Les Ancêtres de Charlemagne. 2.e ed. révue et corrigée. Oxford: Prosopographica et Genealogica, 2014, pp. 99-100
  2. Settipani, Christian. La Préhistoire des Capétiens Villeneuve-d'Ascq, 1993, p. 151
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