António Augusto de Carvalho Monteiro
António Augusto de Carvalho Monteiro | |
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António Augusto de Carvalho Monteiro | |
Nascimento | 27 de novembro de 1848 Rio de Janeiro |
Morte | 24 de outubro de 1920 (71 anos) Sintra - Portugal |
Residência | Quinta da Regaleira |
Nacionalidade | ![]() ![]() |
António Augusto de Carvalho Monteiro (Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1848 — Sintra, 24 de outubro de 1920), conhecido pela alcunha de Monteiro dos Milhões, filho de Francisco Augusto Mendes Monteiro e de sua mulher Ana Thereza Carolina de Carvalho, foi um homem de cultura, camonista reconhecido e entomologista, e especialmente conhecido por ter sido o responsável pela construção do palácio da Quinta da Regaleira[1] [2].
Biografia[editar | editar código-fonte]
Herdeiro de uma grande fortuna familiar, multiplicada no Brasil com o comércio de cafés e pedras preciosas, cedo embarcou para Portugal onde se licenciou em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1871.
Casou-se, em 1873, com Perpétua Augusta Pereira de Melo.
Regressou ao Brasil, onde viveu em Petrópolis e no Rio de Janeiro até 1876.
Monteiro foi um distinto coleccionador e bibliófilo, detentor de uma das mais raras colecções camonianas.[1][2]
O túmulo[editar | editar código-fonte]

Carvalho Monteiro morreu em 1920. Tinha mandado construir o seu túmulo, no Cemitério dos Prazeres, ao mesmo arquitecto que construiu a Quinta da Regaleira, Luigi Manini. A porta do jazigo, também ele recheado de simbologia, era aberta com a mesma chave que abria a Quinta da Regaleira[3] e o seu palácio em Lisboa, na Rua do Alecrim.
O jazigo, localizado do lado esquerdo na alameda de quem entra no Cemitério, ocupando uma área com o lugar, o tamanho e a forma do secretário num templo maçónico, referenciando a igreja como oriente, ostenta múltipla e variada simbologia.
A porta tem, gravada na aldraba, uma borboleta da família Sphingidae (esfingídeos) que tem a particularidade de ter um desenho no tórax semelhante a uma caveira[4].
O gradeamento, que podemos ver nas traseiras do jazigo, ostenta a simbologia do vinho e do pão, o espírito e o corpo. Corujas, símbolo de sabedoria, ornamentam o jazigo, assim como as papoilas-dormideiras que simbolizam a morte.[1][2]
Referências
- ↑ a b c Andrade, Paulo. De Lagos da Beira à Regaleira: As Origens de António Augusto Carvalho Monteiro: Parte I. Andrade, Paulo. De Lagos da Beira à Regaleira: As Origens de António Augusto Carvalho Monteiro: Parte II.
- ↑ a b c Carvalho, Fernando Vaz dos Santos. António Augusto Carvalho Monteiro: Um Naturalista Pioneiro: As Coleções de História Natural, 2012.
- ↑ Quinta da Regaleira.
- ↑ O seu nome científico é Acherontia atropos, sendo Aqueronte o barqueiro que transporta as almas na travessia do rio Hades, e Atropos a entidade que corta o fio da vida.
Galeria[editar | editar código-fonte]
Torre com os símbolos Manuelinos sobre os Descobrimentos portugueses.
Uma das chaminés. O Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena visíveis no horizonte.
- Nascidos em 1848
- Mortos em 1920
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