Antônio Paraupaba

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antônio Paraupaba
Nascimento século XVII
Morte década de 1650
Países Baixos
Cidadania Brasil
Etnia Potiguaras
Ocupação intérprete, chefe militar

Antônio Paraupaba (Capitania da Paraíba, 1595Países Baixos, 1656) foi um líder militar, intérprete e mediador indígena.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos e juventude[editar | editar código-fonte]

Antônio Paraupaba nasceu no ano de 1595 na capitania da Paraíba,[1] Brasil Colônia, em uma família indígena de origem potiguara, filho de Gaspar Paraupaba e de sua esposa. Em 1625, Potiguara foi junto com seu pai e outros indígenas para as Províncias Unidas,[2] onde aprendeu a língua neerlandesa e adotou a religião reformada.

Carreira militar[editar | editar código-fonte]

Em 1631, voltou ao Brasil, onde atuou como intérprete entre os holandeses e os indígenas. Chegou a ser capitão da aldeia de Aabaú em 1639.

Com a saída definitiva de João Maurício de Nassau do Brasil Holandês em 1644, Paraupaba voltou a Holanda fazendo parte da comitiva deste. Em novembro do mesmo ano, Paraupaba saiu de volta para o Brasil.

De volta ao Brasil Holandês, entre 1645 e 1649, Paraupaba assumiu o cargo de Capitão e Regedor do Rio Grande. Ativo na política, lutou pela abolição da escravatura indígena e africana nos territórios do Brasil holandês. Foi um dos articuladores da revolta indígena em Cunhaú e Uruaçu. Como militar ainda lutou nas Batalhas dos Guararapes. Em 1648 fez parte da missão do Ceará e Ibiapaba.

Atuação política[editar | editar código-fonte]

Na sua atuação política no Brasil, é conhecido o contato que Paraupaba teve com diversos líderes Potiguaras, dentre eles: Pedro Poti, Carapeba e Filipe Camarão.

Paraupaba no Parlamento Holandês

Com o Tratado de Taborda os holandeses deixaram o Brasil e com estes seguiram Antônio Paraupaba, sua esposa Paulina e dois filhos, no começo de fevereiro de 1654 para o Holanda.

Já nas terras holandesas, Paraupaba atuou no Parlamento Holandês, com o intuito de que os holandeses retornassem ao Brasil. Um plano político que tinha uma conexão com a nação potiguara refugiada na Chapada da Ibiapaba, Ceará e esperava a retorna holandesa contra os portugueses.[3]

Morte[editar | editar código-fonte]

Em 1656, Antônio Paraupaba faleceu nas terras holandesas sem conseguir apoio para o seu último projeto político: restabelecer a aliança Holandesa–potiguara e assim salvar a nação Potiguara, dos planos portugueses.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Antônio Paraupaba». Dicionário Biográfico e Temático do Brasil na Monarquia Hispânica (1580-1640). Consultado em 8 de setembro de 2022 
  2. «Revista de História» (PDF). 2006. Consultado em 6 de abril de 2010. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011 
  3. Souto Maior, Pedro. Faustos Pernambucanos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, Vol. LXXXV, Tomo 1, 1913, pp. 142-176

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Souto Maior, Pedro. Faustos Pernambucanos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, Vol. LXXXV, Tomo 1, 1913, pp 142–176
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.