Lista de prefeitos de São Carlos (São Paulo)

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Prefeito de São Carlos

Brasão de São Carlos
Duração Quatro anos com direito a uma reeleição
Criado em 1902
Primeiro titular Rodolfo Gastão Fernandes Sá
Sucessão Através de sufrágio universal direto
Vice Edson Aparecido Ferraz
Salário R$ 10.112,00
Website www.saocarlos.sp.gov.br
Palacete Conde do Pinhal, antiga sede da prefeitura (década de 1920 a 2008).

Esta é uma lista de intendentes, interventores e prefeitos do município de São Carlos. De 1892 a 1908, o chefe do poder executivo municipal chamava-se "intendente" e a prefeitura, "intendência". Somente a partir de 1930 é que surgiram as prefeituras como hoje a conhecemos.[1][2]

Brasil Império: Presidentes da Câmara Municipal (1865 a 1890)[editar | editar código-fonte]

No final do Brasil Império, as funções executivas eram atribuídas ao presidente da Câmara Municipal. Em São Carlos, no período, eram lideranças políticas o Conde do Pinhal, chefe do Partido Liberal (chamados "farrapos"); e o Visconde da Cunha Bueno, líder do Partido Conservador na cidade (os "cascudos").[3][4] Ambos os partidos eram monarquistas.[5]

Já os irmãos do Conde, Paulino Carlos e Bento Carlos, eram republicanos. O diretório do Partido Republicano Paulista de São Carlos foi fundado por Paulino Carlos, em 1878.[5]

Nome Partido Início do mandato Fim do mandato Observações
1 Major Joaquim Roberto Rodrigues Freire 15/09/1865 06/09/1869 Nomeado pela Câmara
2 Tenente Joaquim de Meira Botelho 08/01/1869 31/03/1874 Nomeado pela Câmara
3 José Elias de Quadros Pacheco Partido Conservador[6][7] 01/04/1874 07/01/1877 Nomeado pela Câmara
4 Luiz Carlos de Arruda Mendes 08/01/1877 06/01/1881 Nomeado pela Câmara
5 Rodolfo Gastão de Sá 07/01/1881 06/01/1887 Nomeado pela Câmara
6 Joaquim de Arruda Campos 07/01/1887 06/01/1888 Nomeado pela Câmara
7 Major Joaquim Roberto Rodrigues Freire 07/01/1888 06/01/1889 Nomeado pela Câmara
8 Vicente Cabral 07/01/1889 06/01/1890
[18/01/1890]
Nomeado pela Câmara [?]

República Velha[editar | editar código-fonte]

Presidentes do Conselho de Intendência (1890 a 1892)[editar | editar código-fonte]

Com a proclamação da República, o governo do Estado passou a nomear Conselhos de Intendência. Na política local, entretanto, pouco mudou, revezando-se, até 1930, as facções de aliados da família Arruda Botelho (os "botelhistas", ou "bicheiros"), então liderados por Paulino Carlos; e os aliados da família Salles & Camargo Penteado ("salistas", ou "faustinos").[2][5]

Os salistas tinham como representante o coronel José Augusto de Oliveira Salles, casado com Maria da Anunciação Camargo Penteado, e primo de Campos Salles.[5] Dentre as lideranças políticas da família, esteve, inicialmente, o Major José Inácio de Camargo Penteado (parente de Maria) e, depois, Elias de Camargo Salles (filho do Coronel Salles).[5]

Durante o Império, tanto botelhistas quanto salistas eram integrantes do Partido Liberal,[8] embora o Major José Ignácio fosse do Partido Conservador.[5] Por volta de 1890, com a extinção dos partidos do Império,[7] ambas as correntes passaram para o Partido Republicano Paulista (PRP).[9] As facções dos botelhistas e salistas se referenciavam como, respectivamente, PR Conservador, e PR Governista – e, após 1923, como PR Municipal e PR de São Carlos.[10]

No início da República, houve dominância da família Botelho na política local.[2]

Nome Partido Início do mandato Fim do mandato Observações
1 Rodolfo Gastão Fernandes Sá
[Gastão de Sá]
"botelhistas"[Nota 1] 18 de janeiro de 1890 29 de março de 1891 Nomeado pelo governador estadual
Prudente de Moraes
[2][11]
2 Bento Carlos de Arruda Botelho[Nota 2] "botelhistas"[5] 30 de março de 1891 21 de dezembro de 1891 Nomeado pelo governador estadual
3 Antonio Diniz 22 de dezembro de 1891 6 de maio de 1892 Nomeado pelo governador estadual
4 Eugênio Andrade Egas "botelhistas"[5] 7 de maio de 1892 7 de junho de 1892 Nomeado pelo governador estadual

Intendentes Municipais (1892 a 1908)[editar | editar código-fonte]

Neste período, a legislação estadual estabeleceu uma divisão na esfera municipal entre o poder legislativo (Câmara) e o executivo (intendente). No entanto, na prática, a divisão não era tão expressiva, pois o intendente era escolhido entre e pelos vereadores, e muitas vezes a função do intendente era limitada ou mesmo acumulada pelos presidentes da Câmara.[2]

Em 1896, com a eleição de Campos Salles ao governo do Estado, mais tarde presidente, e com a morte do Conde em 1901, ganharam força os "salistas".[2]

Nome Partido Início do mandato Fim do mandato Observações
1 Eugênio Andrade Egas "botelhistas"[5] 30 de setembro de 1892 6 de janeiro de 1894 Nomeado pela Câmara
(Presidente da Câmara: Joaquim José Gonçalves Braga)
2 Eugênio Andrade Egas "botelhistas"[5] 7 de janeiro de 1894 7 de janeiro de 1896 Nomeado pela Câmara
(Presidente da Câmara: Augusto de Souza Franco)
3 Major Julio de Salles "salistas"[5] 7 de janeiro de 1896 7 de janeiro de 1898 Nomeado pela Câmara
(Presidente da Câmara: Ladeia de Faria)
4 Joaquim Augusto Gomide 7 de janeiro de 1898 6 de janeiro de 1902 Nomeado pela Câmara
(Presidente da Câmara: Marcolino Lopes Barreto)
5 Rodolfo Gastão Fernandes Sá "botelhistas"[Nota 1] 7 de janeiro de 1902 7 de janeiro de 1903 Nomeado pela Câmara
(Presidente da Câmara: Joaquim Augusto Gomide)
6 Rodolfo Gastão Fernandes Sá "botelhistas"[Nota 1] 8 de janeiro de 1903 8 de janeiro de 1905 Nomeado pela Câmara
(Presidente da Câmara: Joaquim Augusto Gomide)
7 Victor Manuel de Souza Lima 7 de janeiro de 1905 7 de janeiro de 1906 Nomeado pela Câmara
(Presidente da Câmara: Serafim Vieira de Almeida)
8 Manoel Antônio de Mattos "botelhistas"[Nota 3] 8 de janeiro de 1906 14 de janeiro de 1908 Nomeado pela Câmara
(Presidente da Câmara: Afonso Botelho de Abreu Sampaio)

Primeiros Prefeitos (1908 a 1930)[editar | editar código-fonte]

Os sallistas dominaram as eleições municipais de 1910 a 1921.[8] Foram interrompidos apenas pela eleição do botelhista Dr. Teixeira de Barros, mas logo recuperaram a hegemonia, até a revolução de 1930.[8]

Nome Partido Início do mandato Fim do mandato Observações
1 Rodolfo Gastão Fernandes Sá "botelhistas"[Nota 1] 15 de janeiro de 1908 11 de janeiro de 1910 Nomeado pela Câmara
2 José Rodrigues Sampaio "salistas"[12] 11 de janeiro de 1910 15 de janeiro de 1914 Nomeado pela Câmara
3 Delfino Martins de Camargo Penteado "salistas"[12] 15 de janeiro de 1914 15 de janeiro de 1917 Nomeado pela Câmara
4 Elias Augusto de Camargo Sales "salistas"[12] 15 de janeiro de 1917 15 de janeiro de 1920 Nomeado pela Câmara
5 Eugênio Franco de Camargo "botelhistas"[Nota 4] 15 de janeiro de 1920 15 de janeiro de 1922 Nomeado pela Câmara
6 Elias Augusto de Camargo Sales "salistas"[12] 15 de janeiro de 1922 15 de janeiro de 1923 Nomeado pela Câmara
7 José Fonseca Teixeira de Barros "botelhistas",
"salistas"[13]
15 de janeiro de 1923 15 de janeiro de 1925 Nomeado pela Câmara
8 Joaquim Evangelista de Toledo "botelhistas"[12] 15 de janeiro de 1925 14 de janeiro de 1928 Nomeado pela Câmara
9 Alencar da Cruz Leite 16 de janeiro de 1928 3 de fevereiro de 1928 Nomeado pela Câmara (eleição anulada)
10 Paulino Botelho de Abreu Sampaio[Nota 5] "botelhistas"[12] 4 de fevereiro de 1928 27 de outubro de 1930 Nomeado pela Câmara

Prefeitos no início da Era Vargas[editar | editar código-fonte]

Durante o Governo Provisório (1930–1934) e o Governo Constitucional (1934–1937), da Era Vargas, os prefeitos foram nomeados pelo Interventor Federal, nome dado no período ao Governador do Estado.

Nome Partido Início do mandato Fim do mandato Observações
1 Ananias Evangelista de Toledo PD[12] 6 de dezembro de 1930 12 de abril de 1932 Era presidente da Câmara, foi nomeado chefe da Junta
Governativa do município (de 27/10/1930 a 06/12/1930)
pelo governo provisório estadual; posteriormente, foi
nomeado Prefeito
2 Antonio Militão de Lima "botelhistas"[14] 13 de abril de 1931 15 de novembro de 1932 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal)
3 José Maria de Souza PSB[12] 16 de novembro de 1932 30 de abril de 1933 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal); pós-
Revolução de 1932
4 Carlos Simplício R. da Cunha PSB[12] 1º de março de 1933 16 de agosto de 1933 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal)
5 Durval Accioli 17 de agosto de 1933 9 de março de 1934 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal)
6 Samuel Valentie de Oliveira 10 de março de 1934 9 de abril de 1935 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal)
7 Sizenando de Toledo Porto 10 de abril de 1935 27 de julho de 1935 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal)
8 Ananias Evangelista de Toledo PD[12] 28 de julho de 1935 12 de fevereiro de 1936 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal)
9 João Sabino 5 de março de 1936 23 de julho de 1936 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal)
10 Elias Augusto de Camargo Sales[15] "salistas"[12] 27 de julho de 1936 22 de outubro de 1937 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal);
foi assassinado durante o mandato
11 José Fonseca Teixeira de Barros 23 de outubro de 1937 18 de maio de 1938 Nomeado pelo governo central (estadual ou federal)

Prefeitos no Estado Novo[editar | editar código-fonte]

Nome Partido Início do mandato Fim do mandato Observações
1 Carlos de Camargo Salles "salistas"[5] 21 de maio de 1938 24 de julho de 1941 Nomeado pelo Interventor Federal
2 Sabino Botelho de Abreu Sampaio Camargo
[Sabino de Abreu Camargo][Nota 6]
"botelhistas" 20 de agosto de 1941 21 de novembro de 1945 Nomeado pelo Interventor Federal
3 Celso Penteado 24 de novembro de 1945 13 de dezembro de 1945 Interino
4 Sabino de Abreu Camargo "botelhistas" 14 de dezembro de 1945 10 de janeiro de 1947 (Retornou de licença)
5 João Neves Carneiro[16] 10 de janeiro de 1947 1º de julho de 1947 Interino
6 Luís Botelho de Abreu Sampaio 2 de julho de 1947 31 de dezembro de 1947 Nomeado pelo governador eleito Adhemar de Barros

Prefeitos na República Populista[editar | editar código-fonte]

Nome Partido Início do mandato Fim do mandato Observações
1 Luís Augusto de Oliveira PSD-PRP 1º de janeiro de 1948 20 de fevereiro de 1951 Eleito
Leôncio Zambel 20 de fevereiro de 1951 30 de outubro de 1951 Interino
José Paulo Spallini 30 de outubro de 1951 8 de novembro de 1951 Interino (Presidente da Câmara)
2 Antonio Massei PTB 1º de janeiro de 1952 1º de janeiro de 1956 Eleito
3 Luís Augusto de Oliveira PSP-PTB-PTN-PSD 1º de janeiro de 1956 1º de julho de 1956 Eleito (afastado para tratamento de saúde)
Francisco Xavier Amaral Filho 1º de julho de 1956 7 de julho de 1956 Interino (Presidente da Câmara)
Alderico Vieira Perdigão 7 de julho de 1956 31 de dezembro de 1959 Vice-prefeito eleito (assumiu pelo falecimento de
Luís Augusto de Oliveira)
4 Antonio Adolpho Lobbe PDC-PRP-PSD-UDN 1º de janeiro de 1960 31 de dezembro de 1963 Eleito

Prefeitos no Regime Militar[editar | editar código-fonte]

No período, o partidos foram extintos, instituindo-se o bipartidarismo, com a ARENA (partido oficial dos militares) e o MDB (oposição consentida). Foram suprimidas também as eleições diretas para presidente da República, governadores de estado, prefeituras de capitais e de alguns municípios considerados estratégicos,[17] excluindo-se São Carlos.

Nome Partido Vice-prefeito Início do mandato Fim do mandato Observações
5 Antonio Massei PTN-PR Carmine Botta 1º de janeiro de 1964 31 de janeiro de 1969 Prefeito e vice eleitos
6 José Bento Carlos Amaral ARENA 1º de fevereiro de 1969 23 de abril de 1970 Eleito (foi cassado pelo governo militar)
Antônio Teixeira Viana 24 de abril de 1970 30 de abril de 1973 Interventor Federal nomeado pelo
presidente da república
7 Mário Maffei ARENA Hugo Collin Ferreira 1º de fevereiro de 1973 31 de janeiro de 1977 Prefeito e vice eleitos
8 Antonio Massei ARENA Rubens Massucio 1º de fevereiro de 1977 15 de abril de 1977 Prefeito e vice eleitos (mandato prorrogado)
Rubens Massucio ARENA 16 de abril de 1977 15 de março de 1978 Vice-prefeito eleito (assumiu por motivo de licença
de saúde do prefeito)
8 Antonio Massei ARENA Rubens Massucio 16 de março de 1978 30 de janeiro de 1981 Prefeito e vice eleitos
31 de janeiro de 1981 28 de fevereiro de 1983 Prefeito e vice eleitos (mandato prorrogado
até 31/01/1983 pela Emenda Constitucional
n° 14 de 09/11/1980)

Prefeitos na Nova República[editar | editar código-fonte]

Nome Partido Vice-prefeito Início do mandato Fim do mandato Observações
9 João Octávio Dagnone de Melo PMDB Antonio Adolpho Lobbe Neto 1º de março de 1983 31 de outubro de 1987 Prefeito e vice eleitos (mandato
prorrogado até 31/12/1988)
Vilberto Adolpho Cattani 1º de novembro de 1987 1º de dezembro de 1987 Interino (Presidente da Câmara)
9 João Octávio Dagnone de Melo PMDB Antonio Adolpho Lobbe Neto 2 de dezembro de 1987 31 de dezembro de 1988 Prefeito e vice eleitos (mandato
prorrogado até 31/12/1988 "nova
constituição" de 1988)
10 Neurivaldo José de Guzzi PTB Ademir Martins de Oliveira 1º de janeiro de 1989 31 de dezembro de 1992 Prefeito e vice eleitos
11 Rubens Massucio PTB Henriqueta Roiz Garcia Ferreira 1º de janeiro de 1993 31 de dezembro de 1996 Prefeito e vice eleitos
12 João Octávio Dagnone de Melo PFL/PSD Airton Garcia Ferreira 1º de janeiro de 1997 31 de dezembro de 2000 Prefeito e vice eleitos
13 Newton Lima Neto PT Rose Mendes
(PT)

Emerson Pires Leal
(PMDB)

1º de janeiro de 2001 31 de dezembro de 2004 Prefeito e vice eleitos
14 1º de janeiro de 2005 31 de dezembro de 2008 Prefeito e vice reeleitos[18]
15 Oswaldo Baptista Duarte Filho,
Oswaldo Barba
PT Emerson Pires Leal
(PMDB)
1º de janeiro de 2009 31 de dezembro de 2012 Prefeito e vice eleitos[19]
16 Paulo Roberto Altomani PSDB Claudio Di Salvo
(PSDB)/(DEM)
1º de janeiro de 2013 31 de dezembro de 2016 Prefeito e vice eleitos[20]
17 Airton Garcia Ferreira PSB/PSL/PP Giuliano Hildebrand Cardinali
(PSD)

Edson Aparecido Ferraz
(MDB)

1° de janeiro de 2017 31 de dezembro de 2020 Prefeito e vice eleitos[21]
18 1º de janeiro de 2021 atual Prefeito e vice reeleitos
Legenda
cor significado
verde mandatários eleitos por votação direta
bege mandatários interinos, ou nomeados pela Câmara Municipal e pelo governo central (estadual ou federal)

Notas

  1. a b c d Rodolfo Gastão Fernandes Sá, apesar de indicado como "salista" por Gomes (2008), provavelmente era botelhista, como apontado por Lima (2007), pois outras fontes (SÃO CARLOS, 2015) informam que os primeiros anos da república foram dominados pelos botelhistas. Enfim, Gastão de Sá era casado com Joanna de Sampaio Sá (FAMILYSEARCH, 2014), e conforme Conceição (2015), a família dos Abreu Sampaio era aliada dos Arruda Botelho. No entanto, notar que a posse de um certo nome de família não garante uma determinada posição política: p. ex., José Rodrigues Sampaio é apontado como salista, enquanto Paulino Botelho Sampaio é indicado como botelhista.
  2. Bento Carlos.
    Bento Carlos de Arruda Botelho (1841 – 1896) foi proprietário de terras, cafeicultor e político.

    Irmão caçula do Conde do Pinhal, Bento Carlos formou, juntamente com seu outro irmão, Paulino Carlos, uma espécie de triunvirato teve grande influência política na cidade e região durante a segunda metade do século XIX (ZIOLI, 2006). Bento Carlos teve também destacável participação na produção de café no município (CONCEIÇÃO, 2015).

    Em 1878, fundou o PRP local, junto a Paulino Carlos e o Major José Inácio de Camargo Penteado (GOMES, 2008).

    Exerceu os cargos de juiz municipal suplente em 1872, intendente (equivalente a prefeito) em 1891 e juiz de paz em 1896 (ZIOLI, 2006). Construiu o Teatro Ypiranga (depois Teatro São Carlos), e era investidor da Companhia de Luz Elétrica. Seu palacete, em estilo eclético, está em processo de tombamento pelo Condephaat.

  3. Manoel Antonio de Matos era casado com Fausta Suzana de Arruda. Esta era filha de Cândida Maria da Pureza, casada com João Baptista de Arruda. Por sua vez, Cândida era filha de Carlos José de Arruda Botelho (NEVES, s.d., p. 123; DAMIANO, 2007).
  4. Apesar de algumas fontes indicarem a família Camargo como aliada dos salistas, é possível que Eugênio Franco de Camargo pertencesse a outro ramo desta família. O político e fazendeiro era casado com Anna Flora Botelho de Abreu Sampaio, cuja família é apontada como aliada dos Botelho. Além disso, era neto de José Franco de Camargo, o qual participava de reuniões de republicanos em 1889, cujo líder era Paulino Carlos de Arruda Botelho (SÃO CARLOS, s.d.; OLIVEIRA, 2008).
  5. Paulino Botelho de Abreu Sampaio (São Carlos, 16 de abril de 1890 – São Paulo, 20 de julho de 1943) foi fazendeiro e político. Era filho de Joaquim Botelho de Abreu Sampaio (herdeiro da fazenda São Joaquim de São Carlos) e sobrinho do político Bento de Abreu Sampaio Vidal (ZIOLI, 2006). Durante as eleições municipais de 1928, Paulino Botelho sofreu uma tentativa de assassinato (GOMES, 2008, p. 63). Foi o último prefeito de São Carlos sob a Primeira República, entre 1928 e 1930, além de provedor da Santa Casa e um dos criadores da Cooperativa de Laticínios. Idealizador da Escola Industrial nos anos 1930, esta unidade foi batizada em sua homenagem nos anos 1940 (SÃO PAULO. Assembléia Legislativa. Projeto de lei n. 171/2010. link.)
  6. Sabino era filho de Eugênio Franco de Camargo (SÃO CARLOS, 2015), o qual era casado com Anna Flora Botelho de Abreu Sampaio (SÃO CARLOS, s.d.), parente dos Arruda Botelho (CASA DO PINHAL, Imagem 287, s.d., link). A maioria das fontes oficiais indica o nome do prefeito como "Sabino de Abreu Camargo", inclusive na Lei 3.202/1956 (link), a qual nomeia a antiga Piscina Municipal. Entretanto, em algumas fontes, é indicado o nome "Sabino de Abreu Sampaio".

Referências

  1. http://www.promemoria.saocarlos.sp.gov.br//?conteudo&id=142
  2. a b c d e f SÃO CARLOS, 2015.
  3. AMARAL, 1934.
  4. CONCEIÇÃO, 2015, p. 73, 106.
  5. a b c d e f g h i j k l CONCEIÇÃO, 2015.
  6. CONCEIÇÃO, 2015, p. 116
  7. a b FURLAS, 2009.
  8. a b c DEVESCOVI, 1985, p. 43.
  9. GOMES, 2008, p. 1-2.
  10. GOMES, 2008, p. 56.
  11. SÃO PAULO. Decreto N. 13, de 15 de janeiro de 1890. São Paulo, 1890. link.
  12. a b c d e f g h i j k GOMES, 2008.
  13. GOMES, 2008, p. 63.
  14. LIMA, 2007.
  15. «Cópia arquivada». Consultado em 17 de outubro de 2017. Arquivado do original em 18 de outubro de 2017 
  16. https://camarasaocarlos.sp.gov.br/artigo/?a=noticia&id=2286
  17. LAISNER, 2013.
  18. «Eleições 2004». www.tse.jus.br. Consultado em 30 de maio de 2020 
  19. «Eleições 2008». www.tse.jus.br. Consultado em 30 de maio de 2020 
  20. «Eleições 2012». www.tse.jus.br. Consultado em 30 de maio de 2020 
  21. «Eleições 2016». www.todapolitica.com. Consultado em 30 de maio de 2020 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • AMARAL, Rubens do. Terra Roxa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1934. link.
  • CONCEIÇÃO, C. F. Configuração das elites política e econômica em São Carlos/SP – 1873 a 1904. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Departamento de Ciências Sociais, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015. link.
  • DAMIANO, O. Caminhos do tempo: titulares de logradouros e instituições públicas de São Carlos. São Carlos: EDUFSCar; São Paulo: Imprensa Oficial, 2007. [1a ed., 1990, 2a ed., 1996.]
  • DEVESCOVI, R. C. B. O processo de produção do espaço urbano e da segregação sócio-espacial: um estudo sobre a cidade de São Carlos. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) - EAESP/FGV, São Paulo, 1985. link.
  • FURLAS, H. A. Formação do campo policial na Princesa do Oeste: relações de poder e conflitos cotidianos entre elites, populares e a Polícia de São Carlos, 1888-1914. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2009. link.
  • FAMILISEARCH. "Brasil Casamentos, 1730-1955," database, FamilySearch (https://familysearch.org/ark:/61903/1:1:XNP9-DR3 : 5 December 2014), Rdolfo Gastao Fernandes De Sa and Joanna De Moraes Sampaio, 09 Feb 1878; citing São Carlos Borromeu, São Carlos, São Paulo, Brazil, index based upon data collected by the Genealogical Society of Utah, Salt Lake City; FHL microfilm 1,253,870.
  • GOMES, P. F. S. São Carlos e o Movimento Constitucionalista de 1932: poder local e cooptação ideológica. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Universidade Federal de São Carlos, 2008. link.
  • LAISNER, R. C. Olhares sobre o poder local: entre tradição e mudança na Região Central. In: BAENINGER, R.; MACIEL, L. (Org.). Região Administrativa Central. Campinas: Núcleo de Estudos de População - Nepo/Unicamp, 2013. p. 39-60 (Coleção Por Dentro do Estado de São Paulo, Volume 12.) link.
  • LIMA, R. P. O processo e o (des)controle da expansão urbana de São Carlos (1857-1977). Dissertação (Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos-SP, 2007. link.
  • OLIVEIRA, Joana D'Arc de. Olhares invisíveis: arquitetura e poder na fazenda São Roberto. 2008. Dissertação (Mestrado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2008. link.
  • SÃO CARLOS. Fundação Pró-Memória. Aspectos da administração pública municipal. Galeria dos prefeitos. 3a ed. São Carlos, 2015. link.
  • SÃO CARLOS. Atrativos Histórico-Culturais: Centro Integrado de Turismo - CIT. s.d. link.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]