Antônio Pais de Barros

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Antônio Pais de Barros
Antônio Pais de Barros
Nascimento 4 de março de 1791
São Paulo, (SP)
Morte 11 de outubro de 1876 (85 anos)
São Paulo, (SP)
Nacionalidade Brasil
Ocupação fazendeiro, cafeicultor, político
Armas do barão de Piracicaba, as mesmas da família Barros.

Antônio Pais de Barros, primeiro barão de Piracicaba, (São Paulo, 4 de março de 1791 — São Paulo, 11 de outubro de 1876) foi um fazendeiro e nobre brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho do minerador Antônio de Barros Penteado, da família Pais de Barros, e de Maria de Paula Machado, da família Jorge Velho. Em 1819 se casou com Gertrudes Eufrosina Aires de Aguiar, irmã do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, e no mesmo ano seu irmão Bento, futuro barão de Itu, se casava com Leonarda, irmã de Gertrudes.[1]

O barão teve seis filhos: Maria Rafaela Pais de Barros (1827-1895), Rafael Tobias de Barros, segundo barão de Piracicaba (1830-1898),[2] Gabriela Pais de Barros, Antônia Pais de Barros, a marquesa de Itu (1838-1917), senador Antônio Pais de Barros (1840-1909) e o major Diogo Antônio de Barros (1844-1888), de quem foi sócio na primeira fábrica de tecidos de São Paulo.

Atuação[editar | editar código-fonte]

Na década de 1810, introduziu a cultura do café na região Oeste do Estado de São Paulo, e tornou-se político influente.[3]

Antônio Pais de Barros foi eleito deputado para as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa em 1821, mas não quiz ir tomar assento.[4]

Foi um dos fundadores da cidade de Rio Claro em 1827.[5]

Recebeu o título de barão de Piracicaba em 2 de dezembro de 1854.[6]

Antônio Pais de Barros, quando, já idoso, decidiu transferir-se para São Paulo por volta de 1870. Com ele vieram filhos, genro e sobrinhos, que logo alcançaram cargos de destaque e posições de prestígio na sociedade paulistana daquele tempo, passando a manejar o poder político e o prestígio social que detinham das formas mais variadas, e dando início a um processo de migração das elites paulistas para a Capital que se prolongaria por décadas.[5]

Em 1873 iniciou um projeto ambicioso em Salto, junto com Willian Fox, um representante de capitalistas britânicos, iniciou os preparativos para a construção de uma fabrica de tecidos, aproveitando a queda d'água ali existente. Mas o projeto não foi finalizado pois vendeu a propriedade e as benfeitorias feitas, antes de terminar a construção da fabrica, para uma companhia de Manchester.[7]

Ele e sua família estão sepultados no Cemitério da Consolação.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Vidigal, Geraldo de Camargo (1999). O Marquês de Monte Alegre:. alvorecer de um estadista. [S.l.]: IBRASA, p. 91. ISBN 9788534801263 
  2. Vasconcellos, Smith de (1918). Archivo nobiliarchico brasileiro. [S.l.]: Imprimierie La Concorde, p. 359. ISBN 9785881360122 
  3. Taunay, Afonso de Escragnolle (1977). História da cidade de São Paulo sob o Império:. 1842-1854. [S.l.]: Secretaria Municipal de Cultura, Departamento do Patrimônio Histórico, Divisão do Arquivo Histórico, p. 266 
  4. Casimiro Neto (2003). «A Construção da Democracia» (PDF). Síntese histórica dos grandes momentos da Câmara dos Deputados, das Assembléias Nacionais Constituintes do Congresso Nacional. Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados, p. 64. ISBN 8573653175 
  5. a b «Os Pais de Barros e a Imperial cidade de São Paulo». Informativo do Arquivo Histórico Municipal Washington Luís - Número 16 - janeiro/fevereiro 2008. Consultado em 17 de julho de 2019 
  6. Zequini, Anicleide (2004). O quintal da fábrica:. a industrialização pioneira do interior paulista, Salto-SP, séculos XIX e XX. [S.l.]: Annablume, p. 37. ISBN 9788574194363 
  7. Zequini (2004). O quintal da fábrica:. [S.l.]: , pp. 76-77