Apelo de Estocolmo

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Selo soviético de 1951 com o texto integral do apelo.

O Apelo de Estocolmo foi uma iniciativa lançada pelo Conselho Mundial da Paz em 19 de março de 1950 para promover o desarmamento nuclear e prevenir a guerra atômica.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em 15 de março de 1950,[1] o Conselho Mundial da Paz aprovou o Apelo de Estocolmo, pedindo a proibição absoluta das armas nucleares. O recurso foi iniciado pelo físico francês, comunista e laureado com o Nobel de Química de 1935 Frédéric Joliot-Curie. Cerca de duas semanas após o início da Guerra da Coréia, a primeira publicação da iniciativa chamada Peacegram afirmou que o apelo já conquistou 1,5 milhão de signatários.[2] O total de petições recolhidas teria sido assinada por 273 470 566 pessoas (incluindo toda a população adulta da União Soviética). O apelo também foi assinado por muitas figuras públicas proeminentes, artistas e intelectuais.[3] O texto do recurso dizia:

Exigimos a proibição das armas atômicas como instrumentos de intimidação e assassinato em massa de povos. Exigimos um rígido controle internacional para fazer cumprir essa medida.

Acreditamos que qualquer governo que primeiro usar armas atômicas contra qualquer outro país estará cometendo um crime contra a humanidade e deve ser tratado como um criminoso de guerra.

Apelamos a todos os homens e mulheres de boa vontade em todo o mundo para assinarem este apelo.

Respostas anticomunistas[editar | editar código-fonte]

Os Estados Unidos rejeitaram o Apelo de Estocolmo, com o secretário de Estado dos EUA, Dean Acheson, classificando-o como "um truque de propaganda na espúria 'ofensiva de paz' ​​da União Soviética".[4]

Os anticomunistas na França responderam ao Apelo de Estocolmo (francês: L'Appel de Stockholm) criando o grupo Paix et Liberté para combater a propaganda comunista com a sua própria: um de seus primeiros cartazes foi La Pelle de Stockholm ("The Spade de Estocolmo") expondo os túmulos dos países da Europa Oriental que haviam sido subjugados pelos soviéticos.

Signatários notáveis[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. "Stockholm Peace Appeal". In W.E.B. Du Bois: An Encyclopedia. Gerald Horne; Mary Young eds. (2001). Greenwood Publishing Group. pp. 301–302.
  2. Bass, Amy (2009). Those about Him Remained Silent: The Battle Over W.E.B. Du Bois. Minneapolis: U of Minnesota Press. 43 páginas. ISBN 9780816644957 
  3. Amiard, Jean-Claude (2018). Military Nuclear Accidents: Environmental, Ecological, Health and Socio-economic Consequences. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. 195 páginas. ISBN 9781786303332 
  4. Eperjesi, John R. (2015). «The Unending Korean War: W.E.B Du Bois, Ko Un, and the Women's Peace Walk». HuffPost