Arquidiocese de Toledo
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Arquidiocese de Toledo Archidiœcesis Toletana | |
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Catedral de Toledo | |
Localização | |
País | Espanha |
Dioceses sufragâneas | Albacete Ciudad Real Cuenca Sigüenza-Guadalajara |
Estatísticas | |
Área | 19 333 km² |
Informação | |
Rito | Romano Moçárabe |
Criação da diocese | Século I |
Elevação a arquidiocese | Século IV |
Catedral | Catedral de Toledo |
Governo da arquidiocese | |
Arcebispo | Francisco Cerro Chaves |
Bispo auxiliar | Francisco César García Magán |
Arcebispo emérito | Braulio Rodríguez Plaza |
Bispo auxiliar emérito | Joaquín Carmelo Borobia Isasa |
Jurisdição | Sé Primacial Metropolitana |
Outras informações | |
Página oficial | www.architoledo.org |
Mapa | |
dados em catholic-hierarchy.org |
A Arquidiocese de Toledo (em latim Archidiœcesis Toletana) é uma arquidiocese da Igreja Católica sediada em Toledo, na Espanha. Acompanha o seu título o de Primaz da Espanha[nota 1] O seu actual arcebispo é D. Francisco Cerro Chaves. Possui quatro dioceses sufragâneas: Albacete, Ciudad Real, Cuenca, Sigüenza-Guadalajara.
Sua sé é a Catedral de Toledo, possui um total de 268 paróquias, assistidas por 476 padres.
Território
[editar | editar código-fonte]A arquidiocese compreende a cidade e grande parte da província de Toledo. Seu território é dividido em 268 paróquias.
História
[editar | editar código-fonte]A Diocese de Toledo foi eregida no século I. No século IV, foi elevado à categoria de arquidiocese metropolitana. Tradicionalmente, a diocese mais importante da Espanha, Toledo é a sede do primaz da Espanha.
Com a invasão dos visigodos, e sobretudo após a nomeação de Toledo como a capital do reino, a diocese estende o seu domínio na província cartaginese com capital em Carthago Spartaria (Cartagena atual). Desde Cartagena, sede metropolitana e capital da província, permaneceu no território dominado pelos bizantinos, o rei visigodo Gundemaro promovia a celebração de um sínodo realizado em Toledo, que concedeu o título de arquidiocese metropolitana, transferindo o título desde Cartagena, com posterior aprovação do rei, pelo Decreto de 23 de outubro de 610.
Entre 400 e 702, ocorreram dezoito Concílios de Toledo, entre os quais o mais importante é o III Concílio de Toledo, no qual Recaredo I e sua corte se convertem ao cristianismo (589).
Durante a dominação árabe, a cidade de Toledo se tornou um baluarte do cristianismo e ali permaneceu a arquidiocese com sua sucessão episcopal. No século VIII, teve lugar a uma perseguição dos cristãos pelos muçulmanos remanescentes nos territórios ocupados, o que resultou em uma migração para os reinos cristãos no norte da Península.
O rei Afonso VI e os cristãos reconquistaram a cidade de Toledo em 1085 restaurando o poder da arquidiocese. O primeiro arcebispo desta fase foi Bernardo de Cluny, um membro da Ordem de Cluny, que na época se espalhou por toda a Espanha. A sé episcopal era ativa na Reconquista, controlando o território conquistado e ajudando a expansão das ordens militares de Santiago, de Calatrava e Alcântara.
Durante este período, iniciou a construção da Catedral de Santa Maria, cuja obra terá a duração de dois séculos.
Após a conquista, durante o reinado dos Reis Católicos, o cardeal arcebispo Francisco Jiménez de Cisneros, inaugura a Universidade de Alcalá, cujo território pertencia à Arquidiocese, que terá um papel importante no campo político. Durante o reinado de Filipe II, a corte mudou-se para Madri, embora a cidade continue a depender eclesiásticamente de Toledo. Até 1885, seu território inclui também toda a cidade e da província de Madri, apesar de esta já há mais de dois séculos ser a nova capital do reino da Espanha. Isso ocorreu devido à forte oposição à construção de um bispado em Madrid realizadas pelos arcebispos, com medo de perder influência sobre o Rei e a Corte.
Durante o resto da Era Moderna, a cidade sofre um declínio lento. Apesar de a arquidiocese manter a posição de primazia, gradualmente perde importância em favor dos territórios e das dioceses vizinhas.
Nos últimos dois séculos, a arquidiocese ficou em situações graves. Durante a invasão napoleônica, foi demitido da arquidiocese o arcebispo e foi forçado a buscar refúgio em Sevilha. Com a Desamortização na Espanha, abre-se um conflito entre o governo e a Santa Sé, assim, a sede em Toledo permaneceu vaga por um tempo. Finalmente, a Guerra Civil Espanhola resultou na destruição de grande parte do patrimônio artístico da diocese e no assassinato de 281 sacerdotes. Após a guerra, procedeu-se à reconstrução material e espiritual.
Prelados
[editar | editar código-fonte]Arcebispos nos séculos XX e XXI
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Página oficial da Arquidiocese de Toledo» (em espanhol)
- «Informações sobre a arquidiocese no Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
Referências
Notas
- ↑ Em contraponto ao título de Primaz das Espanhas (no plural), que designa o ocupante da cátedra da Arquidiocese de Braga, primacial em toda a Península Ibérica.