As 12 tradições de Alcoólicos Anônimos

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As Doze Tradições de Alcoólicos Anônimos dizem respeito à vida da própria Irmandade. Delineiam os meios pelos quais A.A. mantém sua unidade e se relaciona com o mundo exterior, sua forma de viver e desenvolver-se.

"Em nossas Doze Tradições, temos nos colocado contra quase todas as tendências do mundo "lá fora". Temos negado a nós mesmos o governo pessoal, o profissionalismo e o direito de dizer quais deverão ser nossos membros. Abandonamos a beatice, a reforma e o paternalismo. Recusamos o generoso dinheiro de fora e decidimos viver à nossa custa. Queremos cooperar com praticamente todos, mas não permitimos que nossa sociedade seja unida a nenhuma. Não entramos em controvérsia pública e não discutimos, entre nós, coisas que dividem a sociedade: religião, política e reforma. Temos um único propósito, que é o de levar a mensagem de A.A. para o doente alcoólico que a deseja. Tomamos essas atitudes, não porque pretendemos virtudes especiais ou sabedoria; fazemos essas coisas porque a dura experiência nos tem ensinado que A.A. tem que sobreviver num mundo conturbado como é o de hoje. Nós também abandonamos nossos direitos e nos sacrificamos, porque precisamos e, melhor ainda, por que quisemos. A.A. é uma força maior do que qualquer um de nós; ele precisa continuar existindo ou milhares de alcoólicos como nós certamente morrerão". - Bill Wilson (Co-Fundador de A. A.)[1]

As 12 tradições[2][editar | editar código-fonte]

  1. Nosso bem-estar comum deve estar em primeiro lugar; a reabilitação individual depende da unidade de A.A;
  2. Somente uma autoridade preside, em última análise, o nosso propósito comum - um Deus amantíssimo que Se manifesta em nossa Consciência Coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de confiança; não têm poderes para governar;
  3. Para ser membro de A.A., o único requisito é o desejo de parar de beber;
  4. Cada Grupo deve ser autônomo, salvo em assuntos que digam respeito a outros Grupos ou a A.A. em seu conjunto;
  5. Cada Grupo é animado de um único propósito primordial - o de transmitir sua mensagem ao alcoólico que ainda sofre;
  6. Nenhum Grupo de A.A. deverá jamais sancionar, financiar ou emprestar o nome de A.A. a qualquer sociedade parecida ou empreendimento alheio à Irmandade, a fim de que problemas de dinheiro, propriedade e prestígio não nos afastem de nosso propósito primordial;
  7. Todos os Grupos de A.A. deverão ser absolutamente autossuficientes, rejeitando quaisquer doações de fora;
  8. Alcoólicos Anônimos deverá manter-se sempre não profissional, embora nossos centros de serviços possam contratar funcionários especializados;
  9. A.A. jamais deverá organizar-se como tal; podemos, porém, criar juntas ou comitês de serviço diretamente responsáveis perante aqueles a quem prestam serviços;
  10. Alcoólicos Anônimos não opina sobre questões alheias à Irmandade; portanto, o nome de A.A. jamais deverá aparecer em controvérsias públicas;
  11. Nossas relações com o público baseiam-se na atração em vez da promoção; cabe-nos sempre preservar o anonimato pessoal na imprensa, no rádio e em filmes;
  12. O anonimato é o alicerce espiritual das nossas Tradições, lembrando-nos sempre da necessidade de colocar os princípios acima das personalidades.

Escopo[editar | editar código-fonte]

De forma simplificada, pode-se dizer que:

  • Os Doze Passos correspondem a questões de foro íntimo de cada membro de Alcoólicos Anônimos. Sua motivação, seu programa pessoal de aperfeiçoamento e manutenção deste;
  • As Doze Tradições dizem respeito aos princípios que governam A. A. e suas relações com o mundo exterior;
  • Os Doze Conceitos referem-se à relação entre os vários órgãos de serviços de A. A. e como se coordenam.

Referências

  1. User, Super. «As doze tradições». www.alcoolicosanonimos.org.br. Consultado em 27 de julho de 2018 
  2. «THE TWELVE TRADITIONS OF ALCOHOLICS ANONYMOUS» (PDF). https://www.aa.org