Charlie's Angels (telessérie de 1976)

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Charlie's Angels
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Charlie's Angels (telessérie de 1976)
Foto do trio principal em 1977: Jaclyn Smith, Farrah Fawcett-Majors, e Kate Jackson
Informação geral
Formato série
Género Ação, aventura
Duração 50 minutos
Estado Finalizado
Criador(es) Ivan Goff
Ben Roberts
Elenco Jaclyn Smith
Cheryl Ladd
Kate Jackson
Farrah Fawcett
Shelley Hack
Tanya Roberts
David Doyle
John Forsythe
País de origem  Estados Unidos
Idioma original inglês
Temporadas 5
Episódios 110
Produção
Produtor(es) executivo(s) Aaron Spelling
Leonard Goldberg
Empresa(s) produtora(s) A Spelling/Goldberg Productions Presentation
Associada com Columbia Pictures (agora Sony Pictures Entertainment)
Emissora original ABC
Distribuição Columbia Pictures
Transmissão original 22 de setembro de 197624 de junho de 1981
Cronologia
Programas relacionados Charlie's Angels (2000)
Charlie's Angels (2011)
Charlie's Angels (2019)

Charlie's Angels (Os Anjos de Charlie (título em Portugal) ou As Panteras (título no Brasil)) é uma série de televisão norte-americana produzida por Aaron Spelling e Leonard Goldberg para a emissora ABC, levada ao ar em cinco temporadas de 1976 a 1981. Foi criada por Spelling, Goldberg, Ivan Goff e Ben Roberts, possuindo 158 episódios no total. O enredo centra-se nas aventuras de três mulheres trabalhando para uma agência de detetive privada em Los Angeles, Califórnia.

Apesar das críticas mistas e uma reputação de ser meramente "Jiggle TV" (enfatizando especificamente o apelo sexual de suas protagonistas), Charlie's Angels teve grande popularidade com o público e esteve no top 10 das avaliações do Nielsen nas duas primeiras temporadas. Na terceira temporada, no entanto, a série caiu do top 10. A quarta temporada viu uma queda ainda maior nas classificações. A série foi finalmente cancelado em 1981, após cinco temporadas. A série mantém um status cult na cultura popular com lançamentos em DVD e subsequentes remakes na TV e cinema.

Em agosto de 2023, a plataforma Pluto TV passou a disponibilizar, gratuitamente, a série As Panteras com dublagem em português.[1]

Trama[editar | editar código-fonte]

O seriado contava com três atrizes que interpretaram corajosas e inteligentes mulheres ao desempenhar suas personagens na Agência de Detetives chamada "Charles Townsend", a qual era o nome do próprio "chefe". Esse passava uma impressão misteriosa, pois jamais seu rosto foi visto contracenando, exceto ao último episódio, ou seja, desde a estreia até o penúltimo episódio, a sua forma de comunicação com as detetives para delegação das missões ocorria por meio do Viva-voz (função ainda muito sofisticada e seletiva para a época das gravações). Assim, ficava a cargo do personagem John Bosley, pessoa da confiança do "chefe", a tratativa pessoal com as detetives Sabrina Duncan, Kelly Garrett, Jill Munroe, Kris Munroe, Tiffany Welles e Julie Rogers.

Elenco e personagens[editar | editar código-fonte]

Mudanças no elenco[editar | editar código-fonte]

Foto da primeira formação em 1976: com Jaclyn Smith, Farrah Fawcett-Majors, e Kate Jackson.

Ao longo de seus cinco anos consecutivos, Charlie’s Angels teve uma série de mudanças de elenco altamente divulgadas.[2] A primeira delas ocorreu na primavera de 1977, logo após a conclusão da primeira temporada. Fawcett renunciou o papel em 4 de maio de 1977. A decisão da Fawcett de não retornar para uma segunda temporada desencadeou uma ação judicial contra a atriz pela ABC e Spelling.

Durante o hiato de verão de 1977 da série, ABC e Fawcett entraram em uma batalha legal sobre seu contrato. No início da série, todas as três atrizes assinaram contratos de cinco anos, e a rede insistiu que todas cumprissem os seus compromissos. Os parceiros comerciais Leonard Goldberg e Aaron Spelling tentaram chegar a um acordo com a Fawcett e os seus agentes. Goldberg e Spelling tinham arranjado para ela fazer um filme durante o hiato de verão, e sua escolha sobre mostras subseqüentes da televisão e miniseries. A ABC até concordou em aumentar o seu salário de $5,000 para $8,000 por semana, mas recusou essas ofertas.A ABC a liberou relutantemente de seu contrato de série no verão de 1977. No entanto, ela foi designada para outro contrato com a ABC, afirmando que desde que ela deixou seu contrato quatro anos mais cedo que ela iria voltar para a série mais tarde em sua corrida para seis aparições convidado. Fawcett retornaria como Jill Munroe em 'Charlie’s Angels' para três participações na terceira temporada, e novamente voltou para mais três na quarta temporada.

Cheryl Ladd em 1977 como Kris Munroe

Depois que Fawcett saiu da série, a ABC começou a procurar a sua substituta. Os executivos eventualmente notaram a atriz Cheryl Ladd e ofereceram a ela um teste. Inicialmente, Ladd recusou a oportunidade do teste, mas depois de impressionar com os executivos do estúdio, ela cedeu. Embora os executivos tenham notado que Ladd era inexperiente, eles viram a promessa em seu desempenho e assinaram um contrato de quatro anos. Em um esforço para manter a propaganda que a série teve com Fawcett, a ABC colocou Ladd na série como irmã da personagem de Fawcett, San Francisco a pós-graduada na academia de polícia, chamava-se Kris Munroe.[3]

Apesar de uma recepção mista dos críticos no início da segunda temporada em setembro de 1977, a série perdeu apenas uma pequena porcentagem de sua audiência com a introdução de Ladd, Mas Kate Jackson acreditava que a inclusão de Ladd prejudicava consideravelmente a série. Supostamente durante a série Jackson e Ladd nunca se deram bem uma com o outra.[4]

Foto da segunda formação em 1977: com Jaclyn Smith, Cheryl Ladd e Kate Jackson.

As classificações caíram durante a terceira temporada, Jackson começou a reclamar sobre a qualidade da série está diminuindo gradativamente[5] e afirmou que inicialmente a série focada em "trabalho clássico detetive", mas tinha se tornado mais de uma "história policial da semana". Durante a terceira temporada, Jackson foi oferecido o papel de Joanna Kramer em Kramer vs. Kramer (1979) com Dustin Hoffman, mas os produtores se recusaram a reorganizar o cronograma de filmagem para permitir Jackson tivesse tempo livre para filmar o filme (a parte de Joanna finalmente foi para Meryl Streep, que ganhou um Óscar por seu desempenho). Perturbada com esta situação e sua opinião negativa, Jackson tornou-se muito problematica (admitiu, “eu suponho que eu causei alguns problemas.”), a produção da série resolveu deixar Jackson sair da série.

Após a saída de Jackson no início do verão de 1979, várias atrizes em ascensão foram consideradas para o papel, incluindo Barbara Bach, Connie Sellecca, Shari Belafonte, e recém-chegada da época Michelle Pfeiffer. Pfeiffer era uma das favoritas de alguns dos produtores, entretanto, seu teste mostrou que seus talentos eram inexperientes na area da atuação e foi reprovada. Os produtores da ABC testaram Shelley Hack e lançá-la como substituição de Jackson. O produtor Spelling adorou a ideia da manchete "The Charlie Girl Becomes A Charlie’s Angel".[6]

Foto do elenco em 1977.

Hack estreou na quarta temporada da série como Tiffany Welles, uma elegante pós-graduação da polícia de Boston. Na contratação de Hack, prioridade Spelling para a quarta temporada foi "trazer de volta o glamour"[7] No entanto, depois de um pico inicial nas classificações, eles começaram a cair, é assim, em uma tentativa de revitalizar a queda classificações e recuperar popularidade, ABC quebrou o contrato de Hank em fevereiro de 1980. Em uma entrevista com People, Hack disse, "Eles podem dizer que eu não trabalhei, mas não é verdade. O que aconteceu foi uma guerra de rede. Foi tomada uma decisão empresarial. Mude o horário ou traga alguma publicidade nova. Como obter publicidade? Uma nova caça ao anjo. Quem é a pessoa óbvia para substituir? Eu sou a nova criança no bloco."

Durante as convocatórias para substituição de Hack, cerca de dois mil candidatos foram entrevistados. Após uma série de compromissos falsos, a ABC selecionou o modelo e ex-instrutor de dança Tanya Roberts. Roberts estreou na estreia da quinta temporada como Julie Rogers, uma lutadora de rua e modelo de New York, mas o episódio da estreia da temporada atraiu avaliações suaves. Ela foi retratada na capa da revista People, e foi destaque em um artigo em torno da série. O artigo, intitulado "É o Jiggle Up?" perguntou se Roberts poderia salvar Charlie’s Angels do cancelamento. O executivo Brett Garwood declarou: "Esperamos manter o show para o próximo ano, mas nada é certo."[8] Entre Novembro de 1980 e Junho de 1981, a série foi emitida em três diferentes faixas horárias e as suas classificações diminuíram ainda mais, pelo que a ABC cancelou o programa na Primavera de 1981.

Referências

  1. «Série As Panteras entra na Pluto TV; saiba como assistir online e de graça». Diário de Séries. 30 de agosto de 2023. Consultado em 3 de setembro de 2023 
  2. https://people.com/archive/cover-story-farewell-farrah-vol-8-no-7/
  3. «Taking Farrah's Spot». People.com. Consultado em 19 de novembro de 2017 
  4. «Interview: Cheryl Ladd - My life as an Angel was sheer hell; Exclusive: Cheryl Ladd on the TV Show That Made Her». Thefreelibrary.com. Consultado em 19 de novembro de 2017 
  5. https://people.com/archive/cover-story-charlies-fallen-angel-vol-11-no-22/
  6. «Charlie's Latest Angel» 
  7. Gough-Yates, Anna, (December 16, 2001) Action TV: Tough-Guys, Smooth Operators and Foxy Chicks. Routledge Publishing, p. 95, ISBN 978-0415226219
  8. «Is the Jiggle Up?». People.com. Consultado em 19 de novembro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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