Assimetria (ética populacional)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A assimetria, também conhecida como a assimetria da procriação,[1] é uma ideia na ética populacional de que existe uma assimetria moral ou evaluativa entre trazer à existência indivíduos com uma vida boa ou má.[2] Ela foi discutida pela primeira vez por Jan Narveson em 1967, e Jeff McMahan cunhou o termo "a Assimetria" em 1981.[3] McMahan formula a Assimetria da seguinte forma: "enquanto o fato de que a vida de uma pessoa seria pior do que ela não ter nascido... constitui uma forte razão moral para não trazê-la à existência, o fato de que a vida de uma pessoa valeria a pena ser vivida, não fornece nenhum (ou apenas um relativamente fraco) motivo moral para trazê-la à existência."[4] O professor Nils Holtug formula a Assimetria em forma de avaliação, em termos do valor dos resultados, em vez de em termos de razões morais. A formulação de Holtug diz que "enquanto adicionar indivíduos cujas vidas seriam de valor geral negativo diminui o valor de um resultado, adicionar indivíduos cujas vidas são de um valor positivo geral não aumenta valor de um resultado".[5]

Muito da literatura sobre a ética da procriação lida com a Assimetria.[6] Alguns autores têm defendido a Assimetria,[7] e outros têm argumentado contra ela.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Frick 2014, p. 1.
  2. Frick 2014, pp. 2-3
  3. Frick 2014: “The Asymmetry was first discussed by Jan Narveson in 'Utilitarianism and New Generations', Mind 76 (1967), pp. 62–72. The label is due to Jeff McMahan, 'Problems of Population Theory', Ethics, 92 (1981), pp. 96-127.”
  4. McMahan 1981: “Consider the view that, while the fact that a person's life would be worse than no life at all (or 'worth not living') constitutes a strong moral reason for not bringing him into existence, the fact that a person's life would be worth living provides no (or only a relatively weak) moral reason for bringing him into existence. This view, which I shall refer to as 'the Asymmetry,' is approved both by Narveson and by common sense.”
  5. Holtug 2004, p. 138.
  6. Heyd 1992: “Much of the literature on the morality of procreation revolves around the issue whether there is a difference between the duty to bring a happy child into the world and the duty to avoid conceiving a miserable child.”
  7. Por exemplo: Narveson 1978, Tooley 1998, Elstein 2005, Roberts 2011a, Roberts 2011b, Algander 2012, Meacham 2012, Frick 2014, e Grill 2017.
  8. Por exemplo: Sikora 1978, Rachels 1998, Holtug 2004, Persson 2009, Beckstead 2013, e John Broome (segundo Frick 2014).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Leitura complementar[editar | editar código-fonte]

  • McMahan, Jeff. «Asymmetries in the Morality of Causing People to Exist». In Melinda A. Roberts and David T. Wasserman, eds., Harming Future Persons. [S.l.: s.n.] 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]