Ataque à embaixada norte-coreana em Lima em 1987
| Ataque à embaixada norte-coreana em Lima em 1987 | |
|---|---|
| Local | Calle Los Nogales 227, Distrito de San Isidro, Lima, Peru |
| Data | 30 de abril de 1987 c. 10 h (UTC−05:00) |
| Tipo de ataque | |
| Alvo(s) | Embaixada da Coreia do Norte, Lima |
| Mortes | 0 |
| Feridos | 2 |
| Responsável(is) | Sendero Luminoso |
O ataque à embaixada norte-coreana em Lima em 1987 foi um atentado terrorista ocorrido em 30 de abril de 1987, tendo como alvo o escritório comercial e residência oficial da delegação da Coreia do Norte no Peru. O ataque deixou duas pessoas feridas, mas não resultou em nenhuma morte.
Antecedentes
[editar | editar código]A Coreia do Norte, assim como a China e a União Soviética, virou as costas à insurgência comunista do Sendero Luminoso no Peru, apesar das semelhanças ideológicas de esquerda;[1] principalmente devido aos interesses econômicos norte-coreanos no país sul-americano durante o governo de Alan García.[2]
Em 1986, o governo peruano comprou 10.000 AK-47s de origem soviética do governo norte-coreano.[2] Essas armas tinham como objetivo melhorar o armamento da Polícia Nacional Peruana para combater a insurgência Senderista.[3]
Ataque
[editar | editar código]O ataque começou próximo ao meio-dia de 30 de abril de 1987, por um grupo composto por três indivíduos, dois homens e uma mulher, que carregavam uma maleta. O grupo entrou na praça em frente à embaixada, onde tocaram a campainha do edifício principal. Ao serem atendidos por um trabalhador peruano do local, fizeram-no refém.[3]
A mulher que liderou o ataque carregava cerca de 35 bananas de dinamite em sua maleta que logo foram instaladas na porta principal interna da embaixada, que explodiu, afetando todo o prédio e mais duas casas próximas. Embora a explosão tenha sido forte, no momento do ataque a embaixada norte-coreana não tinha pessoal suficiente. Além do refém, outro funcionário do local ficou ferido no rosto por estilhaços de vidro.[3]
Os atacantes fugiram em um carro, o representante norte-coreano Kim Shan Sik no momento do ataque estava em sua casa particular no centro de Lima.[3]
Uma nova tentativa de ataque foi realizada em 1989, mas a bomba não detonou porque foi desativada pela Polícia Peruana.[4]
Ver também
[editar | editar código]Referências
- ↑ «Shining Path | Peruvian Maoist Guerrilla Movement | Britannica». www.britannica.com (em inglês). 9 de abril de 2025. Consultado em 18 de abril de 2025
- ↑ a b «Peru orders weapons from North Korea - UPI Archives». UPI (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2025
- ↑ a b c d «Maoist Guerrillas Bomb North Korean Trade Office». AP NEWS (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2025
- ↑ Informe mensual (em espanhol). [S.l.]: IDL, Area de Información y Promoción en Derechos Humanos. 1989. 26 páginas