Atirador especial
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Um atirador especial (português europeu) ou franco-atirador (português brasileiro) é um soldado de infantaria ou de uma força de segurança especializado em armas e tiro de precisão. Persegue e elimina inimigos selecionados com um único tiro de arma de precisão (fuzil, espingarda ou carabina).
Outras denominações pelas quais são conhecidos os atiradores especiais são: atirador furtivo, caçadores, atirador de elite, atirador de escol, atirador de tocaia ou simplesmente atirador ou pelo termo em inglês, sniper, originado na índia britânica no século XVIII.
O nome "sniper" vem do verbo "to snipe", que se originou na década de 1770 entre os soldados da Índia britânica em referência a atirar em snipes,[1][2] uma ave limícola considerada uma ave de caça extremamente desafiadora para os caçadores devido ao seu estado de alerta, cor camuflada e comportamento de voo errático. Os caçadores de Snipes, portanto, precisavam ser furtivos, além de bons rastreadores e atiradores.[1][2]
Atiradores militares[editar | editar código-fonte]
Um oficial do exército dos Estados Confederados da América teve a ideia de criar um grupo de atiradores de elite para, durante as batalhas, atingirem os oficiais do Norte à distância, desestabilizando seu comando. Esses atiradores foram recrutados entre colonos da fronteira, em geral caçadores, que eram muito hábeis com seus rifles ao caçar vários animais, entre eles pássaros pequenos e muito rápidos: snipe, ("narceja") que para serem atingidos, tinham que ser alvos de tiros de muita precisão. Por essa característica, passaram a ser conhecidos como snipers. O país que primeiro utilizou de forma sistemática snipers em suas tropas foi o Império alemão, durante a Primeira Guerra. Depois foi imitado por outros e na Segunda Guerra, todos os exércitos tinham escolas exclusivas para sua formação. Atiradores especiais dos países da OTAN são, normalmente, empregues em equipes de dois elementos, em que um é o atirador e o outro o observador. Apesar da separação de funções entre os dois elementos da equipe, é normal que ambos sejam qualificados como atiradores especiais, alternando nas funções de atirador e observador para evitar a fadiga que a atividade gera.
As missões típicas dos atiradores especiais incluem o reconhecimento, a vigilância, a eliminação de comandantes e atiradores furtivos inimigos e a seleção de alvos de oportunidade. Inclusive, as missões podem incluir a eliminação de veículos militares, para as quais são usadas armas ligeiras de grande calibre como as 12,7x99mm NATO ou a .338 Lapua Magnum. Os atiradores especiais têm-se mostrado bastante úteis às Forças dos Estados Unidos e aliadas na Guerra do Iraque, como apoio de fogo de cobertura às movimentações de tropas amigas, sobretudo em áreas urbanizadas.
Nas Guerras da ex-Iugoslávia e do Líbano, eram designados como franco-atiradores os soldados que alvejavam civis com o intuito de causar terror. No cerco de Sarajevo, o principal arruamento da cidade foi apelidado de "Avenida dos Franco-Atiradores" em virtude dos atiradores deste tipo que causaram ferimentos a 1030 pessoas e a morte de outras 225.
Atiradores especiais da polícia[editar | editar código-fonte]
As forças de segurança só empregam atiradores especiais em situações táticas com reféns. Estes atiradores estão treinados para atuarem como último recurso quando existe uma ameaça direta e imediata à vida de pessoas. Os atiradores especiais da polícia atuam geralmente a distâncias mais curtas que as dos correspondentes militares, ou seja, a menos de 100 metros, e mesmo a menos de 50 metros. Quando chegam ao ponto de receber ordem para atirar, os atiradores da polícia devem disparar a matar, e não apenas para ferir.
Têm havido algumas exceções à regra de atirar e matar dos atiradores especiais da polícia. Existem casos em que os atiradores dispararam contra uma pessoa para a impedir de se suicidar, atingindo-a, por exemplo, na mão que segura a arma. No entanto, estas utilizações são polêmicas e de êxito duvidoso.
Galeria[editar | editar código-fonte]
Um sniper alemão durante a Batalha de Stalingrado (1943).
Simo Häyhä (1905-2002), finlandês reputado como o maior franco-atirador da história, por sua atuação durante a Guerra de Inverno.
Franco-atiradores da Wehrmacht recebendo instruções em campo de treinamento, em seus uniformes de camuflagem. Alemanha Nazista, 1943.
Lyudmila Pavlichenko (1916-1974); Selo comemorativo da década de 1970, homenageando a franco-atiradora, heroína da Frente Leste.
Atiradores de elite do corpo de fuzileiros navais do Reino Unido.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Plaster, Maj. John (1993). The Ultimate Sniper: An Advanced Training Manual for Military & Police Snipers. Paladin. ISBN 0-87364-704-1.
- Christopher Whitcomb: Eiskalt am Abzug, München 2003, ISBN 3-44215-192-9
- Ian V. Hogg/Ray Hutchins: Moderne Scharfschützengewehre, Stuttgart 2000, ISBN 3-61302-014-9
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- FM 23-10: Sniper Training, treino de atiradores
- Desefa Net, "Sniper atinge alvo a 1 614 m"
- ↑ a b Pegler, Martin (2004). Out of nowhere : a history of the military sniper. Oxford: Osprey Publishing. p. 16. ISBN 1-84176-854-5. OCLC 56654780
- ↑ a b «snipe | Origin and meaning of snipe». Online Etymology Dictionary (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2021