Augusto Fraga

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Augusto Fraga
Nascimento 18 de outubro de 1910
Lisboa
Nacionalidade Português
Morte 6 de janeiro de 2000 (89 anos)
Ocupação Cineasta
Cônjuge Carmen Mendes (até 2000)

Augusto Fraga (Lisboa, 18 de setembro de 19106 de janeiro de 2000) foi um cineasta português.

Durante a década de 1930, foi jornalista, crítico e ilustrador cinematográfico; director da revista Cinéfilo (1938-1939); colaborador dos títulos Imagem, Animatógrafo e Mundo Gráfico[1] (1940-1941) com o artigo "Hollywood não faliu", nº 84 de 30 de Março de 1944. Nos anos 40 foi redactor de O Século, até ao encerramento deste jornal, e no suplemento Êxito do Diário de Lisboa.

Tendo sido músico profissional, integrando a, então célebre orquestra de "Jazz", "Foz Melody Band", AUGUSTO FRAGA enveredou, cedo, pela carreira da Comunicação Social podendo considerar-se aquela um exemplo típico do aforismo "le journalisme méne à tout". Redactor do grande jornal diário "O Século", durante mais de quarenta anos, a par da sua actividade na Imprensa, tornou-se crítico, actor e realizador de Cinema, onde marcou uma posição de destaque.[2]

Foi na revista cinematográfica, "Cinéfilo", que AUGUSTO FRAGA iniciou os seus primeiros contactos com o mundo do Cinema, еscrevendo e desenhando pois foi, também, um caricaturista conhecido, então, com o nome de "Augusto" durante largos anos nas páginas daquela publicação de que veio a ser, mais tarde, director, tendo colaborado noutras revistas de Cinema que marcaram no nosso meio, como foram "Imagem" e "Animatógrafo".

Entre a sua passagem do jornalismo para a interpretação cinematográfica, medeia um período em que a sua acção se exerce no sector dos quadros técnicos. Foi pela mão de Leitão de Barros, que o teve como assistente no seu filme "As Pupilas do Sr. Reitor", que AUGUSTO FRAGA deu início å sua actuação no campo da técnica cinematográfica.

Depois, como colaborador indispensável dentro das equipas que trabalharam com Chianca de Garcia, colaborou com este realizador nos filmes, "Trevo de Quatro Folhas", "Rosa do Adro", "Aldeia da Roupa Branca". Realizou, por sua vez, alguns documentários, tendo, em Espanha, dirigido série de complementos-curtos de que foi intérprete Amália Rodrigues,entre os quais ficou célebre O Fado Malhoa.

Foi, precisamente, em Espanha, interpretando um papel de Importância na versão portuguesa do filme "Viela", dirigido por Ladislau Vajda (de quem AUGUSTO FRAGA viria a ser assistente) que este se estreou como actor numa interpretação que foi notada pela naturalidade da sua presença e pela simplicidade eficiente, qualidades que haviam de registar-se noutras películas de origem espanhola, tais como "Mañana Como Hoy" e "Nubes de Verano".

Entretanto, a sua actividade nos estúdios portugueses é marcada pela interpretação de um dos principais papeis do filme "Cantiga da Rua", que Henrique Campos dirigiu e que ficou a constituir um dos grandes êxitos do cinema nacional. Vem, depois, "Sonhar é fácil" não deixando o conhecido jornalista de dirigir, por alguns anos, a página semanal de Espectáculos do jornal "Diário de Lisboa", intitulada "Exito".

Ainda no campo da realização cinematográfica, AUGUSTO FRAGA foi galardoado com o Prémio Especial para o melhor filme-documentário na Primeira Festa do Filme 1955/56, iniciativa do "Diário Popular". Foi, ainda, especialmente, convidado para fazer o filme-anúncio das Comemorações de "Portugal-Oito Séculos de História" de 1940, e que correu o Mundo em várias versões. Rodados em Africa, foram, ainda, os documentários "Terra Ardente" (1961), "ABC a Preto & Branco" (1964) e "As Ilhas do Meio do Mundo" (1965).

Jornalisticamente, AUGUSTO FRAGA viu nas colunas de "O Século" várias reportagens suas galardoadas, além de ter sido distinguido com o 1º e 2º Prémios de Jornalismo João Pereira da Rosa (1970). Antigo correspondente, em Lisboa, do "Daily Express", de Londres, fez igualmente parte do "staff da Associated Press no nosso País durante o período da segunda Guerra.


Convidado, especialmente, pela Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, organizou e dirigiu as Festas da Cidade e as Festas de Verão dos anos de 1971. 1972 e 1973, nas quais se marcou o reaparecimento da Grande Marcha de Lisboa, que englobava a representação de todos os Bairros da capital e que deixou as mais gratas recordações pela sua beleza .


Foi ainda a

argumentista, actividade que prosseguiu na rádio na década de 1950.

Obtém grande sucesso com os filmes O Tarzan do 5º Esquerdo e Sangue Toureiro primeira longa metragem a cores em Portugal.

A partir de 1976 passou a escrever para o teatro de revista como co-autor autor.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

  • Sangue Toureiro", primeiro filme português de longa-metragem a cores (1958)
  • "O Tarzan do 5º Esquerdo" (1959)
  • , "O Passarinho da Ribeira" (1961)
  • "Raça" (Grande Prémio/1962)
  • , "Um Dia de Vida" (1964)
  • "Uma Hora de Amor" (1965)
  • , "29 Irmãos" (1966)
  • "A Voz do Sangue", inteiramente rodado em Angola (1966)
  • "Traição Inverosimil" (1971)
  • As Ilhas do Meio do Mundo (Documentário) (1966)
  • A Voz do Sangue (1965)
  • Vinte E Nove Irmãos (1964)
  • ABC a Preto E Branco (Documentário/curta) (1964);
  • Uma Hora de Amor (1962);
  • Um Dia de Vida (1961);
  • Angola (Documentário) (1961);
  • Terra Ardente (Documentário) (1960);
  • Terra Mãe (Documentário) (1
  • Prisões de Vidro (Documentário) (1958)
  • Paisagem Atlântica (Documentário) (1947);
  • Fado do Emigrante (Documentário) (1940).

Ver também[editar | editar código-fonte]

A actividade de AUGUSTO FRAGA. passou a

se desenvolver no sector do Teatro popular musicado, como co-autor das revistas "O Bombo da Festa" (Maria Vitória), "Alto e Pára o Baile!" (Maria Vitória), "Aldeia da Roupa Suja" (Variedades), "E Tudo S. Bento Levou" (Maria Vitória), "Rei, Capitão, Soldado, Ladrão" (Maria Vitória), "Mais Vale Sá Que Mal Acompanhado" (Maria Vitória), "Ó Patego Olha o Balão" (Maria Vitória), "Não Há Nada P'ra Ninguém" (Maria Vitória), "Sem Rei Nem Rock", (Maria Vitória), "Quem Me Acaba o Resto" (Maria Vitória), ""O Bem Tramado" (Maria Vitória), "Não Batam Mais no Zézinho" (Maria Vitória), "Isto é Maria Vitória!" (Maria Mattos), "Escritas em Dia" (Maria Mattos), "Toma lá Revista" (Maria Mattos), "Prova dos Novos" (Variedades) e adaptação da comédia "Desculpa ó Caetano" (Variedades).[3]

Referências

  1. Jorge Mangorrinha (Junho de 2014). «Ficha histórica: Mundo Gráfico(1940-1948)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 14 de Janeiro de 2015 
  2. Fraga, Augusto.   Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. Augusto, Fraga.   Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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