Autagonistofilia

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A autagonistofilia (do grego antigo: αὐτός, autós, 'si próprio'; ἀγωνιστής, agōnistḗs, 'combatente'; φιλία, philíā, 'amor') é uma parafilia que envolve o prazer sexual em observar a si próprio copulando em um palco, ou sendo filmado ou fotografado durante o ato.[1]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O termo "autagonistofilia", deriva do grego antigo 'αὐτός', transliterado 'autós', que significa "si próprio";[2] 'ἀγωνιστής' (agōnistḗs), que significa "agonista", que denota um indivíduo que se engajava em atividades de ginástica por prêmios em jogos públicos;[3] e 'φιλία', (phílíā), que significa "amor".[4]

Psicologia[editar | editar código-fonte]

Robert J. Campbell, descreve a parafilia como "uma parafilia na qual a excitação sexual e orgasmo são contingentes da exposição de si mesmo em uma apresentação ao vivo, ou seja, sendo observado atuando no palco ou na câmera".[5]

Em seu livro, The Clinical Lacan, Joel Dor, escrevendo sobre a histeria, diz: "através dessa identificação com o objeto ideal do desejo do povo, todos os seus esforços estão a serviço da identificação fálica. Não é surpreendente, portanto, notar a intensa atração do histérico por qualquer situação em que essa identificação imaginária possa ser trazida ao palco".[6]

Por sua vez, Anil Aggrawal, em seu livro Forensic and Medico-legal Aspects of Sexual Crimes and Unusual Sexual Practices, descreve esta parafilia como sendo a "excitação sexual e orgasmo [sendo] contingentes à exibição de si mesmo em um show ao vivo ou ao ser fotografado".[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Griffiths, Mark D. (5 de junho de 2014). «Preaching to the Perverted». Psychology Today (em inglês). Consultado em 5 de março de 2022 
  2. «auto». Dicionário Priberam. Consultado em 5 de março de 2022 
  3. «agonista». Michaelis. Consultado em 5 de março de 2022 
  4. «parafilia». Infopédia. Consultado em 5 de março de 2022 
  5. Campbell, Robert J. (2004). Campbell's psychiatric dictionary. Oxônia: Oxford University Press. p. 64 
  6. Dor, Joel (2013). The Clinical Lacan. Nova Iorque: Other Press. p. 80 
  7. Anil, Aggrawal (2009). Forensic and medico-legal aspects of sexual crimes and unusual sexual practices. Boca Raton: CRC Press