Avenida Brasil (São Paulo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Avenida Brasil (São Paulo)
Avenida Brasil (São Paulo)
Extensão 2.300 m
Início Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 4018
Subprefeitura(s) Pinheiros
Bairro(s) Jardim Paulista, Jardim América, Jardim Paulistano (Jardins)
Fim Avenida Rebouças, 1761

A Avenida Brasil é uma importante via da cidade de São Paulo, situada no bairro do Jardim Paulista, que tem início na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, e término na Avenida Rebouças, cortando regiões valorizadas da cidade, como os bairros de Pinheiros, Jardim América, Jardim Paulistano, Jardim Europa e Ibirapuera.

Características[editar | editar código-fonte]

Com 2,3 quilômetros de extensão[1], a avenida tem como regra de zoneamento a construção apenas de edifícios com até doze metros de altura.[2] Entre o início, na esquina com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, e a esquina com a Rua Colômbia é permitida a instalação de bancos, consulados e escritórios de profissionais liberais.[2] No trecho a partir da Rua Colômbia e até o final da avenida, na esquina com a Avenida Rebouças, podem ser instalados orfanatos, museus, bibliotecas, serviços de saúde e showrooms — exceto de motocicletas —, e pode ser exercido ainda o comércio de alimentação, desde que sem consumo no local.[2]

José Eduardo de Assis Lefevre, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo escreveu em artigo para o jornal O Estado de S. Paulo que a Brasil é "uma das mais bonitas avenidas da cidade".[3] Ele destaca o canteiro central, largo, ajardinado e arborizado e o "recuo generoso das construções", além dos jardins e árvores presentes nesses recuos.[3]

História[editar | editar código-fonte]

A avenida foi projetada para cortar a região da cidade conhecida como Jardins, que foi projetada para ser um grande jardim, e concentrar grandes mansões.[1] O loteamento foi feito pela Companhia City, que impôs em contrato que os fechamentos dos terrenos para a rua deveriam ser baixos e não poderiam impedir a visão dos imóveis.[3] Industriais e profissionais liberais bem-sucedidos passaram a procurar a avenida para construir suas casas, onde poderiam demonstrar sua riqueza nas respectivas fachadas.[1] Até os anos 1960 apenas uma igreja, a Nossa Senhora do Brasil, até hoje na esquina com a Rua Colômbia, dividia espaço com residências na avenida.[3] De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, ela foi o "símbolo de riqueza e modernidade no início do século XX", mas passou a ter sinais de progressiva decadência no início do século XXI em meio à pujança do Jardim América, com diversos imóveis vazios, demolidos ou abandonados.[1] Um dos motivos para isso é o alto valor de venda e locação dos imóveis de alto padrão, que, segundo um diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio em entrevista ao Estadão, teriam dobrado de preço em relação à média cobrada em 2005.[1] O valor do metro quadrado é até menor que em outros lugares valorizados da cidade — cinquenta reais, contra 120 reais na Avenida Brigadeiro Faria Lima, por exemplo —, mas o tamanho das propriedades faz com que os aluguéis sejam mais altos.[1] Outro motivo seriam as irregularidades em diversos imóveis, construídos como mansões, mas que precisam de reformas para abrigar estabelecimentos comerciais.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g Valéria França (3 de abril de 2010). «Supervalorização e irregularidades esvaziam 23 imóveis na Avenida Brasil». O Estado de S. Paulo (42 536). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. pp. pág. C1. ISSN 1516-2931. Consultado em 11 de abril de 2010 
  2. a b c Valéria França (3 de abril de 2010). «Restrição a prédios serve de proteção a zona residencial». O Estado de S. Paulo (42 536). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. pp. pág. C1. ISSN 1516-2931. Consultado em 11 de abril de 2010 
  3. a b c d José Eduardo de Assis Lefevre (3 de abril de 2010). «Como preservar as qualidades de São Paulo?». O Estado de S. Paulo (42 536). São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. pp. pág. C1. ISSN 1516-2931. Consultado em 11 de abril de 2010