Béarn (porta-aviões)

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Béarn
 França
Operador Marinha Nacional Francesa
Fabricante Forges et Chantiers
de la Méditerranée
Homônimo Béarn
Batimento de quilha 10 de janeiro de 1914
Lançamento 15 de abril de 1920
Comissionamento 5 de dezembro de 1927
Descomissionamento 31 de março de 1967
Destino Desmontado
Características gerais (como construído)
Tipo de navio Porta-aviões
Classe Normandie
Deslocamento 28 900 t (carregado)
Maquinário 1 turbina a vapor
2 motores de tripla-expansão
12 caldeiras
Comprimento 182,5 m
Boca 35,2 m
Calado 8,86 m
Propulsão 4 hélices
- 40 000 cv (29 400 kW)
Velocidade 21,5 nós (39,8 km/h)
Autonomia 6 500 milhas náuticas a 10 nós
(12 000 km a 19 km/h)
Armamento 8 canhões de 155 mm
6 canhões de 75 mm
8 canhões de 37 mm
12 metralhadoras de 8 mm
4 tubos de torpedo de 550 mm
Blindagem Cinturão: 83 mm
Convés de voo: 24 mm
Aeronaves 32
Tripulação 875

O Béarn foi o primeiro porta-aviões operado pela Marinha Nacional Francesa. Sua construção começou em janeiro de 1914 na Forges et Chantiers de la Méditerranée, originalmente como o quinto e último couraçado da Classe Normandie. As obras foram paralisadas depois do começo da Primeira Guerra Mundial e ele foi lançado ao mar em abril de 1920 a fim de liberar espaço no estaleiro.[1][2] A Marinha Nacional decidiu convertê-lo em um porta-aviões depois da assinatura do Tratado Naval de Washington em 1922 e o Béarn foi comissionado na frota em dezembro de 1927.[3][4] Era capaz de transportar mais de trinta aeronaves,[5] contava com bateria antiaérea formada por canhões de 75 e 37 milímetros,[6] tinha um deslocamento de mais de 28 mil toneladas e conseguia alcançar uma velocidade de 21 nós.[7]

O Béarn passou seus primeiros anos de serviço participando principalmente de exercícios de treinamento, também realizando algumas viagens pela África. Ele passou por uma pequena modernização entre 1934 e 1935, retomando suas funções de rotina até o início da Segunda Guerra Mundial.[8] Na guerra, ele inicialmente participou de treinamentos em águas domésticas e depois foi internado nas Antilhas Francesas depois do armistício com a Alemanha em maio de 1940. O porta-aviões permaneceu no local pelos anos seguintes até maio de 1943, quando o governo francês ordenou que fosse sabotado, sendo consequentemente deliberadamente encalhado na entrada do porto de Martinica. O Béarn foi depois tomado pelas forças da França Livre e convertido em um navio de transporte de aeronaves.[9]

A embarcação partiu em sua primeira missão de transporte no início de 1945, porém colidiu com outro navio e passou quase seis meses em reparo. Em seguida o Béarn transportou pessoal e materiais entre a França Metropolitana e o Norte da África Francês por vários meses. Depois da guerra o porta-aviões foi enviado para a Indochina Francesa carregando materiais, aeronaves e suprimentos para as campanhas de reestabelecimento do domínio colonial. Ele permaneceu no local por um ano até voltar para casa e ser colocado na reserva. Foi reativado dois anos depois como a capitânia de grupo submarino e antissubmarino da Marinha Nacional, também atuando como embarcação de suporte. O Béarn foi transformado em alojamento flutuante em 1960 e por fim enviado para desmontagem em 1967.[10]

Referências

  1. Gardiner & Gray 1985, p. 198
  2. Jordan 2020, p. 9
  3. Polmar & Genda 2007, p. 65
  4. Jordan 2020, p. 11
  5. Jordan 2020, pp. 24–25
  6. Jordan 2020, pp. 14–15
  7. Jordan 2020, pp. 10–11, 181
  8. Moulin, Morareau & Picard 2000, pp. 32–49
  9. Moulin, Morareau & Picard 2000, pp. 64–75
  10. Moulin, Morareau & Picard 2000, pp. 76–87, 122

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Gardiner, Robert; Gray, Randal (1985). Conway's All the World's Fighting Ships: 1906–1921. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-907-3 
  • Jordan, John (2020). «From Battleship to Carrier: Béarn». In: Jordan, John. Warship 2020. Oxford: Osprey. ISBN 978-1-4728-4071-4 
  • Moulin, Jean; Morareau, Lucien; Picard, Claude (2000). Le Bearn et le Commandant Teste. Bourge en Bresse: Marines éditions. ISBN 2-909675-22-X 
  • Polmar, Norman; Genda, Minoru (2007). Aircraft Carriers: A History of Carrier Aviation and Its Influence on World Events, Volume II: 1946-2006. Dulles: Potomac Books. ISBN 978-1-57488-665-8 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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