Basílica da Estrela
Basílica da Estrela | |
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Exterior da Basílica da Estrela. | |
Nomes alternativos | Basílica do Coração de Jesus |
Início da construção | 1779 |
Fim da construção | 1790 |
Inauguração | 1794 |
Função inicial | Religiosa (convento da Ordem do Carmo) |
Património Nacional | |
Classificação | ![]() |
Ano | 1907, 1910 |
DGPC | 71146 |
SIPA | 10613 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Estrela, Lisboa |
Coordenadas | |
Localização em mapa dinâmico |
A Basílica da Estrela, ou Real Basílica e Convento do Santíssimo Coração de Jesus, é um templo católico e antigo convento de freiras carmelitas localizado na cidade de Lisboa, em Portugal. Esta vasta igreja, encimada por uma cúpula, ergue-se no alto de uma colina na zona oeste da cidade, sendo um dos marcos da zona da Lapa (Paróquia de Nossa Senhora da Lapa à Estrela, ou simplesmente Paróquia da Lapa). Localizada em frente do jardim da estrela e também na freguesia da Estrela.
História[editar | editar código-fonte]
Na segunda metade do século XVIII, D. Maria I e D. Pedro III, filha e genro-irmão de D. José I, fizeram voto de que construiriam uma igreja se tivessem um filho para herdar o trono. O seu desejo foi satisfeito e a construção do templo foi iniciada em 1779. Infelizmente, entretanto, o menino, baptizado como D. José, veio a falecer vítima de varíola, dois anos antes do término da construção, em 1790.
O projeto ficou a cargo de arquitectos da Escola de Mafra.
Características[editar | editar código-fonte]
O templo apresenta características do estilo barroco final e do neoclássico.
A fachada é ladeada por duas torres gémeas e decorada ao centro com um relevo representando o Sagrado Coração de Jesus com estátuas de santos (Santo Elias, Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz e Santa Maria Madalena de Pazzi) e figuras alegóricas (Fé, Devoção, Gratidão e Liberalidade), da autoria de Joaquim Machado de Castro e dos seus pupilos. [1]
O amplo interior, de mármore cinzento, rosa e amarelo, iluminado por aberturas na cúpula, infunde respeitoso temor. Várias pinturas de Pompeo Batoni adornam o seu interior. O túmulo estilo império, de D. Maria I, que faleceu no Brasil, está no transepto direito. Encerrado numa sala ali perto, existe um extraordinário presépio de Machado de Castro, formado por mais de 500 figuras de cortiça e terracota.
Este templo dispõe de dois órgãos - o grande órgão (construído em 1789) e o órgão de coro (1791), ambos construídos pelo organeiro António Xavier Machado e Cerveira.[2] O órgão de coro foi restaurado em 1998.[3] Em 2009, foi criada a Schola Cantorum da Basílica da Estrela (SCBE) que tem por missão reactivar em Portugal a prática da melhor música litúrgica, tradição desaparecida há dois séculos e ainda plenamente viva noutros países da Europa.[4]
Curiosidades[editar | editar código-fonte]

A Basílica da Estrela foi a primeira igreja no mundo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus tendo por base as revelações de Cristo a Santa Margarida Maria de Alacoque e reforçadas, mais tarde, à Beata Maria do Divino Coração Droste zu Vischering.
A rainha D. Maria I é a única monarca portuguesa da dinastia de Bragança (excepção feita ao rei D. Pedro IV de Portugal, imperador do Brasil, que se encontra sepultado na cidade de São Paulo) que não se encontra no Panteão da Dinastia de Bragança, mas sim na Basílica da Estrela, que ela mesma mandou erguer.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Basílica da Estrela na base de dados Ulysses da Direção-Geral do Património Cultural
- Basílica da Estrela na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural
- «PARÓQUIA DA ESTRELA». (sítio não oficial)
- Monumentos nacionais em Lisboa
- Basílicas de Portugal
- Igrejas de Lisboa
- Lapa (Lisboa)
- Arquitetura rococó em Portugal
- Locais com reis de Portugal sepultados
- Igrejas barrocas em Portugal
- Igrejas classificadas como monumento nacional em Portugal
- Igrejas de Portugal do século XVIII
- Arquitetura de 1790
- Locais de enterro da Casa de Bragança