Batalhão de Formação

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Batalhão de Formação
País Portugal
Corporação Exército Português
Subordinação Regimento de Paraquedistas
Brigada de Reação Rápida
Missão Formar militares na área do paraquedismo militar.
Unidade Batalhão
Tipo de unidade Infantaria Paraquedista
Denominação Catatuas
Sigla BF
por vezes utiliza-se a sigla anterior: BI (Batalhão de Instrução)
Criação 1956
Divisa INSTRUÇÃO DURA, COMBATE FÁCIL
Grito de Guerra O que somos?... Amigos!

O que queremos?... Alvorada!

O que amamos?... O perigo!

O que tememos?... Nada!

Em posição!... Já!
Mascote Catatua
Sede
Quartel Regimento de Paraquedistas
Página oficial Sítio oficial

O Batalhão de Formação (também conhecido pela anterior designação Batalhão de Instrução ou pelas respetivas siglas, BF e BI) é um batalhão do Exército Português, aquartelado no Regimento de Paraquedistas (Brigada de Reação Rápida), em Tancos, responsável pela formação das Tropas Paraquedistas de Portugal.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Tropas Paraquedistas de Portugal

O Batalhão de Caçadores Paraquedistas (BCP), primeira unidade paraquedista em Portugal, foi oficialmente inaugurado no dia 23 de maio de 1956, na Força Aérea Portuguesa (FAP), tendo presidido à cerimónia o seu criador, coronel Kaúlza de Arriaga. A data foi escolhida em alusão à bula Manifestis Probatum (1179), que declarou o Condado Portucalense oficialmente independente do Reino de Leão, ou seja, reconheceu efetivamente o Reino de Portugal.[2]

O BCP foi aquartelado nas antigas instalações do extinto Batalhão de Pontoneiros (BP), uma unidade do Exército que, em 1921, tinha sido transferida de Santarém para Tancos e, em 1947, integrada na Escola Prática de Engenharia.[2] Após a conclusão das indispensáveis obras de conservação e restauro, os paraquedistas começaram a ser instalados nas antigas camaratas do BP, a partir do dia 3 de Janeiro de 1956. O Comando do Batalhão foi assumido pelos dois primeiros paraquedistas portugueses, os capitães Martins Videira (Comandante) e Mário Robalo (2º Comandante).[2][3] A localização estratégica destas instalações (numa posição central, em relação à distribuição geográfica do território continental) era perfeita para a atividade dos paraquedistas, uma vez que se encontrava junto à Base Aérea de Tancos, que era guarnecida com os necessários aviões de transporte Junkers Ju-52.[4][5]

Ao iniciar-se a Guerra Colonial, os paraquedistas foram a primeira força portuguesa projetada para o continente africano, chegando a primeira Companhia de Caçadores Paraquedistas a Angola no dia 16 de março de 1961, apenas um dia após o massacre da UPA. Com o desenrolar do confilto, esta companhia seria reforçada, subindo de escalão para batalhão, denominado Batalhão de Caçadores Paraquedistas n.º 21 (BCP 21). Entretanto, perante a necessidade de aumentar a capacidade de formação de novos paraquedistas no BCP, este sobe também de escalão para regimento, passando a designar-se Regimento de Caçadores Paraquedistas (RCP), em 5 de maio de 1961, constituído por dois batalhões, o Batalhão de Instrução (BI) e o Batalhão de Caçadores Paraquedistas n.º 11 (BCP 11).[6][7]

A mudança de nome para Batalhão de Formação (BF) resultou da reestruturação nas Forças Armadas de Portugal, que retirou os Paraquedistas do Exército e colocou-os na Força Aérea, a partir de 01 de janeiro de 1994[8]. Esta mudança permitiu às subunidades da então Base Escola de Tropas Paraquedistas adotarem a expressão "formação", em uso em todas as Unidades do Exército em detrimento da anterior "instrução", em uso na FAP.[8]

Organização[editar | editar código-fonte]

O Batalhão de Formação divide-se em duas companhias:

  • Companhia de Formação Terrestre (CFT) - Instrução Básica (Recruta); Fase A do Curso de Paraquedismo (Curso de Combate); Curso de Promoção a Cabo Paraquedista.
  • Companhia de Formação Aeroterrestre (CFA) - Fase B do Curso de Paraquedismo, Curso de Operações Aeroterrestres, Curso de Instrutor de Paraquedismo.[9]

Formação[editar | editar código-fonte]

Instrução do Curso de Paraquedismo, no RPára

Cursos de Formação[editar | editar código-fonte]

Instrução Básica/Complementar[editar | editar código-fonte]

  • Curso de Formação Geral de Praças do Exército[9]

Cursos de Qualificação[editar | editar código-fonte]

  • Curso de Paraquedismo
  • Curso de Operações Aeroterrestres
  • Curso de Instrutor de Paraquedismo[9]

Cursos de Promoção[editar | editar código-fonte]

  • Curso de Promoção a Cabo Paraquedista[9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «DIA DOS PÁRA-QUEDISTAS E DA ESCOLA DE TROPAS PÁRA-QUEDISTAS | Operacional». Consultado em 13 de maio de 2019. Cópia arquivada em 13 de maio de 2019 
  2. a b c ««23 DE MAIO»: DIA DA ESCOLA DE TROPAS PÁRA-QUEDISTAS | Operacional». Consultado em 16 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 7 de junho de 2017 
  3. «O PRIMEIRO DISTINTIVO DE QUALIFICAÇÃO PÁRA-QUEDISTA MILITAR PORTUGUÊS | Operacional». Consultado em 18 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 18 de dezembro de 2019 
  4. «Junkers Ju 52 | Esquadra 502 - "Elefantes"». esquadra.emfa.pt. Consultado em 19 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2019 
  5. FRAGA, CORONEL Luís M. Alves de (2001). SÚMULA HISTÓRICA DAS AVIAÇÕES MILITARES E DA FORÇA AÉREA DE PORTUGAL. Lisboa: Universidade Autónoma de Lisboa 
  6. ENQUADRAMENTO DAS TROPAS PÁRA-QUEDISTAS NO SEIO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS Arquivado em 16 de dezembro de 2019, no Wayback Machine. - FRANCO, Aspirante Jacinto Gabriel Henriques Rodrigues, Academia Militar, Consultado em 16 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 16/12/19
  7. Observador. «Paraquedistas: a força especial que entrou na guerra de Angola pelo ar». Observador. Consultado em 19 de dezembro de 2019. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2019 
  8. a b «NOTAS SOBRE A TRANSFERÊNCIA DOS PARAQUEDISTAS DA FORÇA AÉREA PARA O EXÉRCITO EM 1993 | Operacional». Consultado em 13 de maio de 2019. Cópia arquivada em 13 de maio de 2019 
  9. a b c d Mota, Asp-Aluno de Infantaria Jorge Miguel Carvalho (2016). A doutrina nacional de emprego de forças paraquedistas (PDF). Academia Militar, Lisboa: [s.n.] pp. 14, 15. Consultado em 13 de maio de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 13 de maio de 2019