Combate da Ilha da Redenção

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Combate da Ilha da Redenção
Parte da Campanha de Humaitá na Guerra do Paraguai

Combate da Ilha da Redenção, no Rio Paraná (10 de abril de 1866): a 19ª Brigada brasileira, comandada pelo Coronel Villagran Cabrita repele o assalto dos paraguaios.
Data 10 de abril de 1866
Local Ilha da Redenção, no Rio Paraná.
Desfecho Vitória brasileira
Beligerantes
Império do Brasil Paraguai Paraguai
Comandantes
João Carlos Villagran Cabrita
Paraguai General Díaz (comando geral e plano)
Paraguai Leonardo Riveros (comando na Ilha)
Forças
900 combatentes:
7º Batalhão VP, de São Paulo;
14º de Guardas Nacionais do Município Neutro (Rio de Janeiro);
100 praças do Batalhão de Engenharia;
1º BA (parte);
4 canhões,
8 morteiros;
1 estativa de foguetes.[1]
1 266 combatentes: 3º e 9º Batalhão de Cavalaria a pé.
Baixas
52 mortos 640 mortos

O Combate da Ilha da Redenção (também chamada de Banco de Itapiru, Banco Purutué, Ilha Carayá, Ilha de Carvalho, Ilha do Cabrita ou Ilha da Vitória) teve lugar no dia 10 de abril de 1866, durante a Guerra do Paraguai.

Quase no meio do Rio Paraná, fronteira ao forte de Itapiru, existia uma ilha — na verdade um banco de areia — coberta por vasto capinzal, que mais tarde seria denominada Ilha da Redenção, Ilha de Carvalho ou Ilha do Cabrita.[2] O Exército brasileiro decidiu ocupar a ilha, importante pela sua posição em relação ao referido forte e ao acampamento inimigo, para servir de ponto de apoio contra os paraguaios. No dia 05 de abril de 1866, o Tenente-Coronel de engenheiros José Carlos de Carvalho recebeu ordens de embarcar uma bateria La Hitte de 12 e outra de 4 morteiros de 10 polegadas, além do material correspondente para cobri-las. A guarnição da ilha, composta das referidas baterias, de 100 praças do Batalhão de Engenheiros, e dos batalhões de infantaria 7º de Voluntários da Pátria e 14º de linha, era comandada pelo Tenente-coronel João Carlos Villagran Cabrita.[3][4]

As 4 horas da madrugada de 10 de abril de 1866, uma força paraguaia desembarcou na ilha tentando desalojar as tropas brasileiras de sua posição. Foram entretanto rechaçados com grandes perdas e retiraram-se sob o fogo da esquadra brasileira, que, por sua vez, se viu forçada a retirar diante do fogo do Forte de Itapiru.

O Coronel Villagran Cabrita foi morto por uma bomba disparada do Forte de Itapiru quando, a bordo de uma chata que continha munições para a guarnição da ilha, ditava a parte da vitória. Seu nome foi dado à ilha.[5]

Referências

  1. DONATO, Hernâni. Dicionário das batalhas brasileiras, IBRASA, 1996, p. 437
  2. «Patrono da Engenharia». www.2gpte.eb.mil.br. Consultado em 2 de março de 2022 
  3. JOURDAN, Emilio Carlos. Guerra do Paraguay, Typographia Perseveranca̧, 1871, p. 22-23
  4. VAZ, Antonio Alvares Guedes; MENDONÇA, Salvador Furtado de. Apontamentos biographicos para a historia das campanhas do Uruguay e Paraguay desde mdccclxiv., Perseverança, 1866, p. 83-87
  5. DONATO, Hernâni. Dicionário das batalhas brasileiras, IBRASA, 1996, p. 437