Batalha de Montepeloso

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Montepeloso
Conquista normanda do sul da Itália
Data 3 de setembro de 1041
Local Monte Sirícolo, perto de Montepeloso
Coordenadas 40° 45' N 16° 14' E
Desfecho Vitória rebelde
Beligerantes
Império Bizantino
Guarda varegue
Rebeldes lombardo-normandos
Comandantes
Exaugusto Boiano Guilherme Braço de Ferro
Forças
Desconhecidas Desconhecidas
Baixas
Desconhecidas Desconhecidas
Montepeloso está localizado em: Itália
Montepeloso
Localização de Montepeloso no que é hoje a Itália

A Batalha de Montepeloso foi travada em 3 de setembro de 1041 entre as forças rebeldes lombardo-normandas e o Império Bizantino próximo de Montepeloso, no sul da Itália. Os bizantinos, liderados por Exaugusto Boiano, foram forçados a batalha pelos rebeldes, e após uma luta dura o dia inteiro os rebeldes derrotaram o exército bizantino e capturaram Boiano. A vitória rebelde decisiva forçou os bizantinos a retirarem-se para as cidades costeiras, deixando os normandos e lombardos em controle de todo o interior peninsular meridional.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Montepeloso fez parte duma revolta lombardo-normanda contra o Império Bizantino no sul da Itália, que já havia resultado em dois outros confrontos, o primeiro em Olivento em março, e outro em Monte Maior em maio, ambos vitórias rebeldes. Antes da batalha, os normandos e lombardos concordaram em escolher o príncipe Atenulfo de Benevento como o novo líder deles, enquanto o catepano bizantino Miguel Dociano foi substituído por Exaugusto Boiano.[1][2]

O novo líder geral da revolta, Atenulfo, era membro da família beneventana reinante e uma rival do patrocinador normando Guaimário IV de Salerno, mas embora o exército rebelde era liderado por líderes militares normandos, os normandos não podiam dar-se ao luxo de quebrar sua aliança com os lombardos.[2]

Batalha[editar | editar código-fonte]

Após os eventos em Monte Maior, Boiano fez uma tentativa de sitiar Melfi, que foi capturada pelos rebeldes. Em resposta, os normandos e lombardos contra-atacara o campo de Boiano em Monte Sorícolo,[3] próximo de Montepeloso (moderna Irsina), no rio Bradano. O exército bizantino sob Boiano estava seguro dentro da fortaleza de Montepeloso, mas como os rebeldes pretendiam evitar os esforços atrelados com um cerco, forçaram os bizantinos e a guarda varegue[1] a entrarem em batalha ao roubaram seu gado. A batalha perdurou intensamente durante o dia todo, mas a cavalaria normanda, liderada por Guilherme Braço de Ferro, conseguiu assegurar uma vitória decisiva para os rebeldes. Boiano foi capturado durante o confronto e mantido como refém.[4]

Rescaldo[editar | editar código-fonte]

A batalha de Montepeloso foi a última batalha campal travada entre normandos e bizantinos na península Itálica.[5] Essa vitória forçou o exército bizantino a retirar-se para as cidades costeiras, deixando o interior inteiro da Itália meridional para os rebeldes. Após a vitória, a cidade de Matera mudou seu apoio à revolta, enquanto as cidades costeiras de Bari, Monopoli e Giovinazzo quebraram sua aliança com o Império Bizantino para evitar raides normandos.[6]

Após o confronto, o comandante rebelde Atenulfo foi enviado para casa após ser descoberto que ele havia guardado para si o dinheiro recebido pelo resgate de Boiano. Embora os cavaleiros normandos exigiram que o novo líder fosse normando, eles possuíam menos votos que os lombardos e tiveram de contentar-se com Argiro de Bari.[6]

Referências

  1. a b Rogers 2010, p. 321–322.
  2. a b Brown 2003, p. 43.
  3. Jacques 2007, p. 681.
  4. Brown 2003, p. 43–44.
  5. Brown 2003, p. 45.
  6. a b Brown 2003, p. 44.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brown, Gordon S. (2003). The Norman Conquest of Southern Italy and Sicily. Jefferson, NC: McFarland & Company Inc., Publishers. ISBN 978-0-7864-1472-7 
  • Jacques, Tony (2007). Dictionary of Battles and Sieges: A Guide to 8,500 Battles from Antiquity through the Twenty-first Century. Westport, CT: Greenwood Press. ISBN 978-0-313-33538-9 
  • Rogers, Clifford J. (2010). The Oxford Encyclopedia of Medieval Warfare and Military Technology 1. Nova Iorque, NI: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-533403-6