Batalha de Ravena (432)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outras batalhas em Ravena, veja Batalha de Ravena.
Batalha de Ravena (432)
Guerra interna
Império Romano do Ocidente
Data 432
Local Rimini ~ Ravena (Itália)
Desfecho Vitória de Bonifácio
(mas que sai mortalmente ferido)
Comandantes
Império Romano Flávio Aécio Império Romano Bonifácio (conde)

A Batalha de Ravena de 432 (também conhecida como Batalha de Rimini)[1] pôs em confronto duas forças rivais do Império Romano do Ocidente. De um lado, Flávio Aécio, e do outro Bonifácio. Bonifácio venceu a batalha, mas foi mortalmente ferido.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Segundo Edward Gibbon, o confronto foi promovido pela inveja de Flávio Aécio face aos favores e promoção imperial dada a Bonifácio pela imperatriz-mãe Gala Placídia, apesar da sua derrota face aos vândalos de Genserico. Aécio saiu da Gália com um exército de bárbaros (federados), e promoveu o confronto com Bonifácio perto de Ravena, então capital do império ocidental.[nota 1]

A batalha[editar | editar código-fonte]

A batalha que segundo Procópio colocava em confronto os "dois últimos romanos [nota 2], teve um desfecho favorável a Bonifácio. No entanto, Bonifácio foi ferido mortalmente (segundo Gibbon pela lança de Aécio) e veio a falecer alguns dias mais tarde. [nota 3] Aécio teve que escapar, foi proclamado rebelde pela imperatriz regente Gala Placídia, e foi procurar refúgio entre os hunos. [nota 4]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Bonifácio assegurou a sucessão do seu genro Sebastiano, no comando do exército imperial. No entanto, Aécio regressou com o apoio dos hunos, e depôs Sebastiano, obrigando à fuga deste. Aécio tomou então controlo absoluto do exército de Roma, e confrontaria os hunos por quem fora apoiado na Batalha dos Campos Cataláunicos.[1]

Notas

  1. «The discovery of his fraud, the displeasure of the empress, and the distinguished favour of his rival, exasperated the haughty and perfidious soul of Aetius. He hastily returned from Gaul to Italy, with a retinue, or rather with an army, of Barbarian followers; and such was the weakness of the government, that the two generals decided their private quarrel in a bloody battle.»[2]
  2. Afirmação de Procópio. [3]
  3. «Boniface was successful; but he received in the conflict a mortal wound from the spear of his adversary, of which he expired within a few days.»[2]
  4. «Aetius was proclaimed a rebel by the justice of Placidia; and though he attempted to defend some strong fortresses erected on his patrimonial estate, the Imperial power soon compelled him to retire into Pannonia, to the tents of his faithful Huns. The republic was deprived, by their mutual discord, of the service of her two most illustrious champions.»[2]

Referências

  1. a b O'Flynn, John M. (1983). Generalissimos of the Western Roman Empire. a batalha terá ocorrido em Arímino (hoje Rimini). [S.l.: s.n.] p. 79 
  2. a b c Gibbon, p. 179
  3. Julian Reynolds (2011) Defending Rome: The Masters of the Soldiers

Bibliografia[editar | editar código-fonte]