Batalha de Sandepu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Sandepu
Guerra russo-japonesa

Infantaria japonesa na Coreia
Data de 25 a 29 de janeiro de 1905
Local Ao sul de Makden, Manchúria
Desfecho Indeterminado
Beligerantes
 Império do Japão  Império Russo
Comandantes
Ōyama Iwao Aleksey Kuropatkin
Forças
220 000 285 000
Baixas
9000 mortos, feridos ou capturados 1781 mortos,

9395 feridos,

1065 desaparecidos

A batalha de Sandepu, também conhecida como batalha de Heikoutai, foi uma batalha terrestre de grandes proporções da guerra russo-japonesa, travada em uma região repleta de povoados, a uns 58 km a sudoeste de Makden, Manchúria.[1]

Prelúdio[editar | editar código-fonte]

Depois da batalha de Shaho, as forças russas e japonesas estavam posicionadas uma a frente da outra, ao sul de Makden, enquanto o gelado inverno manchu começava. Os comandantes japoneses chegaram a conclusão que não era possível realizar uma grande batalha, assumindo que os russos tinham o mesmo ponto de vista vendo as dificuldades de se movimentar durante o inverno.[2]

Entretanto, o general Oskar-Ferdinand, recém chegado e pouco experiente do segundo exército russo, rapidamente aproveitou que a esquerda japonesa estava em uma posição exposta ao norte, junto ao pequeno povoado de Heikoutai.[2]

Informado da queda de Port Arthur, em 2 de janeiro de 1905, e sabendo que o 3º exército japonês, sob o comando do general Nogi Maresuke, estava avançando Oskar-Ferdinand decidiu que era importante pressionar os exércitos de Ōyama Iwao para a Coreia antes que os japoneses pudessem unir suas forças.[3]

A batalha[editar | editar código-fonte]

Em 25 de janeiro de 1905, com a desaprovação de seu superior, o general Aleksey Kuropatkin, Oskar planejou e executou uma ofensiva com o 2º regimento russo da Manchúria, com apoio do 8º corpo do exército europeu, a 61.ª Divisão de reserva, a 5.ª Brigada de Rifles e o 1º corpo do exército do leste da Sibéria, além de um grande regimento de cavalaria, com um total aproximado de 285 000 homens e 350 canhões.[4]

As forças japonesas, se refugindo do inverno em seus quartéis, foram pegos de surpresa. A cadeia de comandantes japoneses perdeu a coerência, e algumas forças caíram em desordem, ainda que algumas unidades individuais opuseram uma feroz resistência.[5] As péssimas condições climáticas ajudaram na confusão.

De repente, em 29 de janeiro de 1905, o 2º exército russo recebeu a ordem de parar o ataque. As tropas russas que avançavam com uma moral muito alta porque estavam ganhando, não entenderam a razão da ordem. Kuropatkin atuou com sua usual precaução e indecisão, ordenou as forças de Oskar-Ferdinand que retrocedessem. Depois da batalha, Oskar renunciou o cargo e voltou a Moscou, culpando Kuropatkin do desastre nos jornais, acusando-o de não ter ajudado no momento crítico pois estava enciumado do seu êxito.[6]

[editar | editar código-fonte]

As baixas russas foram de 1781 mortos, 9395 feridos e 1065 desaparecidos.[7] As baixas japonesas chegaram aos 9000 mortos, feridos e capturados. A batalha terminou em um empate tático onde nenhum lado reclamou a vitória. Os marxistas russos aproveitaram da controvérsia criada por Oskar na imprensa, e da incompetência de Kuropatkin nas batalhas prévias, para conseguir mais apoio em suas campanhas contra o governo.

Referências

  1. Russian Main Military Medical Directorate (Glavnoe Voenno-Sanitarnoe Upravlenie) statistical report. 1914.
  2. a b Kowner, Historical Dictionary of the Russo-Japanese War, p. 342-343.
  3. McCullagh, F. With the Cossacks
  4. Jukes, page 65
  5. Connaught, page 277
  6. Connaught, page 278
  7. «Soviet Casualties and Combat Losses in the Twentieth Century by G. F. Krivosheev» 

Ver também[editar | editar código-fonte]