Beyond the Sea (The X-Files)

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"Beyond the Sea"
13.º episódio da 1.ª temporada de The X-Files
Beyond the Sea (The X-Files)
Scully na cela de Luther Lee Boggs.
Informação geral
Direção David Nutter
Escritor(es) Glen Morgan
James Wong
Código(s) de produção 1X12
Duração 43 minutos
Transmissão original 7 de janeiro de 1994
Convidados

Brad Dourif como Luther Lee Boggs
Don S. Davis como Capitão William Scully
Sheila Larken como Margaret Scully
Lawrence King como Lucas Henry
Fred Henderson como Agente Thomas
Don Mackay como Joseph Cash
Lisa Vultaggio como Liz Hawley
Chad Willett como Jim Summers
Kathrynn Chissholm como Enfermeira
Randy Lee como Paramédico
Len Rose como Doutor

Cronologia
"Fire"
"Gender Bender"
Lista de episódios

"Beyond the Sea" é o décimo terceiro episódio da primeira temporada da série de ficção científica The X-Files. Ele foi escrito pelos co-produtores executivos Glen Morgan e James Wong, e dirigido por David Nutter. O episódio foi exibido pela primeira vez nos Estados Unidos em 7 de janeiro de 1994 pela Fox. Apesar de ter tido uma audiência muito baixa quando comparado a outros episódios da primeira temporada, "Beyond the Sea" foi bem recebido pela crítica.

A série centra-se nos agentes especiais do FBI Fox Mulder e Dana Scully que trabalham em casos ligados ao paranormal, chamados de Arquivos X. Neste episódio, o pai de Scully morre e se seu ceticismo é colocado a prova por Luther Lee Boggs, um prisioneiro condenado a morte que afirma ter poderes de médium.

Este episódio mostra os protagonistas invertendo pela primeira vez seus papéis de "crente" e "cético", introduzindo um tema de figuras paternas que continuaria pelo restante da série. As análises de "Beyond the Sea" perceberam paralelos e semelhanças entre Scully e a personagem Clarice Starling de The Silence of the Lambs.

Enredo[editar | editar código-fonte]

Dana Scully passa a Véspera de Natal com seus pais, William e Margaret Scully. Depois deles irem embora, ela adormece no sofá. Mais tarde, ela acorda e vê seu pai sentado na frente dela, falando silenciosamente. O telefone toca e ela atende – a chamada é da sua mãe, que diz que William morreu de um infarto. Ela olha a sala, mas a visão do seu pai desapareceu.

Enquanto isso, um jovem casal é sequestrado de seu carro estacionado por um homem vestido de policial. Dias depois, Scully e seu parceiro Fox Mulder discutem o caso. Mulder diz que o caso é semelhante a outro, e há motivos para crer que os dois jovens serão mortos em questão de dias. Ele também conta que Luther Lee Boggs, um assassino que ele ajudou a prender anos antes, afirma ter tido revelações sobrenaturais sobre o sequestro e ofereceu-se para ajudar a polícia em troca da anulação de sua sentença de morte. Mulder dúvida das afirmações de Boggs.

Mais tarde, os agentes visitam Boggs na prisão, onde ele faz uma grande revelação sobre o casal sequestrado baseado em uma "evidência" que é na verdade um rasgo da camiseta de Mulder. Satisfeitos, eles preparam-se para ir embora. Scully olha para Boggs e tem outra visão de seu pai, falando com ela e cantando "Beyond the Sea", a música que estava tocando em seu funeral. Ela não conta isso a Mulder, e os dois discutem a possibilidade de Boggs ter orquestrado o sequestro com um parceiro para escapar da execução. Na esperança de enganar Boggs e fazê-lo contatar seu cúmplice, Mulder manda um jornal falso ser entregue a ele noticiando que o casal foi encontrado. Ele não cai na armadilha, mas dá aos agentes vagas pistas sobre o caso. Scully, através dessas pistas, encontra um armazém onde o casal estava sendo mantido em cativeiro, e mais tarde leva Mulder e outros agentes para um ancoradouro onde o sequestrador está com os dois jovens. A garota é resgatada, mas o sequestrador atira em Mulder e foge com o garoto.

Convencido do envolvimento de Boggs no caso, o diretor da prisão descarta quaisquer tipos de clemência. Boggs conversa com Scully novamente, afirmando poder contatar William. Ele se oferece para lhe passar uma última mensagem dele se ela comparecer a execução. Boggs também lhe dá informações sobre o novo cativeiro do sequestrador, avisando para ela ficar longe do "diabo". Scully leva consigo vários agentes para o lugar, uma cervejaria, conseguindo libertar o garoto. Scully persegue o sequestrador, porém pára quando ele corre por um pórtico na frente do símbolo da cervejaria: um malicioso diabo. O pórtico cede e o sequestrador cai para sua morte.

Boggs é executado, mas Scully não comparece. Ao invés disso, ela visita Mulder no hospital. Ela afirma agora acreditar que Boggs planejou tudo. Mulder pergunta porque ela não quis ter a chance de ouvir seu pai pela última vez através de Boggs. Ela diz que não precisava porque sabia exatamente o que o pai diria.[1]

Produção[editar | editar código-fonte]

Brad Dourif interpretou Luther Lee Boggs.

"Beyond the Sea" foi escrito pelos parceiros e co-produtores executivos Glen Morgan e James Wong; este foi o quarto roteiro deles para a série. O episódio foi dirigido por David Nutter.[1]

Don S. Davis foi escolhido para intrepretar o pai de Dana Scully, um de muitos membro do elenco de Twin Peaks a aparecer em The X-Files.[2] Davis voltaria a interpretar William Scully em "One Breath", da segunda temporada.[3] Sheila Larken, que interpreta Margaret Scully, é a esposa do co-produtor executivo R. W. Goodwin.[1] Larken apareceria em outros quinze episódios. Morgan e Wong lutaram muito para ter o ator Brad Dourif interpretando o papel de Luther Lee Boggs, mesmo apesar dos altos custos de sua contratação. Chris Carter, criador e produtor executivo da série, ligou para Peter Roth, presidente da 20th Century Fox, durante um jantar de Ação de Graças e o convenceu a deixá-los contratar Dourif.[4] O ator recebeu a oferta para aparecer no episódio com apenas quatro dias de preparação. Ele primeiramente recusou a oferta até que os produtores lhe deram uma semana a mais para se preparar.[5] Enquanto entrava no personagem, os exercícios de respiração de Dourif deixavam seu rosto roxo.[5]

"Beyond the Sea" é um dos episódios favoritos de Carter, que o escolhe como o seu favorito da primeira temporada,[4] e da atriz Gillian Anderson.[1] Morgan também afirma que este é um roteiro que ele tem orgulho.[4] Nutter comentou o episódio, "Acho que é o mais bem realizado trabalho de direção de atores que eu já consegui fazer ... acho que este episódio realmente fez a diferença em como o público olha para Scully. Eu acho que trouxe muita dimensão para a personagem, e realmente teve um grande impacto para a pessoa dela".[4]

Referências culturais e continuidade[editar | editar código-fonte]

O título do episódio faz referência a canção de 1959 de Bobby Darin, que é tocada durante o funeral do pai de Scully.[6] Os nomes de Luther Lee Boggs e Lucas Henry são inspirados pelo assassino serial real Henry Lee Lucas.[6] Boggs é mencionado pela personagem Dakota Whitney no filme The X-Files: I Want to Believe.[7] Em uma das cenas do episódio, o boné do Comitê Nacional de Investigações sobre Fenômenos Aéreos pertencente a Max Fenig, do episódio "Fallen Angel", é visto no escritório de Mulder.[8]

Os apelidos que Dana e William Scully dão um pro outro – Ahab e Starbuck – são tirados do romance Moby-Dick, escrito em 1851 por Herman Melville.[9] Outras referências ao romance apareceriam posteriormente em "One Breath", da segunda temporada, e "Quagmire", da terceira.[10]

Temas e análises[editar | editar código-fonte]

Em todos os episódios anteriores, os protagonistas de The X-Files são firmemente estabelecidos nos papéis do crente (Mulder) e da cientista racional/cética (Scully). "Beyond the Sea" é o primeiro episódio em que esses papéis são invertidos.[11] Vulnerável por causa da morte de seu pai, Scully é persuadida pelas habilidades aparentemente sobrenaturais de Boggs.[12] Enquanto isso, Mulder recusa-se a acreditar no assassino, rejeita quaisquer evidências a favor de Boggs e considera apenas explicações racionais. De acordo com Jan Delsara, Scully está inclinada a acreditar em Boggs porque ela se identifica com ele: ambos entendem as pressões das expectativas de família. Scully queria muito deixar seu pai orgulhoso, apesar de não ter cumprido a expectativa dele de se tornar uma médica, e Boggs, ao assassinar toda a sua família, tinha esperanças de matar as expectativas e as opiniões que eles tinham dele.[13] Em contraste, a relação de Mulder com seus pais, baseado no ressentimento por eles não terem conseguido proteger sua irmã (temas desenvolvidos posteriormente na série), o deixa incapaz de acreditar em Boggs.[13] Quando Scully segue seus instintos para resolver o caso, Mulder é baleado por causa de suas dúvidas e ceticismo.[14] De acordo com Joe Bellon, enquanto o episódio progride, até a personalidade de Scully torna-se semelhante a de Mulder e "para todos os propósitos narrativos, ela transformar-se em Mulder por quase todo o episódio".[15] De acordo com Dean A. Kowalski, essa inversão de papéis representa uma "fusão" dos personagens de Mulder e Scully que está presente em toda a série.[16]

A cooptação que Scully faz do papel usual de Mulder demonstra a complexidade da personagem. Apesar de ser muito influenciada pelo seus conhecimentos científicos, ela também tem uma fé religiosa.[17] Paul C. Paterson percebe que apesar de "Beyond the Sea" não ser diretamente sobre religião, ele mostra a primeira de várias visões que Scully tem durante a série; outras visiões aparecem em episódios mais diretamente relacionados sua fé, como "One Breath", "Elegy" e "All Souls".[16][17] Neste episódio, a fé de Scully em seu pai mostra-se mais forte que sua fé no paranormal, com ela recusando-se a ser tentada por Boggs. Ao invés de aceitar a oferta e entrar em contato com o pai, Scully decide visitar Mulder no hospital.[9]

"Beyond the Sea" é o primeiro episódio a explorar um dos temas centrais no desenvolvimento da personagem de Scully: sua atração por, e conflito com, homens autoritários.[18] Durante sua carreira no FBI, ela tem vários conflitos com figuras paternas.[19] Em "Never Again", da quarta temporada, ela expressa sua fascinação com figuras paternas. O tema é apresentado com sua culpa e necessidade de aprovação após a morte do pai, mais tarde continuando em episódios como "Irresistible", "Small Potatoes", "Bad Blood" e "Milagro".[18]

O tema de figuras paternas é explorado durante todo The X-Files, tanto em relação a Scully quando a Mulder.[9] Além de seus próprios pais, vários outros personagens fazem o papel da figura paternal em episódios posteriores, como Garganta Profunda, o Homem Fumante e o Senador Matheson.[20] Os dois protagonistas tem grandes problemas familiares e este episódio é o começo da exploração desse arco de história.[13] Um dos temas mais usados no programa é o do espelhamento, clonagem e da duplicação.[20] A relação de Scully com seu pai, abordada pela primeira vez em "Beyond the Sea", é espelhada pela de Mulder com seu próprio pai – também chamado de William – que morre no final da segunda temporada.[9][20]

Comparações foram feitas entre Scully e a personagem Clarice Starling de The Silence of the Lambs.[21] David Lavery, Angela Hague e Marla Cartwright percebem similaridades em suas aparências físicas.[22] Particularmente em "Beyond the Sea", paralelos podem ser traçados. Como Starling, Scully tem uma conexão emocional com – e a necessidade de provar-se para – seu pai.[22] Depois da morte de William Scully, sua filha fica muito preocupada se ele era ou não orgulhoso dela. Apesar de Scully parecer ter chegado a uma conclusão sobre a opinião de seu pai ao final do episódio, essa preocupação reaparece mais tarde na série quando ela teme que seu pai ficaria envergonhado de suas ações ("Anasazi"). A conexão com Starling é reforçada quando Scully conhece Luther Lee Boggs, um assassino aparentemente útil, refletindo a relação de Starling com Hannibal Lecter.[21]

Repercussão[editar | editar código-fonte]

"Beyond the Sea" estreou nos Estados Unidos em 7 de janeiro de 1994 na Fox. Em sua primeira exibição, de acordo com o índice Nielsen, ele foi assistido por 6.2 milhões de domicílios e 10.8 milhões de telespectadores.[23][24] Ele teve 6.6 pontos de audiência e uma participação de 11 pontos, significando que aproximadamente 6.6% de todos os domicílios com televisores e 11% de todos os domicílios com televisores ligados estavam assistindo a este episódio.[23]

O autor Phil Farrand elegeu "Beyond the Sea" como seu sexto episódio favorito das primeiras quatro temporadas da série no livro The Nitpicker's Guide for X-Philes.[25] O The Vancouver Sun listou este episódio como uma das melhores histórias independentes do programa, afirmando que a interpretação de Brad Dourif era "incrivelmente arrepiante". A publicação percebeu que o episódio foi o primeiro a focar-se na personagem de Gillian Anderson, mostrando suas vulnerabilidades.[26] Connie Ogle da PopMatters colocou "Beyond the Sea" entre seus melhores episódios "monstro da semana". Ogle achou que Boggs era um dos melhores personagens que já apareceram na série, dizendo "Passar um minuto na presença assustadora de Boggs faz uma abdução alienígena parecer uma bensão".[27] A IGN escolheu este episódio como seu segundo favorito das histórias independentes, percebendo como ele "inverte" a dinâmica estabelecida entre Mulder e Scully.[28] Na The Greenwood Encyclopedia of Science Fiction and Fantasy, Gary Westfahl descreve "Beyond the Sea" como um dos episódios independentes mais "conceituados" do programa.[29]

Em uma retrospectiva da primeira temporada, a Entertainment Weekly deu a "Beyond the Sea" uma nota A+, dizendo que ele "humaniza" Scully e elogiando a interpretação de Dourif.[30] Zack Handlen da The A.V. Club avaliou o episódio com uma nota B+, elogiando Dourif mas perguntando-se sobre as intenções de Boggs. Apesar de ter gostado do fato de Scully ser o centro deste episódio e ter elogiado a interpretação de Anderson, ele achou que a sua "principal falha" era o modo como lidava com a crise moral da personagem, opinando que Scully pareceu muito fraca.[31]

Referências

  1. a b c d Lowry 1995, pp. 130-131
  2. Lavery, Hague & Cartwright 1996, p. 32
  3. Lavery, Hague & Cartwright 1996, p. 186
  4. a b c d Edwards 1996, pp. 59-60
  5. a b The X-Files – The Complete First Season, "Chris Carter talks about 12 episodes: 'Beyond the Sea'" [DVD]. 20th Century Fox Home Entertainment, 2000.
  6. a b Lovece 1996, p. 78
  7. Carter, Chris (diretor). The X-Files: I Want to Believe. Estados Unidos: 20th Century Fox, 2008.
  8. Cornell, Day & Topping 1997, p. 60
  9. a b c d Lavery, Hague & Cartwright 1996, pp. 181-182
  10. Delsara 2000, p. 46
  11. Jagodzinski, Jan; Hipfl, Brigitte (maio de 2001). «Youth Fantasies: Reading 'The X-Files' Psychoanalytically». University of Toronto Press. Studies in Media & Information Literacy Education. 1 (2): 1–14. doi:10.3138/sim.1.2.002 
  12. Kowalski 2007, p. 132
  13. a b c Delsera 2000, p. 118-119
  14. Lavery 1996, p. 72
  15. Bellon, Joe (1999). «The Strange Discourse of 'The X-Files': What it is, What it Does, and What is at Stake». Critical Studies in Media Communication. 16 (2). 151 páginas. doi:10.1080/15295039909367083 
  16. a b Kowalski 2007, p. 130
  17. a b Paterson, Paul C. (13 de novembro de 2009). «Religion in 'The X-Files'». Journal of Media and Religion. 1 (3). 184 páginas. doi:10.1207/S15328415JMR0103_4 
  18. a b Helford 2000, p. 71
  19. Kellner 2003, p. 148
  20. a b c Delsara 2000, p. 10
  21. a b Mizejewski 2004, p. 101
  22. a b Lavery, Hague & Cartwright 1996, pp. 102-103
  23. a b Lowry 1995, p. 248
  24. «Nielsen Ratings». USA Today: D3. 12 de janeiro de 1994 
  25. Farrand 1998, p. 223
  26. «A look back on some of the best stand-alone episodes from the X-Files series». The Vancouver Sun. 25 de julho de 2008. Consultado em 25 de janeiro de 2013 
  27. Ogle, Connie (28 de julho de 2008). «The X-Factor: A look back at 'The X-Files' greatest monsters». PopMatters. Consultado em 25 de janeiro de 2013 
  28. Collura, Scott; Fickett, Travis; Goldman, Eric; Seghers, Christine (12 de maio de 2008). «IGN's 10 Favorite X-Files Standalone Episodes». IGN. Consultado em 25 de janeiro de 2013 
  29. Westfahl 2005, p. 1254
  30. «X Cyclopedia: The Ultimate Episode Guide, Season I». Entertainment Weekly. 29 de novembro de 1996. Consultado em 25 de janeiro de 2013 
  31. Handlen, Zack (18 de julho de 2008). «"Beyond The Sea"/"Gender Bender"/"Lazurus"». The A.V. Club. Consultado em 25 de janeiro de 2013 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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  • Delsara, Jan (2000). PopLit, PopCult and The X-Files: A Critical Exploration. [S.l.]: McFarland. ISBN 0-7864-0789-1 
  • Edwards, Ted (1996). X-Files Confidential. [S.l.]: Little, Brown and Company. ISBN 0-316-21808-1 
  • Farrand, Phil (1998). The Nitpickers Guide to the X-Files. [S.l.]: Doubleday Direct. ISBN 1-56865-503-7 
  • Helford, Elyce Rae (ed.) (2000). «Scully Hits the Glass Ceiling: Postmodernism, Postfeminism, Posthumanism and The X-Files». Fantasy Girls: Gender in the New Universe of Science Fiction and Fantasy Television. Lanham: Rowman & Littlefield. ISBN 978-0-8476-9834-9 
  • Kellner, Douglas (2003). Media Spectacle. [S.l.]: Routledge. ISBN 0-415-26828-1 
  • Kowalksi, Dean A. (2007). The Philosophy of The X-Files. [S.l.]: University Press of Kentucky. ISBN 0-8131-2454-9 
  • Lavery, David; Hague, Angela; Cartwright, Marla (eds.) (1996). Deny All Knowledge: Reading The X-Files. [S.l.]: Syracuse University Press. ISBN 0-8156-0407-6 
  • Lovece, Frank (1996). The X-Files Declassified. [S.l.]: Citadel Press. ISBN 0-8065-1745-X 
  • Lowry, Brian (1995). The Truth is Out There: The Official Guide to the X-Files. [S.l.]: Harper Prism. ISBN 0-06-105330-9 
  • Mizejewski, Linda (2004). Hardboiled & High Heeled: The Woman Detective in Popular Culture. [S.l.]: Routledge. ISBN 0-415-96971-9 
  • Westfahl, Gary (2005). The Greenwood Encyclopedia of Science Fiction and Fantasy. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. ISBN 0-313-32953-2 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]