Nomonyx dominicus
| Nomonyx dominicus | |
|---|---|
| Macho | |
| Classificação científica | |
| Reino: | Animalia |
| Filo: | Chordata |
| Classe: | Aves |
| Ordem: | Anseriformes |
| Família: | Anatidae |
| Gênero: | Nomonyx Ridgway, 1880 |
| Espécies: | N. dominicus
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| Nome binomial | |
| Nomonyx dominicus (Linnaeus, 1766)
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| Sinónimos | |
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A marreca-caucau[2][3] (Nomonyx dominicus, sin. Nomonyx dominia, Oxyura dominica, Oxyura dominicus), também conhecido como marreca-de-bico-roxo, marreca-rã, marreca-tururu, marrequinha ou marreco cã-cã entre outros, é uma marreca que ocorre do Texas até a Argentina e em grande parte do Brasil, podendo chegar a medir até 37 cm de comprimento. Os machos da espécie possuem a cabeça e o pescoço castanhos, uma máscara negra e o bico azul berrante. As fêmeas, por sua vez, são pardacentas com píleo negro e possuem duas faixas negras próximo aos olhos e bico anegrado. A taxonomia de Sibley-Ahlquist integrou a espécie ao gênero Oxyura.
Principalmente não migratórias, as marrecas-caucau são vagantes muito incomuns no extremo sul dos Estados Unidos, ao longo da fronteira mexicana e na Flórida. Em 2000, a população da espécie no Texas era de 3.800 pássaros.[4] Em 1 de abril de 1962, foi gravada no Condado de Lowndes, Geórgia, onde foi fotografada por Alexander Wetmore.[5]
Sendo a única membra do gênero Nomonyx, a marreca-caucau está entre a bastante primitiva marreca-de-cabeça-preta (Heteronetta) e os verdadeiros patos de cauda rígida apomórficos. É às vezes incluída com esta última no gênero Oxyura, mas aparentemente são agora as descendentes de um elo perdido na evolução de Oxyurini, tendo mudado muito pouco em milhões de anos.[6][7]
Essas marrecas alimentam-se mergulhando e principalmente de sementes, raízes e folhas de plantas aquáticas, além de insetos aquáticos e crustáceos. Reproduzem-se em qualquer corpo de água doce com vegetação de brejo e cercada por uma densa cobertura de árvores, ocorrendo também em mangues. Costumam ser muito reservadas, mas não são raras e nem consideradas ameaçadas pela IUCN.[1]
Referências
- ↑ a b BirdLife International (2021). «Nomonyx dominicus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2021: e.T22679789A137758280. Consultado em 7 de março de 2023
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
- ↑ José Fernando Pacheco; Luís Fábio Silveira; Alexandre Aleixo; et al. (26 de julho de 2021), Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos – segunda edição, doi:10.5281/ZENODO.5138368, Wikidata Q108322590
- ↑ Jack Eitniear (2000). «Masked duck». The Texas Breeding Bird Atlas. Consultado em 28 de março de 2015
- ↑ «Masked Duck, Nomonyx dominicus». River Basin Center/University of Georgia. Consultado em 28 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
- ↑ Livezey, Bradley C. (1986). «A phylogenetic analysis of recent anseriform genera using morphological characters» (PDF). The Auk. 103 (4): 737–754. doi:10.1093/auk/103.4.737
- ↑ McCracken, Kevin G.; Harshman, John; McClellan, David A.; Afton, Alan D. (1999). «Data set incongruence and correlated character evolution: An example of functional convergence in the hind-limbs of stifftail diving ducks» (PDF). Systematic Biology. 48 (4): 683–714. PMID 12066296. doi:10.1080/106351599259979. Arquivado do original (PDF) em 14 de junho de 2011
Leitura adicional
[editar | editar código]- del Hoyo, Josep; Elliott, Andrew & Sargatal, Jordi (eds.) (1992): Handbook of Birds of the World (Volume 1: Ostrich to Ducks). Lynx Edicions, Barcelona. ISBN 84-87334-10-5
- National Geographic Society (2002): Field Guide to the Birds of North America. National Geographic, Washington DC. ISBN 0-7922-6877-6
- Sibley, David Allen (2000): The Sibley Guide to Birds. Alfred A. Knopf, New York. ISBN 0-679-45122-6