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Biguá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Biguá (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaBiguá
Biguá secando as asas ao sol no Horto Florestal de São Paulo, no Brasil
Biguá secando as asas ao sol no Horto Florestal de São Paulo, no Brasil
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Suliformes[2]
Pelecaniformes
Família: Phalacrocoracidae
Género: Nannopterum
Espécie: N. brasilianum
Nome binomial
Nannopterum brasilianum
Gmelin, 1789
Distribuição geográfica

Sinónimos
Phalacrocorax olivaceus (Humboldt, 1805)

Phalacrocorax pampeanus Moreno & Mercerat, 1891
Phalacrocorax vigua
Phalacrocorax brasilianus

O biguá (Nannopterum brasilianum), também chamado corvo-marinho, cormorão, pata-d'água,[3] biguá-preto[4], biguaúna, imbiuá, mergulhão e miuá, é uma ave aquática da família Phalacrocoracidae de coloração majoritariamente preta com o dorso cinza. Ocorre em boa parte da região que vai do México à América do Sul, medindo cerca de 75 cm de comprimento e com coloração negra, saco gular amarelo e tarsos negros.

Etimologia

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"Biguá", "imbiuá" e "miuá" vêm do tupi miguá, ou mbiguá.[5] "Biguaúna" veio do termo tupi para "biguá preto" (mbiguá + una).[6] "Corvo" vem do latim corvum.[7]

O nome "biguá" foi selecionado como nome vernáculo técnico para a espécie pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos.[8]

Descrição

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O biguá carece da glândula uropigial, que libera substâncias que deixam as penas impermeáveis à água. A ausência da glândula proporciona uma vantagem ao biguá em relação aos outros pássaros, pois, na hora da caça, suas penas se molham, se tornam mais pesadas e retêm menos ar, fazendo com que ele mergulhe mais rapidamente.[9] Para secar as asas, costuma mantê-las estendidas ao sol.[10]

Subespécies

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Biguá (N. b. brasilianus) comendo um peixe no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

São reconhecidas duas subespécies:

  • Nannopterum brasilianus brasilianus (Gmelin, 1789) - ocorre desde a Costa Rica até a Terra do Fogo;
  • Nannopterum brasilianus mexicanus (Brandt, 1837) - ocorre desde os Estados Unidos até a Nicarágua, Bahamas, Cuba e na Ilha dos Pinheiros ou Ilha da Juventude.

Ver também

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Referências

  1. BirdLife International. (2018). «Nannopterum brasilianus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2018: e.T22696773A133550739. doi:10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22696773A133550739.enAcessível livremente. Consultado em 24 Março 2022 
  2. «Hamerkop, Shoebill, pelicans, boobies & cormorants». IOC World Bird List (v 6.4) (em inglês). Consultado em 23 de dezembro de 2016 
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.257
  4. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  5. Navarro, Eduardo de Almeida (2013). Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. ISBN 978-85-260-1933-1  Informe a(s) página(s) que sustenta(m) a informação (ajuda)
  6. http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
  7. Michaelis Online
  8. José Fernando Pacheco; Luís Fábio Silveira; Alexandre Aleixo; et al. (26 de julho de 2021), Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos – segunda edição, doi:10.5281/ZENODO.5138368, Wikidata Q108322590 
  9. http://www.paquetaense.com.br/grafite.html
  10. Universidade Estadual Paulista (Unesp) (outubro de 2011). «Guia de Aves» (PDF). Consultado em 30 de junho de 2014 

Ligações externas

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