Bom Jardim (Rio de Janeiro)

![]() | As referências deste artigo necessitam de formatação. (Junho de 2022) |
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
![]() | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Gentílico | bom-jardinense[1] | ||
Localização | |||
![]() | |||
Localização de Bom Jardim no Brasil | |||
Mapa de Bom Jardim | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio de Janeiro | ||
Municípios limítrofes | Cordeiro, Duas Barras, Nova Friburgo e Trajano de Moraes | ||
Distância até a capital | 160 km | ||
História | |||
Fundação | 5 de março de 1893 (130 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Paulo Vieira de Barros (PL, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 382,430 km² | ||
População total ([1]) | 27 779 hab. | ||
Densidade | 72,6 hab./km² | ||
Clima | Tropical de Altitude | ||
Altitude | 574 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 28660-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[2]) | 0,733 — alto | ||
• Posição | 70º | ||
PIB (IBGE/2008[3]) | R$ 271 924,653 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[3]) | R$ 10 376,03 | ||
Sítio | bomjardim.rj.gov.br (Prefeitura) camarabomjardim.rj.gov.br (Câmara) |
Bom Jardim é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. A população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021 era de 27 779 habitantes.[1]
Localizado na região serrana do estado, a uma altitude de 574 metros, e distando cerca de vinte quilômetros do município de Nova Friburgo, apresenta temperaturas médias 10 °C no inverno e 27 °C no verão. É uma das onze cidades que integram a Região Imediata de Nova Friburgo, que por sua vez é uma das três regiões que integram a Região Intermediária de Petrópolis, composta por dezenove cidades.
Os distritos da cidade, são a sede Bom Jardim, São José do Ribeirão (2º distrito), Banquete (3º distrito) e Barra Alegre (4º distrito) .
História[editar | editar código-fonte]
Os municípios da região tiveram a colonização influenciada por descendentes de alemães (Brust, Emerich, Erthal, Heckert, Hoelz, Klein, Miller, Schott, Werneck), suíços ( Berçot, Bohrer, Ballonecker, Engert, Marchon, Marfurt, Monnerat, Zebendo (Zbinden), Truninger), italianos, (Lattanzi, Capozzi, Zappaterra, Spisani, Moretti, Cariello, Guzzo, Pecci), franceses (Bittencourt, Thomaz [Thomas]), portugueses (Ornellas, Teixeira, Abreu, Corrêa, Rocha, Silveira, Dias), libaneses (Mandur, Tuffi, Abdalla) e afro-brasileiros (Tito) e sempre teve uma ligação muito forte a Nova Friburgo tendo em vista que 80% de seu território pertencia a Nova Friburgo, São José, Barra Alegre, Banquete e consequentemente as famílias originárias citadas.
Há notícias de que nas terras onde se localiza o município, no reverso da Serra Órgãos, habitavam os índios Puris, hoje extintos (LAMEGO, Antônio Ribeiro. O Homem e a Serra. IBGE, 1945). A região compunha, no século XVIII, um complexo conhecido como “sertões proibidos”, isto é, caminhos nos quais era proibido transitar. A proibição tinha a intenção de impedir o contrabando de ouro. Assim, foram mandadas fechar trilhas e lavras não oficiais, que incluíram as trilhas que levavam a Cantagalo, ao qual pertencia a região onde hoje se localiza a cidade de Bom Jardim (1º Distrito do Município).
O município tem, assim, sua origem ligada ao caminho dos tropeiros que se dirigiam às minas da região de Cantagalo. Por ser uma região localizada num belo vale de muitas formações rochosas, há notícias de que teria sido utilizada tanto para pouso de tropas quanto para refúgio seguro de bandos de salteadores e traficantes de ouro.
De fato, pertence ao município de Bom Jardim a região ainda hoje conhecida como “Furnas do Mão-de-Luva”, famoso contrabandista de ouro que teria lavrado nos rios da região e, diz a lenda, escondido nas ditas furnas parte do ouro ilegal.

O primeiro núcleo populacional estável da região surgiu onde hoje se localiza o distrito de São José. Em 13 de outubro de 1857 foi autorizada a construção de uma igreja, o que marcava a existência de uma freguesia – divisão administrativa da época – então ligada ao município de Nova Friburgo.
Porém, a freguesia de São José de Nova Friburgo – como surgiu registrada – perdeu sua preponderância na região por um curioso fato. Os poderosos fazendeiros locais, por temerem que as faíscas das locomotivas queimassem suas ricas plantações, impediram que os trilhos da estrada de ferro passassem por lá, tendo sido deslocados e construídos onde hoje se localiza o centro da Cidade de Bom Jardim, ainda estando de pé o antigo prédio da estação de trens.
Em 1887 foi criado o Distrito de Paz de Bom Jardim, ligado à freguesia do Santíssimo Sacramento de Cantagalo. Assim, São José seguiu pertencendo a Nova Friburgo e Bom Jardim a Cantagalo.
Com a proclamação da República em 1889 e as disputas políticas que se seguiram, muitas mudanças surgiram.
Em 1891, com a criação do município de Cordeiro, Bom Jardim passou a ser um de seus distritos. Porém, a situação durou pouco tempo, pois já em maio de 1892 uma nova reforma administrativa extinguiu o município de Cordeiro e devolveu as terras de Bom Jardim para Cantagalo e também devolveu São José do Ribeirão – que havia se tornado município – para Nova Friburgo.
Era um período de grande instabilidade político-administrativa. Assim foi que já em dezembro de 1892, pela Lei nº 37 de 17 de dezembro de 1892, a situação novamente mudou: voltou a existir o município de São José do Ribeirão. O distrito de Bom Jardim deixou de pertencer a Cantagalo e passou a pertencer ao município de São José do Ribeirão que, no entanto mudou de nome e de sede, passando a denominar-se Bom Jardim e a ter sede no antigo Distrito de Paz, onde até hoje se acha localizada a cidade (Ver Sinopse Estatística do Município de Vergel (ex-Bom Jardim). IBGE, 1948, disponível em http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/sinopse1948/RJ_Vergel.pdf)
Solução complicada para apaziguar os exaltados ânimos políticos da região.
A 5 de março de 1893, dando cumprimento a Lei que o criara, foi estabelecido oficialmente o Município de Bom Jardim.
No dia 31 de dezembro de 1943, por lei Estadual nº 1.056 o município passou a chamar-se Vergel, denominação que perdurou até 20 de junho de 1947, quando uma nova lei Estadual devolveu ao município seu antigo nome de Bom Jardim que continua até hoje.
Símbolos[editar | editar código-fonte]
Júlio Mário Salusse nasceu onde hoje se localiza o município de Bom Jardim, em 30 de março de 1872 e faleceu em 1948. Herdou uma considerável fortuna, estudou Direito em São Paulo e se deu ao luxo de passar muito tempo em Paris, metido em muitas festas. Alegre e fanfarrão, acabou por esgotar sua herança.
Salusse é citado como o “poeta de Bom Jardim” e sua vida é envolta em lendas. A maior parte de sua obra está desaparecida.
No brasão e na bandeira do município aparecem dois cisnes entremeados por um N (uma referência a França de Napoleão Bonaparte, origem de parte da família de Salusse) numa clara homenagem ao poeta que ganhou fama por seu poema os Cisnes.
O brasão do município possui a seguinte interpretação:
O escudo português lembra a origem lusitana da pátria brasileira. A serraria, a região montanhosa onde está localizado o município. A locomotiva a vapor, meio de transporte que, durante mais de 50 anos, trouxe o progresso à região. O N napoleônico é uma referência ao avó de Júlio Salusse, Guillaume Marius Salusse, natural da França, que aos 17 anos servira às ordens de Napoleão na batalha de Trafalgar, tendo sido agraciado com medalha de ouro como herói. Os cisnes, a presença poética de Júlio Salusse, nascido em Bom Jardim, na Fazenda Gongui, no dia 30 de março de 1872, autor do magnífico soneto “Cisnes”, cujo último autógrafo vem publicado no livro “Júlio Salusse, o último patriarca”, do escritor Nilo Bruzzi. A cabeça bovina representa a excelente região pecuarista. O café e o milho falam das riquezas naturais do passado e do presente. A flor–de–lis, em toda a sua beleza heráldica, exalta Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Município. As datas: 1893 – fundação do município; e 1929 – elevação da sede do município à categoria de cidade.
Geografia[editar | editar código-fonte]
Hidrografia[editar | editar código-fonte]
Há dois rios principais que cruzam a cidade:
Rio Grande
O Rio Grande, nasce na serra de São Lourenço no município de Nova Friburgo, atravessa o município de Bom Jardim desde o local denominado Barra do Bengalas, divisa com o município de Nova Friburgo, até a Fazenda Santa Rosa do Rio Grande, nas divisas do município de Cordeiro (margem esquerda) e Trajano de Morais (margem direita). Em todo seu percurso ele é margeado por arbustos e gramíneas. Suas águas poluídas, muito turvas e de baixa temperatura. Durante seu percurso recebe rios menores e córregos, que, então, formam quedas d'água e piscinas naturais. O rio atravessa o município em extensão calculada em 35 km. Não é navegável devido ao grande acúmulo de rochas em seu leito. Deságua no Rio Paraíba do Sul, na altura do município de São Fidélis.
Ribeirão de São José
O Ribeirão de São José nasce na serra do Curuzú em Varginha no município de Nova Friburgo e entra no Município de Bom Jardim banhando o Distrito de São José do Ribeirão. Recebe as águas do Ribeirão do Capitão e do Córrego do Curuzú. Depois de um percurso, no município, de 25 km, deságua no rio Grande pouco adiante das Furnas Mão de Luva. Em todo o seu percurso ele é circundado por arbusto e gramíneas. Suas águas são poluídas, muito turvas e de baixa temperatura. Neste rio podemos destacar a Cachoeira Pedregulho que está situada à margem direita do Rio São José, distando 2 km do centro de São José do Ribeirão.
Economia[editar | editar código-fonte]
As principais atividades estão voltadas para Agricultura, Pecuária, Confecções e Produção de Flores de Corte.
A Região tem forte tradição agrícola e é um dos maiores produtores de café da região, forte fornecedor de hortaliças, e de legumes, com a ênfase no inhame, amplamente produzido no distrito de Barra Alegre. Na década de 1980 já fora classificado como maior produtor mundial de inhame (por hectare quadrado).
É influenciado pelo forte pólo industrial de lingerie da região de Nova Friburgo. É comum haver produção de insumos para aquela indústria, e também muitas fábricas no município que prestam serviço terceirizado para as fábricas maiores das cidade vizinhas.

Há cerca de oito anos há um projeto de instalação de grandes indústrias na cidade, principalmente no 4º distrito, de Barra Alegre. Já há um campo de capacidade de cerca de oito grandes fábricas, e política de incentivos fiscais para as fábricas lá se instalarem e urbanizarem a região. Há hoje nesse campo 4 fábricas, do setor de bebidas e produtos plásticos, além de fábricas menores em toda a cidade, principalmente do ramo têxtil e alimentício.
Do ponto de vista econômico, a região serrana representa um mercado consumidor fixo de 300.000 habitantes, podendo triplicar nos períodos das grandes festas nacionais, como Natal, Ano Novo, Carnaval, Semana Santa, etc.[carece de fontes]
Infra-estrutura[editar | editar código-fonte]
Bom Jardim conta com uma boa estrutura, atendendo a população e aos visitantes. No centro da cidade há supermercados, restaurantes, quiosques e quadras esportivas.
Há hotéis e pousadas, que acolhem os visitantes, além de pousadas na zona rural, nos outros distritos.
Há no centro, o Hospital Municipal Doutor Celso Erthal, (antiga Santa Casa de Bom Jardim), Postos de Saúde e Núcleos de atendimento de saúde comunitário espalhados por toda a cidade, que atendem a população.
Há ainda uma Delegacia de Polícia Civil, vários postos da Polícia Militar, inclusive nos distritos (providos pelo 11º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, de Nova Friburgo), e um grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Transportes[editar | editar código-fonte]
Por ter uma vocação rural, muitas das estradas vicinais dos distritos não são asfaltadas. Mesmo assim, os centros urbanos dos distritos são ligados por estradas de rodagem, e as principais ruas são com asfalto graças ao programa "Asfalto na Porta" do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
O acesso ao município é feito principalmente pela RJ-116, passando por Nova Friburgo, cidade mais próxima.
Outras vias de acesso são a RJ-144 (Bom Jardim - Carmo), a RJ-146 (Bom Jardim - Trajano de Moraes), a RJ-150 (São José do Ribeirão - Amparo (distrito de Nova Friburgo)) e outras estradas de acesso a Riograndina, Macaé, Drº. Elias (Distrito de Trajano de Moraes), Monnerat (Distrito de Duas Barras) e Cordeiro.
Até os anos 1960, o município era cortado por uma importante ferrovia, a Linha do Cantagalo da Estrada de Ferro Leopoldina, que escoava toda a produção de café das fazendas da região além do transporte de passageiros, ligando a cidade aos municípios de Itaboraí e Itaocara, passando por cidades vizinhas como Nova Friburgo, Duas Barras (pelo distrito de Monnerat) e Cantagalo.
Os trens de passageiros circularam pela última vez na cidade em 1964. No ano seguinte, circularam os últimos trens de carga, culminando na desativação da linha férrea. Em 1967, os trilhos foram retirados da cidade. Sua antiga estação ferroviária atualmente abriga o terminal rodoviário intermunicipal da cidade além de um cartório local.[5]
Educação[editar | editar código-fonte]
Entre as escolas, pode-se destacar no centro urbano a Escola Municipal Armando Jorge Pereira de Lemos, A Escola Municipal Governador Moreira Franco, o Colégio Estadual Ramiro Braga, o CIEP 322 - Mozart Cunha Guimarães, o Colégio Santo Agostinho, a Creche Escola Universidade da Criança, a Cooperativa Educacional Espaço Integrado de Educação e Cultura de Bom Jardim - EIDUC, e cerca de mais 30 escolas, entre municipais e estaduais, na zona rural.
Apesar de não haver instituição de Ensino Superior na cidade, existem a alguns anos políticas por parte da municipalidade de acessibilidade e elas, como fretamento de ônibus e cursos telepresenciais. As cidades vizinhas, como Nova Friburgo e Cantagalo; cidades da Região dos Lagos, como Rio das Ostras; e do centro metropolitano fluminense, como Duque de Caxias, Rio de Janeiro e Niterói são os principais destinos dos estudantes de Bom Jardim que buscam o Ensino Superior.
Segurança e criminalidade[editar | editar código-fonte]
Segundo o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros de 2008, estudo publicado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA), e com o aval dos Ministérios da Saúde e da Justiça, a taxa de homicídios da população geral em 2006 foi de 895 casos para cada 100 mil habitantes, atingindo a média de 18,9 no período de 2002 a 2006.[6]

Turismo[editar | editar código-fonte]
Bom Jardim, assim como toda a região serrana do estado do Rio de Janeiro, é cercada de muitas áreas verdes e altas montanhas.
Em Bom Jardim se localizam várias formações rochosas de grande beleza, como a Pedra Aguda, no distrito de Barra Alegre, com cerca de 1.200 metros de altitude, muito procurada por praticantes de rappel, escalada, trekking e caminhadas. Há a Pedra da Amizade, no distrito de São José do Ribeirão, e que juntamente com a Pedra do Suzana, no bairro Bem-te-vi, no distrito sede, são procurados por praticantes de parapentismo e paraquedismo.
Outro lugar de imponente beleza é a região das Grutas de Mão de Luva. Estão situadas às margens do Rio São José, nas proximidades da confluência deste com o Rio Grande. Tem quatro amplas galerias, entre rochas extensas e com pouca visibilidade interior, correndo a lenda que o Mão de Luva refugiou-se ali nos fins do século XVIII. Foram achados nas furnas ossadas e hieróglifos. A paisagem em torno é formada por mata fechada, com presença também de musgos e gramíneas. Reza a lenda que nenhuma luz, seja a fogo ou lanternas, consegue permanecer acesa dentro das galerias.
Há ainda várias cachoeiras, como a Cachoeira Banquete que apresenta altura aproximada de 15 m com saltos. Suas águas são claras, transparentes e de temperatura baixa. Oferece excelentes possibilidades de banho tanto na ducha quanto na piscina natural formada por suas águas. A paisagem circundante é composta por mata fechada destacando-se as imbaúbas, samambaias e lírios do brejo.
A Cachoeira Maravilha apresenta altura aproximada de 6m com 3 saltos. Suas águas são claras, transparentes e de temperatura baixa. Oferece boas possibilidades de banho, devido a ducha e piscina naturais formadas por suas águas. A paisagem circundante é composta por mata fechada, e pela antiga Estação de Luz, prédio histórico, de uma usina elétrica desativada.
A Cachoeira Pedregulho está situada no Rio São José e acionava uma turbina, cuja força era aproveitada para beneficiar cafés e moinhos. Apresenta altura aproximada de 10 m com 3 saltos. Suas águas são claras, transparentes e de temperatura baixa. Oferece boas possibilidades de banhos devido a ducha e piscinas naturais formadas por suas águas. A paisagem circundante é composta pela vegetação de arbustos, gramíneas, e árvores de médio porte.
Tem ainda o Alto do Tardin, atrativo com 1.250m de altitude, que é o ponto mais alto do município. A vegetação em torno da trilha de acesso ao pico é composta de árvores de médio e pequeno porte. Do pico tem-se uma ampla vista do distrito de Barra Alegre. O atrativo oferece a prática de trekking e rappel.
Há o prédio do Cinema Edmo Erthal, inaugurado em 1954. É tombado pelo Patrimônio Histórico, e já serviu por diversas vezes como sede da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, quando de suas reformas. Tem capacidade para cerca de 800 pessoas, e está desativado a alguns anos. Atualmente passa por reformas, para o uso público.
Há o Horto Municipal, que situa-se no bairro Campo Belo, nos entornos do centro. Sua inauguração data de 31 de outubro de 1941. O horto possui variedades de árvores, arbustos e flores, destacando-se os eucaliptos, acácias, flamboyants, arbustos trepadores, laranjeiras, jaboticabeiras, mamoeiros, romãzeira, e etc, como possibilidade de ver animais soltos, como macacos e mico-leões. O horto possui banheiros, churrasqueiras, playground, bancos e mesas.
Há a Casa da Cultura Mário Machado Nicoliello, no centro. Ela funciona como sede da Secretaria de Educação e Cultura e favorece o acesso e a permanência dos alunos de 1º grau da rede Municipal nas escolas. A Casa de Cultura também funciona como sede da Biblioteca Pública Municipal João XXIII possuindo cerca de 4.000 volumes, dentre livros didáticos, romances, história, dicionários, jornais e revistas, além de um razoável arquivo da história da cidade, com até jornais datando do século XIX. Possui ainda um auditório com capacidade para cerca de 100 pessoas, onde há apresentações teatrais, exposições de arte e reuniões da comunidade. Há ainda salas para cursos profissionalizantes.
E há também o Parque Municipal Luiz Corrêa da Rocha Sobrinho, um local com vegetação típica preservada, jardins, playground, mesas, bancos, bicicletários, auditório ao ar livre. Funcionava aqui o zôo municipal, único na porção norte do estado que foi desativado após a tragédia climática de 2011.
Cultura[editar | editar código-fonte]
Folclore[editar | editar código-fonte]
A principal manifestação folclórica da região são as Folias de Reis. A cidade abriga ainda uma rica resistência cultural trazida pelos portugueses e mantida por uma longa tradição. É belíssimo se poder ouvir ainda hoje a batida cadenciada dos tambores e as cantorias deste espetáculo de ricas origens medievais. Os grandes encontros ocorrem na primeira semana da janeiro e vem se repetindo e resistindo a cada ano.
Festividades[editar | editar código-fonte]
O Carnaval vem se firmando a cada ano como uma das melhores opções do antigo e tradicional carnaval de rua. Com blocos como: Bloco Empurra que Pega, Bloco da Cachaça, Jeguinho Elétrico, e o Jegue Elétrico com o concurso da Jegueleza (a musa do Carnaval), entre outros. Há também blocos de enredo, como Bloco Bafo de Bode e Bloco do Velozo - este último ocorre na segunda-feira de Carnaval, o dia em que há a maio concentração de folões nas ruas, tanto locais quanto visitantes - a cidade pacata se enche de foliões e de blocos que surgem das situações e lugares mais inesperados. Além dos blocos organizados, embalados por trios elétricos.
A cada ano agitando mais e mais a cidade; em 2012 não deixaria de ser diferente, tendas e palcos foram montados para shows e músicas com DJ's.
Em maio é festa no segundo distrito, pela comemoração do Padroeiro São José Operário. Seguem cerca de 7 dias de festividades, com campeonatos de futebol amador, motocross e shows.
Em junho, já a alguns anos há o Ecomoto, um encontro de motoqueiros e ecologistas, que traz muitos turistas para a região. Promove vários shows por cerca de 5 dias, principalmente rock.
No 2º domingo de julho, comemora-se São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, já é tradicional a festa promovida pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no distrito sede, com 3 dias de festa, shows, bênção de automóveis e carreata
No mês de setembro, a SEMPRE - Produtora Cultural realiza em parceria com a Prefeitura, Secretarias de Turismo, Esporte, Cultura e Lazer e de Agricultura e Desenvolvimento a Festa da Flor & Café de Bom Jardim/RJ. Para celebrar a chegada da primavera, o município localizado na Região Serrana do Estado, realiza no último fim de semana de setembro o evento que este ano contou com o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, através da Ceasa-RJ. O secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto, participou da abertura do festival, onde afirmou o compromisso do Governo do Estado com o interior. "Estou presente para reafirmar o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento da Região. Considero o evento de extrema importância, pois contribui para a criação de uma marca para o município, que ajuda a divulgar o nome da cidade, valorizando os produtores e fomentando o turismo – comentou o secretário que destacou ainda as ações que a secretaria tem realizado em benefício dos floricultores do Estado." O município de Bom Jardim é o segundo maior produtor de flores do Estado do Rio com cerca de 4.500.000 maços por ano e maior produtor de rosas do Estado. A cidade registra 146 floricultores e 17 variedades de flores de corte, incluindo rosas, crisântemos, gérberas, tangos, samambaia e copos de leite, além da importância na produção de café no Estado.
Em 8 dezembro é comemorado o dia da Padroeira do município, Nossa Senhora da Conceição, onde são promovidas festas, shows, e encontros religiosos pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição, do distrito sede.
Comunicação[editar | editar código-fonte]
O Município de Bom Jardim, conta com duas rádios comunitárias. Sendo elas a localizada no centro da cidade no 1º distrito a Rádio Alternativa FM 104,9 MHz e a Rádio Serrana FM 87,7 MHz, localizada no 3º distrito em Banquete.
A Rádio Alternativa FM tem seu funcionamento em 24 Horas por dia e a Rádio Serrana FM Tem seu funcionamento em 12 Horas por dia.
Referências
- ↑ a b c d «Bom Jardim»
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ Menezes, Elisa. «Por que em alguns relógios o número 4 romano aparece como IIII e não como IV?». Consultado em 26 de dezembro de 2010
- ↑ «Bom Jardim -- Estações Ferroviárias do Estado do Rio de Janeiro». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 4 de agosto de 2020
- ↑ «Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (RITLA) – Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008] 29 de Janeiro de 2008»