Bom Jesus (Rio Grande do Norte)

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Bom Jesus
  Município do Brasil  
Símbolos
Hino
Lema Pax et gloria
"Paz e glória"
Gentílico bomjesusense
Localização
Localização de Bom Jesus no Rio Grande do Norte
Localização de Bom Jesus no Rio Grande do Norte
Localização de Bom Jesus no Rio Grande do Norte
Bom Jesus está localizado em: Brasil
Bom Jesus
Localização de Bom Jesus no Brasil
Mapa
Mapa de Bom Jesus
Coordenadas 5° 59' 02" S 35° 34' 51" O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Municípios limítrofes Macaíba, Senador Elói de Souza, São Pedro e Boa Saúde
Distância até a capital 46 km[1]
História
Fundação 11 de maio de 1962 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Clécio da Câmara Azevedo (PSDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 122,035 km²
População total (IBGE/2021[3]) 10 323 hab.
 • Posição RN: 71º
Densidade 84,6 hab./km²
Clima Não disponível
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,584 baixo
PIB (IBGE/2018[5]) R$ 82 724,87 mil
PIB per capita (IBGE/2018[5]) R$ 8 148,63
Sítio bomjesus.rn.gov.br (Prefeitura)

Bom Jesus, município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil). De acordo com o IBGE sua população estimada em 2021 era de 10.323 habitantes. Área territorial de 122 km².

O município foi emancipado de Senador Elói de Souza através da Lei nº 2.794, de 11 de maio de 1962.[1]

Limita-se com os municípios São Pedro (norte), Macaíba e Vera Cruz (leste), Boa Saúde (sul) e Senador Elói de Souza (oeste).

A sede do município está a 5° 59’ 02” de latitude sul e 35° 34’ 53” de longitude oeste. A altitude é de 98 m acima do nível do mar e a distância rodoviária até a capital é de 46 km.

De acordo com o IDEMA, o solo da região apresenta características dos tipos podzólico vermelho amarelo abrúptico plínthico. O solo tem aptidão regular para lavouras, sendo apto para culturas especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal, caju e coco).

História[editar | editar código-fonte]

Formação[editar | editar código-fonte]

A narrativa da formação da região de Bom Jesus tem origem no século XVIII, especificamente em 04 de dezembro de 1754. Nesse período, uma vasta sesmaria, que se estendia desde Anta Esfolada, hoje conhecida como o município de Nova Cruz, até as imediações da Lagoa da Panela, foi concedida ao padre José Vieira Afonso. A partir desse momento, uma comunidade se estabeleceu nesse território, focada na pecuária e no cultivo de algodão, bem como na produção de culturas de subsistência, incluindo mandioca, milho e feijão.[6]

Em 7 de fevereiro de 1820, os direitos de posse da sesmaria foram transferidos para José Félix do Rego Barros, que os recebeu nas proximidades da Lagoa da Panela, que, segundo alguns relatos, ao longo do século XIX, passou a ser chamada de Panelas, no plural. O nome Panelas não se referia apenas à lagoa, mas também ao povoado, devido à presença de famílias que começaram a fabricar utensílios de barro nas redondezas da lagoa, utilizando a matéria-prima disponível, o que desempenhou um papel significativo na ocupação e no crescimento da área.[7]

Em relação à denominação de Panelas para o povoado, existem relatos que confirmam essa conexão, como o de um morador antigo do município que afirmou em uma entrevista realizada em 1986 que:

"A cidade foi chamada de Panelas devido a uma família de caboclos indígenas que migrou do sertão paraibano e se estabeleceu às margens da Lagoa, onde iniciaram a produção de utensílios de barro. Através dessa atividade econômica, uma pequena feira de cerâmica surgiu às margens da Lagoa, originando o nome Lagoa das Panelas.''

O povoado de Panelas conseguiu se desenvolver economicamente, a ponto de, em 1877, já ser considerado um núcleo urbano com feira e policiamento, localizado a nove léguas de Natal. Posteriormente, o nome Panelas foi substituído por Capoeiras, embora a designação popular continuasse sendo Panelas.

No século XX, alguns eventos impulsionaram ainda mais o crescimento do povoado. Em 1916, uma parada de automóveis foi estabelecida no local, estimulando o comércio e as interações sociais. O transporte que passava pelo povoado representou prosperidade e intensificou o crescimento. Em 1917, a Capela do Sagrado Coração de Jesus foi construída, tornando-se o padroeiro do município. Em 1923, a primeira escola foi fundada, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento da comunidade. A primeira escola é hoje conhecida como Natália Fonseca, é uma escola estadual localizada na Rua Almir Freire, no centro da cidade de Bom Jesus.[8]

Em 1936, a antiga povoação de Panelas passou por uma mudança de denominação, adotando o nome atual, Bom Jesus. Essa alteração teve origem em um evento peculiar de natureza religiosa:

A mudança do nome de Panelas para Bom Jesus ocorreu devido à influência do Frei Damião de Bozzano. Durante uma missão que ele realizou, encontrando-se em frente à capela local, o Frei Damião expressou a convicção de que o nome do lugar deveria ser modificado, argumentando que o nome Panelas parecia conter uma conotação negativa, sugerindo fragmentação ou quebra. Dado que a capela era dedicada ao Coração de Jesus, ele propôs que a nova denominação fosse Bom Jesus. Essa sugestão foi encaminhada para aprovação da Assembleia Legislativa, por intermédio do Deputado Estadual Ezequiel Xavier Bezerra, natural da povoação. A proposta foi aprovada e promulgada como Lei em 10 de novembro de 1936.

Essa mudança de nome, sob influência religiosa e o cuidado do Frei Damião, marcou um momento significativo na história da localidade, culminando na adoção do nome Bom Jesus, que perdura até os dias atuais.[9]

Insurreição Comunista[editar | editar código-fonte]

Na madrugada do dia 25, segunda-feira, saíram para o interior os primeiros grupos de ocupação. O destacamento sul, liderado pelo tenente da PM Oscar Mateus Rangel, o líder da patrulha envolvida na morte de Otávio Lamartine que havia sido liberado na véspera da detenção no quartel da PM, assumiu o controle dos municípios de São José de Mipibu, Arez, Goianinha, Canguaretama e Pedro Velho, substituindo os respectivos prefeitos e delegados. O grupo norte, sob o comando do estudante Benilde Dantas, membro do Partido Comunista Brasileiro, realizou os mesmos procedimentos em Ceará-Mirim e Baixa Verde. O grupo central, designado para o eixo trairi-seridó, partiu para Panelas, hoje Bom Jesus, liderado pelo sargento do exército Oscar Wanderley, assumindo o controle da cidade e depois de Serra Caiada.[10]

Nesse momento, enfrentaram uma coluna formada por civis do Seridó, liderada por Dinarte Mariz e com a participação de alguns policiais militares, incluindo o capitão Severino Elias. Os leais, em menor número, recuaram até a serra do Doutor, onde aguardariam os rebeldes para o que seria a última batalha, no dia 26. De Serra Caiada, o destacamento dirigiu-se no dia seguinte a Santa Cruz, onde recebeu o apoio de parte da população, especialmente dos apoiadores locais da Aliança Social, determinou a substituição do prefeito e do delegado, e providenciou o reabastecimento necessário para prosseguir até o Seridó. Nesse momento, os rebeldes controlavam dezessete dos quarenta e um municípios, correspondendo a um terço da área geográfica do estado.[10]

Dinarte Mariz, que comandou a coluna dos sertanejos.

Ainda hoje é possível ver marcas de bala na Ponte Velha, antiga entrada da cidade de Bom Jesus, Dinarte Mariz liderando uma coluna de sertanejos deficientemente armados e mal municiados, desceu de Caicó em direção a esta capital, travando o primeiro combate com os rebeldes em Serra Caiada, no qual foram eles fortemente derrotados e despedaçados, deixando um morto, três feridos, nove prisioneiros, algum material bélico e um caminhão. No dia seguinte, a coluna sertaneja ocupou o povoado de Panelas, capturando 4 rebeldes em Panelas, os sertanejos resistiram durante cinco horas de tiroteio, recuando no final para a serra do doutor por falta total de munição. Ali se fortificaram os sertanejos e travou-se o último e decisivo combate no qual, mais uma vez, foi evidente a coragem heróica e indomável dos filhos do sertão. Nesse combate os insurgentes sofreram várias baixas e recuaram abandonando armas e munições pelas estradas

No final de novembro de 1935, em Natal, Recife e Rio de Janeiro, ocorreu a Revolta Comunista, um levante promovido pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização composta por comunistas, socialistas, social-democratas, antifascistas e setores militares descontentes, em nome do Partido Comunista Brasileiro, então conhecido como Partido Comunista do Brasil (PCB). Em Natal, os rebeldes estabeleceram em 23 de novembro um governo popular revolucionário, que durou quatro dias. Nessa ocasião, Dinarte Mariz, liderando uma coluna de sertanejos com cerca de 150 homens, apoiado por tropas do Exército e forças policiais dos estados vizinhos, participou da repressão ao movimento rebelde. No dia 27, com a derrota dos revoltosos, o poder voltou às mãos do governador Rafael Fernandes (1935-1943).[11]

Emancipação[editar | editar código-fonte]

A história da emancipação de Bom Jesus é marcada por uma série de eventos que levaram à sua independência como município. No início, Bom Jesus fazia parte de outros municípios do Rio Grande do Norte. Primeiro, esteve sob a administração de Macaíba até o ano de 1953. Posteriormente, tornou-se parte do município de Serra Caiada, que foi criado nesse ano. Em 1958, o território de Serra Caiada foi dividido, dando origem ao município de Senador Elói de Souza, ao qual Bom Jesus passou a ser subordinado.[12]

Essa situação de dependência de outros municípios não era satisfatória para as autoridades locais da época. Elas buscavam a autonomia para Bom Jesus, considerando seu crescimento e desenvolvimento mais rápido em comparação com os municípios aos quais estava vinculado, especialmente Elói de Souza.

Esse desejo de emancipação estava alinhado com o contexto político nacional da época, regido pela Constituição de 1946, que enfatizava e favorecia a autonomia municipal. Essa Constituição era conhecida como "Municipalista". Isso incentivou a criação de novos municípios em todo o Brasil, visando a expansão dos centros de consumo e o surgimento de novas lideranças políticas locais, estaduais e nacionais. No Rio Grande do Norte, de 1945 a 1964, foram criados 109 municípios, incluindo Bom Jesus.

A emancipação de Bom Jesus foi oficializada em 11 de maio de 1962, por meio da Lei nº 2.794, tornando-o um novo município do Rio Grande do Norte. Em 3 de junho de 1962, uma cerimônia com a participação de autoridades estaduais e locais marcou a instalação do município de Bom Jesus. No entanto, houve contestações à criação do município, cuja origem não é conhecida. Isso está de acordo com a ideia de que a evolução socioespacial de uma região não é influenciada apenas pelos interesses internos da sociedade, mas também por forças sociais externas. Em 26 de março de 1963, a Lei nº 2.853 ratificou a criação do novo município.

Política[editar | editar código-fonte]

Sempre houve uma hegemonia política no município, o atual prefeito Clécio Azevedo foi eleito com o apoio do ex-prefeito Edmundo Júnior (Júnior de Dona Lurdinha), que por sua vez foi eleito com o apoio do ex-prefeito Moacir Amaro e assim sucessivamente, conforme a Lista de prefeitos de Bom Jesus (Rio Grande do Norte), a seguir:

  • Atual Prefeito (desde 2017): Clécio da Câmara Azevedo;
  • 2009 a 2016: Edmundo Aires de Melo Júnior;
  • 2005 a 2008: Moacir Amaro de Lima;
  • 2001 a 2004: Flávio Roberto Marques;
  • 1997 a 2000: Moacir Amaro de Lima;
  • 1993 a 1996: Severino Azevedo de Oliveira;
  • 1989 a 1992: Moacir Amaro de Lima;
  • 1983 a 1988: Severino Azevedo de Oliveira (Lelinho);
  • 1977 a 1983: Natanael de Souza Delgado;
  • 1973 a 1977: Severino Azevedo de Oliveira (Lelinho);
  • 1969 a 1973: João Ferreira da Silva (Joquinha);
  • 1963 a 1969: Severino Azevedo de Oliveira (Lelinho) (Primeiro prefeito eleito pelo Voto do Povo, e João Ferreira da Silva como vice eleito);
  • 1962 a 1963: Aristeu Ramalho Leite (Prefeito nomeado pelo Governador Aluísio Alves).

Durante o período da Administração do Prefeito João Ferreira da Silva (de 1969 a 1973), a Cidade de Bom Jesus sofreu duas interferências militares com a nomeação dos Interventores Coronel Abel e o Coronel Severino Bezerra.

Economia[editar | editar código-fonte]

De acordo com dados do IPEA do ano de 1996, o PIB era estimado em R$ 5,06 milhões, sendo que 42,7% correspondia às atividades baseadas na agricultura e na pecuária, 0,3% à indústria e 56,9% ao setor de serviços. O PIB per capita era de R$ 602,85.

Em 2002, conforme estimativas do IBGE, o PIB havia evoluído para R$ 16,331 milhões e o PIB per capita para aproximadamente R$ 1.720,00.

Produção agrícola[editar | editar código-fonte]

IBGE (2003)
Lavoura Quantidade produzida (ton.) Valor da produção (R$ mil) Área plantada (ha.) Área colhida (ha.) Rendimento médio (kg/ha.)
Algodão herbáceo (em caroço) 22 20 30 30 733
Banana 103 26 9 9 11.444
Castanha-de-caju 66 42 200 200 330
Coco-da-baía (mil frutos) 59 30 20 20 2.950 (frutos/ha.)
Feijão (em grão) 594 634 1.250 1.250 475
Mandioca 3.600 774 300 300 12.000
Manga 73 29 10 10 7.300
Milho (em grão) 410 162 1.050 1.050 390

Pecuária[editar | editar código-fonte]

IBGE (2003)
Rebanho Efetivo (cabeças)
Bovino 8.041
Suíno 702
Eqüinos 386
Asininos (jumentos) 188
Muares (mulas) 99
Ovinos 2.422
Galinhas 6.596
Galos, frangas, frangos e pintos 6.397
Caprinos 120
Vacas ordenhadas 2.140
IBGE (2003)
Gênero Produção
Leite de vaca 2.673 (mil litros)
Ovos de galinha 22 (mil dúzias)

Finanças públicas[editar | editar código-fonte]

2001[editar | editar código-fonte]

Finbra/STN - Glossário
Conta R$
Receita orçamentária 3,1 milhões
Receitas correntes 3,0 milhões
Transferências 2,9 milhões
Outras receitas 22,3 mil
Receitas de capital 116,8 mil

2003[editar | editar código-fonte]

Finbra/STN - Glossário
Conta R$
Transferências (da União) 2.677.372,36
Transferências (do Estado) 450.714,76
IPTU 16.066,75
ISS 3.390,36
Taxas 2.714,59
Receita patrimonial 1.714,50
Receita de serviços 43.972,27
Receita da dívida ativa 2.846,04

Dados estatísticos[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

IBGE (2003)
Ensino Alunos matriculados Professores
Fundamental 2.242 95
Médio 437 10

Índice de Desenvolvimento Humano[editar | editar código-fonte]

PNUD (2000 - 2013)
IDH 1991 2000 2013
Renda 0,462 0,516 0,583
Longevidade 0,638 0,702 0,743
Educação 0,504 0,657 0,460
Total 0,535 0,625 0,584[3]

Saneamento urbano[editar | editar código-fonte]

IBGE (2000)
Serviço Domicílios (%)
Água 93,5%
Esgoto sanitário 1,5%
Coleta de lixo 99,4%

Saúde[editar | editar código-fonte]

Notas e bibliografia[editar | editar código-fonte]

  1. IDEMA. Anuário Estatístico do Rio Grande do Norte. 2004.
  2. Bom Jesus (rn.gov.br)
  3. Índice de analfabetismo comparável ao da Índia (32º mais alto).
  4. IDH de nível médio, comparável ao da Namíbia (125º do mundo).
  5. Mortalidade infantil comparável à de Uganda (41ª mais elevada).
  6. Esperança de vida comparável à da Rússia (150ª).

Referências

  1. FEMURN. «Distâncias dos Municípios do Rio Grande do Norte a Natal-RN». Consultado em 6 de agosto de 2011 
  2. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. «ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS COM DATA DE REFERÊNCIA EM 27 DE AGOSTO DE 2021». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 27 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 4 de setembro de 2013 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2018». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2020 
  6. «A nova cruz e a lenda da anta esfolada». Papangu na Rede. 18 de abril de 2021. Consultado em 27 de fevereiro de 2024 
  7. Morais, Marcus Cesar Cavalcanti de (2022). «Terras potiguares /». acervo.ufrn.br. Consultado em 27 de fevereiro de 2024 
  8. Nobre, Manoel Ferreira (1971). «Breve Notícia sobre a Província do Rio Grande do Norte». Consultado em 27 de fevereiro de 2024 
  9. Cascudo, Luís da Câmara (1968). Nomes da Terra. Geografia, História e Toponímia do Rio Grande do Norte. (em other). [S.l.]: Fundação José Augusto 
  10. a b Lopes, Marcus (19 de setembro de 2021). «Insurgência vermelha: Quando o Rio Grande do Norte viveu quatro dias na Intentona Comunista». Aventuras na História. Consultado em 26 de fevereiro de 2024 
  11. RN, Do G1 (24 de novembro de 2015). «Intentona Comunista completa 80 anos no Rio Grande do Norte». Rio Grande do Norte. Consultado em 26 de fevereiro de 2024 
  12. «CÂMARA CASCUDO, DESCOBRIDOR». www.historiaecultura.pro.br. Consultado em 26 de fevereiro de 2024 
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