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Bomba peniana

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Bomba peniana é um equipamento médico externo desenvolvido para tratar disfunção erétil. O aparelho foi desenvolvido para o paciente ter e manter uma ereção pela sucção do fluxo de sangue para o pênis, por um vácuo. Também é utilizado na recuperação dos efeitos da doença de Peyronie e em terapias de aumento peniano.

Bomba Peniana
Uma bomba peniana
Uma bomba peniana em posição

A bomba peniana é composta de um cilindro e um vácuo ativado à mão ou por bateria. Alguns modelos podem ser adquiridos com um escudo para o corpo e um anel. Alguns modelos de bomba peniana foram patenteadas em 1967.[1] Em 1989, mais de 15 mil unidades foram distribuídas no mundo.[2]

A bomba peniana funciona posicionando o cilindro ao redor do pênis. Se o modelo acompanhar um escudo para o corpo, o paciente deve colocá-lo entre a pele e o cilindro, para se proteger de danos à pele. Após colocar o cilindro, o paciente precisa acionar o vácuo, que pode ser feito à mão ou à bateria. Após o acionamento, o aparelho criará pressão negativa dentro do cilindro. Após o fluxo sanguíneo ser puxado para o pênis, o paciente terá uma ereção, ou um estado semelhante ao de uma ereção. Alguns modelos acompanham um anel que auxilia a prender o sangue dentro do pênis e manter a ereção por mais tempo.[3]

Taxas de sucesso

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Em um questionário de 1517 pacientes, 92% reportaram ter uma ereção, ou um estado semelhante ao de uma ereção, que foi satisfatório. Destes pacientes, 77% geralmente fazem sexo pelo menos uma vez a cada duas semanas.[2] Em outro estudo, 202 pacientes foram divididos em dois grupos. 69% do primeiro grupo e 70% dos pacientes do segundo grupo relataram uso regular do aparelho. A satisfação combinada de paciente e parceiro foi de 82 e 87% nos respectivos grupos.[4] Existe confirmação definitiva que a bomba peniana é segura e tolerável, assim como a reabilitação dos pacientes após prostatectomia radical, e a bomba melhora a função erétil em 84 a 95% dos pacientes em condições similares.[5]

Estudos ainda avaliaram a qualidade da ereção para dureza, comprimento e circunferência, com uma satisfação superior a 90% nesses aspectos.[4] Outro estudo mediu a rigidez média na base e na ponta do pênis após a aplicação do aparelho à vácuo, com uma melhoria superior a 80%.[6]

Evidências indicam que o uso de uma bomba peniana ajuda pacientes a se recuperarem da doença de Peyronie. Outro estudo indica que há a recuperação do estado de pênis diminuído em muitos pacientes,[7] e um grande aumento no tamanho do pênis, o que apoiaria o uso de bombas penianas em terapias de aumento de pênis.[8][9]

Um estudo relata dois casos de hemorragias subcutâneas no pênis, em pacientes que utilizam terapias anticoagulantes (um tratado com heparin subcutâneo, e outro com coumadin) e casos com gangrena peniana ocorreram em três homens diferentes.[10]

Atenção especial

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Alguns modelos de bomba peniana acompanham uma anel de constrição para prevenir escape do sangue pelas veias, o que reduz a porcentagem de sangue oxigenado, e resulta em isquemia após 30 minutos de uso. Alguns pacientes optam por utilizar este aparelho complementar para aumentar o tempo da ereção. O uso da bomba peniana é uma excelente terapia para se utilizar em reabilitação peniana, no entanto, precisa desta atenção particular em retirar o anel constritor após 30 minutos.[11]

Referências

  1. United States Patent: 3495589 (3495589), 17 de fevereiro de 1970, consultado em 26 de maio de 2022 
  2. a b Witherington Roy (1 de fevereiro de 1989). «Vacuum Constriction Device for Management of Erectile Impotence». Journal of Urology. 141 (2): 320–322. PMID 2913353. doi:10.1016/S0022-5347(17)40752-X 
  3. «Erectile Dysfunction and Vacuum Constriction Devices». WebMD (em inglês). Consultado em 24 de janeiro de 2020 
  4. a b Cookson Michael S.; Nadig Perry W. (1 de fevereiro de 1993). «Long-Term Results with Vacuum Constriction Device». Journal of Urology. 149 (2): 290–294. PMID 8426404. doi:10.1016/S0022-5347(17)36059-7 
  5. Lin, Haocheng; Wang, Run (março de 2013). «The science of vacuum erectile device in penile rehabilitation after radical prostatectomy». Translational Andrology and Urology. 2 (1): 61–66. ISSN 2223-4691. PMC 4708600Acessível livremente. PMID 26816725. doi:10.3978/j.issn.2223-4683.2013.01.04 
  6. Bosshardt, R. J.; Farwerk, R.; Sikora, R.; Sohn, M.; Jakse, G. (1995). «Objective measurement of the effectiveness, therapeutic success and dynamic mechanisms of the vacuum device». British Journal of Urology (em inglês). 75 (6): 786–791. ISSN 1464-410X. PMID 7613837. doi:10.1111/j.1464-410X.1995.tb07392.x 
  7. Lue, TOM F.; El-sakka, AHMED I. (1 de abril de 1999). «Lengthening Shortened Penis Caused by Peyronie's Disease Using Circular Venous Grafting and Daily Stretching with a Vacuum Erection Device». The Journal of Urology (em inglês). 161 (4): 1141–1144. ISSN 0022-5347. doi:10.1016/S0022-5347(01)61613-6 
  8. Nikoobakht, Mohammadreza; Shahnazari, Alireza; Rezaeidanesh, Maedeh; Mehrsai, Abdolrasoul; Pourmand, Gholamreza (novembro de 2011). «Effect of penile-extender device in increasing penile size in men with shortened penis: preliminary results». The Journal of Sexual Medicine. 8 (11): 3188–3192. ISSN 1743-6109. PMID 20102448. doi:10.1111/j.1743-6109.2009.01662.x 
  9. Raheem, Amr Abdel; Garaffa, Giulio; Raheem, Tarek Abdel; Dixon, Michelle; Kayes, Amanda; Christopher, Nim; Ralph, David (2010). «The role of vacuum pump therapy to mechanically straighten the penis in Peyronie's disease». BJU International (em inglês). 106 (8): 1178–1180. ISSN 1464-410X. PMID 20438558. doi:10.1111/j.1464-410X.2010.09365.x 
  10. Rivas, David A.; Chancellor, Michael B. (1 de julho de 1994). «Complications Associated with the Use of Vacuum Constriction Devices for Erectile Dysfunction in the Spinal Cord Injured Population». The Journal of the American Paraplegia Society. 17 (3): 136–139. ISSN 0195-2307. PMID 7964708. doi:10.1080/01952307.1994.11735923 
  11. Hoyland, Kimberley; Vasdev, Nikhil; Adshead, James (2013). «The Use of Vacuum Erection Devices in Erectile Dysfunction After Radical Prostatectomy». Reviews in Urology. 15 (2): 67–71. ISSN 1523-6161. PMC 3784970Acessível livremente. PMID 24082845