Brás Soares de Sousa
Brás Soares de Sousa | |
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Nascimento | 1570 |
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Brás Soares de Sousa (c. 1570 — Capitania de Pernambuco, 1634) foi o 6.º capitão do donatário na ilha de Santa Maria, nos Açores.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido Brás Soares de Albuquerque, ao suceder ao pai no morgadio teve que assumir o sobrenome deste (Sousa). No contexto da Dinastia Filipina, foi confirmado no cargo de capitão da ilha de Santa Maria a 16 de Julho de 1594, sucedendo a Jerónimo Coutinho.
Serviu na Praça-forte de Ceuta de 1613 a 1615, e esteve embarcado na Armada das ilhas de 1615, 1617, 1618 e 1621, vindo a ser recompensado por esses serviços com a Comenda da Ilha de Santa Maria da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, começando a gozar os seus proventos a partir de 24 de junho de 1623. Entretanto, tendo os recursos anteriores desta comenda sido consumidos no Real serviço, o soberano impunha a Brás Soares de Sousa a obrigação de doar, por cinco anos a partir de então, os rendimentos da dita comenda para a fortificação que o soberano ia ordenar para a dita ilha. Nesse período não os poderia receber e cobraria ao Provedor da Fazenda das Ilhas Terceiras, que conservaria esses montantes em arca separada e fechada os recursos para se despender na obra da fortificação, por ordem do Conselho de Fazenda. Concluída a fortificação, no período aprazado, aquele rendimento deveria ser aplicado aos reparos das igrejas conforme o necessário, a ser estipulado pela Mesa da Consciência e Ordens.[1]
Terá combatido na Praça-forte de Mazagão, assim como os corsários ingleses da armada do conde de Cumberland e piratas da Barbária[2] que assaltaram Vila do Porto respectivamente em 1589 e 1616.
Na Biblioteca Nacional da Ajuda em Lisboa, conserva-se cópia de carta de Filipe III de Portugal (1621-1640) a Brás Soares de Sousa, datada de 7 de setembro de 1628 sobre uma queixa deste último, na qualidade de procurador de seu pai enquanto capitão do donatário da ilha de Santa Maria, sobre Simão Goardes Peixoto.[3]
Numa viagem que fez a Lisboa, adoeceu e foi tratado na casa de uma fidalga, Maria da Câmara, viúve de João Nunes Velho, que era filha de um sobrinho de Gonçalo Velho. Tendo ali sendo muito bem tratado, e como esta parenta era pobre, Brás Soares desposou uma filha dela, D. Dorotea da Câmara, demonstrando assim a sua gratidão.
Voltou para Santa Maria acompanhado da esposa, com quem teve três filhos: Pero Soares, Manuel de Sousa e António Soares, e mais algumas filhas, duas das quais professaram como freiras no Convento da Esperança, em Ponta Delgada.
Durante a primeira das invasões holandesas do Brasil (1624-1625), tomou parte da chamada "Jornada dos Vassalos", a poderosa esquadra que libertou Salvador em 1625.[4] No seu regresso, foi agraciado com a Comenda de Nossa Senhora da Assunção.
Quando da segunda invasão (1630-1654), pereceu em combate na capitania de Pernambuco, em 1634.
Referências
- ↑ "Comenda de Santa Maria dada como recompensa de serviços a Braz Soares de Sousa em 1624". Carta de Filipe III de Portugal, 13 de julho de 1624, in Arquivo dos Açores, vol. XI, p. 308-310.
- ↑ FIGUEIREDO, 1990:68.
- ↑ 51-VIII-22, fl. 82.
- ↑ Frei Vicente do Salvador, Historia do Brazil. 1627. in: Capítulo XXXIV - Da armada que Sua Majestade mandou a socorrer e recuperar a Bahia, e dos fidalgos portugueses que se embarcaram.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- FIGUEIREDO, Jaime de. Ilha de Gonçalo Velho: da descoberta até ao Aeroporto (2a. ed.). Vila do Porto (Açores): Câmara Municipal de Vila do Porto, 1990. 160p. mapas, fotos, estatísticas.
Ver também
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