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Bráulio Tavares

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Braulio Tavares
Nascimento 1950
Campina Grande,  Brasil
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Escritor, poeta, compositor
Género literário Literatura fantástica ficção científica
Magnum opus A Espinha Dorsal da Memória

Braulio Tavares (Campina Grande, 1950) é um escritor, compositor, letrista, poeta, dramaturgo e pesquisador de literatura fantástica.[1][2]

Braulio começou a escrever influenciado pelo pai e com a idade de oito anos já havia produzido alguns sonetos, nunca publicados. Teve vários livros de poesias e ficção científica editados, além de dois folhetos de cordel, pela editora Casa das Crianças, de Olinda, Pernambuco: "Cantoria: regras e estilos" e "Cabeça elétrica, coração acústico", no ano de 1981.

Em 1991, cursou durante seis semanas a Clarion Workshop - tradicional oficina literária de ficção científica e fantasia, que à época era realizada em Michigan State University (East Lansing, MI). O grupo de 16 estudantes teve como professores, nesse período: Tim Powers, Ellen Kushner, John Kessel, Karen Joy Fowler, Damon Knight, Kate Wilhelm; além dos professores visitantes: Gardner Dozois e Gordon Van Gelder. A Clarion Workshop, que começou em 1968, já teve alunos que se tornaram autores reconhecidos, como: Ted Chiang, Octavia E. Butler, Cory Doctorow, Nalo Hopkinson, Bruce Sterling, entre outros.

Em 1992 participou do projeto "O Escritor na Cidade" pelo Departamento Nacional do Livro da Biblioteca Nacional, e viajou pelos estados do Espírito Santo, Paraná, Pará e Rio Grande do Norte, fazendo palestras em bibliotecas públicas das capitais e do interior.

Com forte influência da literatura de cordel, escreveu a peça "Folias Guanabaras",[3] espetáculo dirigido por Ivaldo Bertazzo com o Corpo de Dança da Maré e a participação da atriz Rosi Campos e do ator, cantor e compositor Seu Jorge.[4]

Entre 2006 e 2007 publicou o livro "Os martelos de Trupizupe" e "Contando histórias em versos" pela Editora 34 - este como resultado de uma de suas oficinas de cordel ministrada no Instituto Brincante, de Antonio Nóbrega e Rosane Almeida, para professores de escolas do primeiro grau na cidade de São Paulo.

Publicou também outras obras por editoras como a 7Letras, a Editora 34, e a Casa da Palavra, além de livros independentes, em vários gêneros, incluindo ensaio, poesia, conto, romance, etc. Entretanto, as suas obras de maior expressão são voltadas para a literatura fantástica e de ficção científica.

Em setembro de 2020, a editora Bandeirola lançou uma campanha de financiamento coletivo de reedição de seus livros A espinha dorsal da memória e Mundo Fantasmo, na plataforma Catarse.[5]

Publicações em livros

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  • A Máquina Voadora.[2]
  • Bandeira Sobrinho - uma vida e alguns versos. Fortaleza: IMEPH, 2017.
  • A Espinha Dorsal da Memória.[6] Caminho, 1989. Vencedor do Prêmio Editorial Caminho de Ficção Científica de 1989.
  • Mundo Fantasmo. Lisboa: Editorial Caminho, 1994.
  • Mundo Fantasmo/A Espinha Dorsal da Memória. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.
  • Sete Monstros Brasileiros. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014.
  • Histórias Para Lembrar Dormindo. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
  • Fanfic. São Paulo: Patuá, 2019.

Antologias (de Literatura Fantástica e de FC.)

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  • Contos Obscuros de Edgar Allan Poe. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2010. (Org.)
  • Freud e o Estranho: contos fantásticos do inconsciente. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007. (Org.)
  • Páginas de Sombra: contos fantásticos brasileiros. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. (Org.)
  • Detetives do Sobrenatural: contos fantásticos de mistério. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014. (Org.)
  • Contos Fantásticos no Labirinto de Borges. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2005. (Org.)
  • O País dos Cegos e outras histórias - H.G. Wells. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. (Trad. e Org.)
  • Páginas do Futuro: contos brasileiros de ficção científica.[2] Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2011. (Org.)
  • Contos Fantásticos de Amor e Sexo. Rio de Janeiro: Ímã, 2011. (Org.)
  • Crimes Impossíveis: crimes de 'quarto fechado. São Paulo: Bandeirola, 2021. (Org.)
  • O Homem Artificial: poemas. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1999.
  • O Poder da Natureza. São Paulo: Editora 34, 2013.
  • O flautista misterioso e os ratos de Hamilen. São Paulo: Editora 34, 2006.
  • A Nuvem de Hoje. Campina Grande: Eduepb, 2011.
  • A Arte de Olhar Diferente. São Paulo: Hedra, 2012.
  • A Idade da Ignorância. Editora UEPB / Latus: Campina Grande, 2013.
  • 78 Rotações. Natal: Editora Jovens Escribas, 2015.
  • A Fonte dos Relâmpagos. Cajazeiras: Arribaçã, 2022.
  • O Anjo Exterminador. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.
  • O Que é Ficção Científica. São Paulo: Brasiliense, 1986.
  • A Pulp Fiction de Guimarães Rosa. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2008.
  • O Rasgão no Real. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2005.[7]
  • Contando Histórias em Versos - Poesia e Romanceiro Popular no Brasil. São Paulo: Editora 34, 2005.
  • ABC de Ariano Suassuna (perfil biográfico ensaístico). Rio de Janeiro: José Olympio, 2007.
  • A Máquina do Tempo de H. G. Wells. Alfaguara, 152 p.
  • A Dama do Lago de Raymond Chandler. Alfaguara, 272 p.
  • O Longo Adeus de Raymond Chandler. Alfaguara, 400 p.
  • O Sono Eterno de Raymond Chandler. Alfaguara, 256 p.
  • A Irmã Mais Nova de Raymond Chandler, Alfaguara, 307 p.
  • Adeus, Minha Querida de Raymond Chandler, Alfaguara, 291 p.
  • Aniquilação de Jeff VanderMeer. Intrínseca, 200 p.
  • Autoridade de Jeff VanderMeer. Intrínseca, 200 p.
  • O palácio dos pervertidos de Tim Powers. Editora 34, 256 p.
  • O Livro do Juízo Final de Connie Willis. Suma, 576 p.
  • O Tempo Desconjuntado de Philip K. Dick. Suma, 272 p.
  • Espere Agora Pelo Ano Passado de Philip K. Dick. Suma, 296 p.
  • Conclave de Robert Harris. Alfaguara, 272 p.
  • Munique de Robert Harris. Alfaguara, 300 p.
  • Expiração de Ted Chiang. Intrínseca, 411 p.
Como ator
  • 1978 - Oxente Gente, Cordel
Como dramaturgo
  • Trupizupe, o Raio da Silibrina (também encenada com o título O Casamento de Trupizupe com a Filha do Rei).   Estréia: Salvador, 1979. Direção: Arly Arnaud. Teatro Santo Antonio (da Escola de Teatro da UFBA). Várias montagens pelo Brasil: Paraíba, Pernambuco, São Paulo etc.
  • Quinze Anos Depois, ou Esperando Godofredo. Estréia: Campina Grande, 1980. Direção de Hermano José. Várias montagens pelo Brasil: Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, etc.
  • Brincante (com Antonio Nóbrega) - “Prêmio Shell de Melhor Autor”. Estréia: Curitiba, 1992 (Festival de Curitiba). Direção: Romero de Andrade Lima.
  • Esperando Godofredo, 15 anos depois. 1992. Direção: Luiz Armando Queiroz. Elenco: Yeda Dantas e Carlos Arruda.
  • Segundas Histórias (com Antonio Nóbrega). Estréia: Rio de Janeiro, 1994. Direção: Antonio Nóbrega. Centro Cultural Banco do Brasil.
  • Folia de Reis – 1997. Estréia: Rio de Janeiro, 1997. Com Grupo “Nosconosco”, produção de Raul Labanca.
  • Auto de Natal (com Beto Brito). Estréia: João Pessoa, 2009. Colégio Marista Pio XI.
  • Lampião e Lancelote (com Fernando Vilela) - “Prêmio FEMSA” de Melhor Autor. Estréia: São Paulo, 2013. Direção: Débora Dubois. Produção: Brancalyone Produções Artísticas.
  • Suassuna – o Auto do Reino do Sol - “Prêmios Shell e APTR de Melhor Autor”. Estréia: Rio de Janeiro, 2017. Direção: Luiz Carlos Vasconcelos. Produção: Sarau e Barca dos Corações Partidos.
  • Jacksons do Pandeiro (com Eduardo Rios). Estréia virtual: Rio de Janeiro, 10 de outubro de 2020. Direção: Duda Maia. Com a Barca dos Corações Partidos. Estréia presencial: janeiro de 2022, “Estação das Artes”, Rio de Janeiro.
Como letrista
  • 1994 - Segundas Histórias
  • Ganhador do Prêmio Caminho de Ficção Científica em 1989 em Lisboa, pela obra A Espinha Dorsal da Memória.
  • Ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura Infantil em 2009, pela obra A Invenção do Mundo pelo Deus-Curumim (em parceria com Fernando Vilela).
  • Ganhador do Prêmio Argos especial em 2013, como reconhecimento por sua dedicação à literatura fantástica brasileira.
  • Ganhador do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem de 2013 na categoria Melhor Texto Adaptado pelo musical Lampião e Lancelote.
  • Ganhador do Prêmio Shell de melhor autor, em 1992, com a peça "Brincante", dirigida por Romero de Andrade Lima, e interpretada por Antônio Nóbrega e Rosane Almeida (SP).
  • Ganhador do Prêmio Shell de melhor autor, em 2017, com a peça "Suassuna - O Auto do Reino do Sol", dirigida por Luís Carlos Vasconcelos, música de Chico César, cenografia da Barca dos Corações Partidos (RJ).

Referências

  1. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, acessado em 01 de outubro de 2014.
  2. a b c Encyclopedia of Science Fiction (ed.). «Tavares, Braulio». Consultado em 7 de outubro de 2014 .
  3. Viva Favela, acessado em 01 de outubro de 2014.
  4. Folha de S. Paulo, acessado em 01 de outubro de 2014.
  5. «A ESPINHA DORSAL DA MEMÓRIA e MUNDO FANTASMO». Catarse. Consultado em 29 de setembro de 2020 
  6. Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, acessado em 01 de outubro de 2014.
  7. «O rasgão no real - Braulio Tavares». www.marcadefantasia.com. Consultado em 18 de junho de 2024 

Ligações Externas

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