Bradybaena similaris

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaBradybaena similaris
Concha de B. similaris.
Concha de B. similaris.
Nesta fotografia, cinco vistas da concha de B. similaris. Abaixo, vistas do ápice (esquerda) e da base da concha (direita).
Nesta fotografia, cinco vistas da concha de B. similaris. Abaixo, vistas do ápice (esquerda) e da base da concha (direita).
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Ordem: Stylommatophora
Família: Bradybaenidae[1]
Género: Bradybaena
Beck, 1837[2]
Espécie: B. similaris
Nome binomial
Bradybaena similaris
(Férussac, 1822)[3]; outrora Rang, 1831[4]
Sinónimos
Helix similaris Rang, 1831[5]

Bradybaena similaris (denominada popularmente, em inglês, Asian tramp snail)[6] é uma espécie de gastrópode da família Bradybaenidae,[1] classificada por Férussac em 1822, com o nome original de Helix similaris, dado por Rang (em 1831).[4][3][5][7] Originalmente habitando a região do Sudeste Asiático, este caracol terrestre se tornou espécie invasora na América (incluindo Grandes Antilhas), África, Ásia,[1] leste da Austrália[6] e ilhas do oceano Pacífico.[4] É, muito possivelmente, uma das espécies de caracóis mais bem distribuídas do mundo,[8] sendo considerada uma praga biológica herbívora.[9]

Descrição e hábitos[editar | editar código-fonte]

A concha de Bradybaena similaris atinge de 1,2 a 1,6 centímetro de largura, sendo esta uma espécie de formato discoidal. Suas linhas de crescimento são irregulares e, às vezes, há uma única banda castanho-avermelhada, apical, acompanhando as voltas de sua espiral.[9][10] Vistas por baixo, suas conchas apresentam umbílico visível. Esta espécie tem hábitos noctívagos[11] e possui uma grande variedade de plantas em sua dieta, o que faz deste caracol uma ameaça para estufas, jardins e vegetais cultivados, alimentando-se de plantas vivas.[9]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Bradybaena similaris apresenta ampla distribuição geográfica. Originalmente habitando a região do Sudeste Asiático, tornou-se uma espécie invasora na América (do sudeste dos Estados Unidos à América do Sul,[1] incluindo todo o o Brasil),[11] na Austrália (de Queensland a Nova Gales do Sul)[6] e nas ilhas do oceano Pacífico,[4] bem como na África e no restante da Ásia.[1] No Brasil esta espécie foi registrada no ano de 1835, sendo o primeiro relato de molusco não autóctone introduzido no país.[12]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e «Bradybaenidae» (em inglês). Terrestrial Mollusc Tool. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2017 
  2. GRAY, John Edward (1847). A List of the Genera of Recent Mollusca. Their Synonyma and Types (em inglês). Londres: R. & J.E. Taylor - Google Books. p. 173. Consultado em 14 de abril de 2017 
  3. a b «Bradybaena similaris (Férussac, 1822)» (em inglês). MolluscaBase. 1 páginas. Consultado em 30 de maio de 2020 
  4. a b c d Brodie, Gilianne Dawn; Barker, Gary (janeiro de 2012). «Bradybaena similaris (Rang, 1831). Family Bradybaenidae» (em inglês). ResearchGate. 1 páginas. Consultado em 15 de abril de 2017 
  5. a b «Bradybaena similaris, Asian Trampsnail» (em inglês). Cook Islands Biodiversity. 1 páginas. Consultado em 15 de abril de 2017. SYNONYMS: Helix similaris Rang, 1831; Bradybaena similaris (Férussac, 1821) (mistaken: Rang 1831 cited Férussac 1821 as author, but similaris Férussac, 1821 is not valid). 
  6. a b c «Asian Tramp Snail» (em inglês). Queensland Museum. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2017 
  7. Almeida, Marcelo Nocelle de; Bessa, Elisabeth Cristina de Almeida (dezembro de 2001). «Estudo do crescimento e da reprodução de Bradybaena similaris (Férussac) (Mollusca, Xanthonychidae) em laboratório» (em inglês). Revista Brasileira de Zoologia. vol.18 no.4 (Scielo). 1 páginas. Consultado em 7 de fevereiro de 2016 
  8. «Asian Tramp Snail» (em inglês). The Caribbean Plant Health Directors Forum. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2017 
  9. a b c «Bradybaena similaris» (em inglês). Texas Invasive Species Institute. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2017 
  10. Stacey, BJ. (19 de abril de 2015). «Asian Tramp Snail (Bradybaena similaris (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 14 de abril de 2017 
  11. a b Junqueira, Flávia Oliveira; D'Ávila, Stefane; Bessa, Elisabeth Cristina de Almeida; Prezoto, Fábio (2003). «Ritmo de Atividade de Bradybaena similaris (Férussac, 1821) (Mollusca, Xanthonychidae) de Acordo com a Idade» (PDF). Revista de Etologia, Vol.5, N°1 (UFJF). pp. 41–46. Consultado em 14 de abril de 2017 
  12. Darrigran, Gustavo; Agudo-Padrón, Ignacio; Baez, Pedro; Belz, Carlos; Cardoso, Franz; Carranza, Alvar; Collado, Gonzalo; Correoso, Modesto; Cuezzo, María Gabriela; Fabres, Alejandra; Gregoric, Diego E. Gutiérrez; Letelier, Sergio; Ludwig, Sandra; Mansur, Maria Cristina; Pastorino, Guido; Penchaszadeh, Pablo; Peralta, Carolina; Rebolledo, Andrea; Rumi, Alejandra; Santos, Sonia; Thiengo, Silvana; Vidigal, Teofânia; Damborenea, Cristina (10 de dezembro de 2019). «Non-native mollusks throughout South America: emergent patterns in an understudied continent» (em inglês). Biological Invasions / Springer (Sci-Hub). p. 5. 19 páginas. The first record of a NNMS in South America dates back to 1835, being a terrestrial snail of the family Bradybaenidae [Bradybaena similaris (Férussac, 1822)].