Brasil na Copa do Mundo FIFA de 2010

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Brasil
6º lugar
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Oficial
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Alternativo
Associação CBF
Confederação Conmebol
Participação 19ª
Melhor resultado Campeão: 1958, 1962, 1970, 1994, 2002
Treinador Brasil Dunga

A Copa do Mundo FIFA de 2010 foi a décima nona participação da Seleção Brasileira de Futebol em Copa do Mundo FIFA.

O técnico foi Dunga e o capitão foi Lúcio. O Brasil começou a Copa do Mundo FIFA de 2010 como favorita nas bolsas de apostas.[1] A equipe havia se sagrada campeã da Copa América de 2007, Copa das Confederações FIFA de 2009 e liderado as Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2010. O Brasil foi eliminado nas quartas de final e terminou na sexta colocação.

A seleção apostava em um futebol pragmático, com uma forte defesa e um eficiente contra-ataque. A cada três gols da Era Dunga, um nascia de contra-ataque.[2] É também a seleção brasileira com a maior média de idade na história das copas: 29,3 anos. [3]

Ciclo da Copa[editar | editar código-fonte]

Durante a Copa do Mundo de 2006, Ricardo Teixeira e aliados se irritaram com o que consideraram uma certa passividade de Carlos Alberto Parreira. Ao anunciar a contratação de Dunga, a CBF informou que buscava um técnico vibrante e motivador. [4] Dunga não havia tido experiência como técnico. A Revista Placar considerou a escolha de "forte apelo populista", pois a seleção de 2006 foi criticado por falta de vontade e o treinador traz consigo a imagem de raça e cobrança.[5] Em outra edição, a revista considerou a escolha de Dunga como forma de "pôr ordem na casa" e afastar os festeiros.[6] Segundo o El País, foi ideia de José Hawilla a escolha do técnico Dunga e o coordenador técnico Jorginho.[7]

Na seleção, Dunga consolidou um estilo pragmático, de contragolpes em alta velocidade. Conseguiu resultados expressivos, como a vitória na Copa América de 2007, Copa das Confederações FIFA de 2009 e liderança nas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2010, embora sua seleção tenha perdido os Jogos Olímpicos de 2008.

Tostão analisou: "O futebol brasileiro, admirado em todo o mundo pelo toque de bola, pela troca de passes, pelo domínio do jogo, não existe mais. Agora, é o futebol de muita marcação e de muitos contra-ataques. Muitas vezes, brilhantes, como na belíssima vitória contra o Uruguai. Para um time ser eficiente nessa estratégia, precisa também de uma ótima defesa para suportar a pressão. O Brasil tem dois excelentes zagueiros e um excepcional goleiro. Além disso, nesse esquema de marcar muito atrás, Gilberto Silva e, principalmente, Felipe Melo, que tem bom passe, são também eficientes. Felipe Melo foi uma boa tacada de Dunga.".[8] O técnico vencedor da Copa anterior, Marcello Lippi relatou: "Dificilmente se vê uma seleção que não se preocupa com a defesa vencer alguma coisa. Um exemplo disso é a do Brasil, que se tornou muito europeizada nos últimos anos, com Dunga. E por isso se tornou a seleção mais forte que existe".[9]

Eliminatórias[editar | editar código-fonte]

Dentre as dez seleções sul-americanas que disputavam as 5 primeiras posições na tabela de classificação, o Brasil terminou as eliminatórias em primeiro lugar.

Tabela de classificação[editar | editar código-fonte]

Equipe Pts. J V E D GP GC SG
Brasil Brasil 34 18 9 7 2 33 11 22
Chile Chile 33 18 10 3 5 32 22 10
Paraguai Paraguai 33 18 10 3 5 24 16 8
Argentina Argentina 28 18 8 4 6 23 20 3
Uruguai Uruguai 24 18 6 6 6 28 20 8
Equador Equador 23 18 6 5 7 22 26 -4
Colômbia Colômbia 23 18 6 5 7 14 18 -4
Venezuela Venezuela 22 18 6 4 8 23 29 -6
Bolívia Bolívia 15 18 4 3 11 22 36 -14
Peru Peru 13 18 3 4 11 11 34 -23
L\V Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador Paraguai Peru Uruguai Venezuela
Argentina 3:0 1:3 2:0 1:0 1:1 1:1 2:1 2:1 4:0
Bolívia 6:1 2:1 0:2 0:0 1:3 4:2 3:0 2:2 0:1
Brasil 0:0 0:0 4:2 0:0 5:0 2:1 3:0 2:1 0:0
Chile 1:0 4:0 0:3 4:0 1:0 0:3 2:0 0:0 2:2
Colômbia 2:1 2:0 0:0 2:4 2:0 0:1 1:0 0:1 1:0
Equador 2:0 3:1 1:1 1:0 0:0 1:1 5:1 1:2 0:1
Paraguai 1:0 1:0 2:0 0:2 0:2 5:1 1:0 1:0 2:0
Peru 1:1 1:0 1:1 1:3 1:1 1:2 0:0 1:0 1:0
Uruguai 0:1 5:0 0:4 2:2 3:1 0:0 2:0 6:0 1:1
Venezuela 0:2 5:3 0:4 2:3 2:0 3:1 1:2 3:1 2:2

Artilheiros[editar | editar código-fonte]

9 gols
5 gols
4 gols
2 gols
1 gol

Assistências[editar | editar código-fonte]

6 Assistências
4 Assistências
3 Assistências
1 Assistência

Escalação[editar | editar código-fonte]

Número / Nome Clube Jogos (gols)1 Data de nascimento Jogos Gols Penalizado com cartão amarelo Expulso
Goleiros
1  Júlio César Itália Internazionale 47 (0) 3 de setembro de 1979 (44 anos) 0 0 0 0
12  Doni Itália Roma 10 (0) 22 de outubro de 1979 (44 anos) 0 0 0 0
22  Gomes Inglaterra Tottenham Hotspur 9 (0) 18 de maio de 1978 (45 anos) 0 0 0 0
Defensores
2  Maicon Itália Internazionale 55 (5) 26 de julho de 1981 (42 anos) 0 0 0 0
13  Daniel Alves Espanha Barcelona 33 (3) 6 de maio de 1983 (40 anos) 0 0 0 0
3  Lúcio Itália Internazionale 89 (4) 8 de maio de 1978 (45 anos) 0 0 0 0
4  Juan Itália Roma 73 (6) 1 de fevereiro de 1979 (45 anos) 0 0 0 0
14  Luisão Portugal Benfica 39 (3) 13 de fevereiro de 1981 (43 anos) 0 0 0 0
15  Thiago Silva Itália Milan 7 (0) 22 de setembro de 1984 (39 anos) 0 0 0 0
16  Gilberto Brasil Cruzeiro 32 (1) 25 de abril de 1976 (47 anos) 0 0 0 0
6  Michel Bastos França Lyon 3 (0) 2 de agosto de 1983 (40 anos) 0 0 0 0
Meias
8  Gilberto Silva Grécia Panathinaikos 85 (3) 7 de outubro de 1976 (47 anos) 0 0 0 0
5  Felipe Melo Itália Juventus 16 (2) 26 de agosto de 1983 (40 anos) 0 0 0 0
17  Josué Alemanha Wolfsburg 26 (1) 19 de julho de 1979 (44 anos) 0 0 0 0
7  Elano Turquia Galatasaray 41 (6) 14 de junho de 1981 (42 anos) 0 0 0 0
18  Ramires Portugal Benfica 11 (0) 24 de março de 1987 (37 anos) 0 0 0 0
20  Kléberson Brasil Flamengo 31 (2) 19 de junho de 1979 (44 anos) 0 0 0 0
10  Kaká Espanha Real Madrid 76 (26) 22 de abril de 1982 (42 anos) 0 0 0 0
Atacantes
19  Júlio Baptista Itália Roma 45 (5) 1 de outubro de 1981 (42 anos) 0 0 0 0
11  Robinho Brasil Santos 15 (8) 25 de janeiro de 1984 (40 anos) 33 62 01 2
9  Luís Fabiano Espanha Sevilla 36 (25) 8 de novembro de 1980 (43 anos) 0 0 0 0
21  Nilmar Espanha Villarreal 23 (9) 14 de julho de 1984 (39 anos) 0 0 0 0
23  Grafite Alemanha Wolfsburg 2 (1) 2 de abril de 1979 (45 anos) 0 0 0 0
Treinador
  Dunga     31 de outubro de 1963 (60 anos)

Nota:

  • 1 O número de jogos e gols se referem aos jogos pela Seleção até a data de convocação dos jogadores.

A Lista Final[editar | editar código-fonte]

Ao longo do ciclo, Dunga descartou uma série de "medalhões". Alexandre Pato e Ronaldinho Gaúcho não teriam demonstrado comprometimento nos Jogos Olímpicos de 2008: "Cada um teve sua chance na seleção brasileira, a decisão agora fica para a comissão técnica. O Pato teve sua chance na Olimpíada de Pequim, o Ronaldinho também. Agora, decidiremos avaliando aquilo que eles fizeram na seleção. Precisa-se analisar o comprometimento com a seleção, o entusiasmo, a paixão em vestir a camisa do Brasil".[10] Ronaldinho terminou o campeonato italiano de 2009/10 como líder em assistências, com 13 passes para gols.[11] O auxiliar Jorginho declarou que Ronaldinho estava muito mal fisicamente nas olimpíadas: "Fisicamente, uma vez eu treine de lateral direito para completar o treino, o Ronaldinho não conseguia passar por mim [nas olimpíadas], então não dá".[12]

Na véspera da convocação, Adriano Imperador faltou a um treino do Flamengo sem demonstrar justificativa. [13] Em 2020, Dunga confirmou que Adriano Imperador não foi à Copa de 2010 por faltar a treinos do Flamengo.[14] Em entrevista em 2021, Adriano Imperador se mostrou resignado: "Quem deu mole fui eu, eu não estava me comportando bem".[15]

Os nomes de Paulo Henrique Ganso e Neymar, despontando no Campeonato Paulista de Futebol de 2010, ganharam força na imprensa. Na coletiva para anunciar a lista, Cícero Melo afirmou que, se estivesse no lugar de Feola, Dunga não teria levado Pelé para a Copa de 58. O treinador respondeu: “Ele está falando de Pelé. Se você encontrar um Pelé por aí, me traz. Pelé a gente não pode comparar com ninguém”. Milton Neves disse que Dunga entraria para a história como César Luis Menotti, o técnico da Argentina que não levou Maradona para a Copa de 78. Dunga reagiu: “Os caras são bons, mas não vamos enganar ninguém, né Milton? Tem muita coisa encomendada”, sugerindo a existência de interesses comerciais por trás da pressão pela convocação dos jogadores.[16] Em 2022, Dunga relembrou: "Em janeiro, o Neymar era reserva do Santos. Nós temos cem promessas, que o cara tinha que ser o melhor do mundo. Aí tu vai [sic] ver o cara lá, foi campeão do quê? Campeonato regional, internacional? qual? Colômbia. Poucas vezes a culpa foi dele [Ganso] e muito dos outros.". [17] O auxiliar Jorginho disse em 2020: "O Ganso, acho que a gente poderia ter levado, sim. Era mais realidade que o Neymar. O Neymar tinha 17 anos, poderia ser que sim ou não. O Ganso já era mais realidade.".[18]

A lista final acabou mostrando uma seleção forte fisicamente, com altura média de 1,82m, e experiente, com 29,3 anos de média.[19] Foi a seleção brasileira de maior média de idade na história das copas. [3]

Polêmicas com Jorginho[editar | editar código-fonte]

Os parentes dos atletas deveriam ficar no Brasil para evitar que o time "perdesse o foco" no torneio. No entanto, a mulher e os filhos de Jorginho estavam na África do Sul. O fato só foi descoberto mais tarde pelos jogadores, que se sentiram traídos pelo auxiliar técnico. [20][21]

Jorginho se defendeu: "Não proibimos ninguém de levar família para lá. A CBF não tinha condições de dar assistência aos parentes (de todos da delegação) e aconselhou, até pelas notícias de violência vindas de lá, que cada um cuidasse dos seus familiares. Não fui o único a agir assim. O Robinho, o médico José Luiz Runco, o chefe de imprensa Rodrigo Paiva, enfim, vários do grupo levaram parentes e tudo caiu só em mim. Sempre tem de ter um culpado".[22]

Polêmicas com a Rede Globo[editar | editar código-fonte]

Segundo a Folha de São Paulo, ao longo de quatro anos do ciclo da Copa, Dunga "acumulou palavrões contra profissionais da emissora, pediu a cabeça de desafetos no canal e se colocou no papel de censor e crítico de reportagens. (...) O ápice da disputa aconteceu quando pediu a demissão de Mário Jorge Guimarães, um dos principais profissionais da emissora até então na cobertura da seleção. (...) Robinho, em dia de folga, falou com a TV em um shopping e foi obrigado a pedir desculpa ao elenco.".[23]

Segundo o UOL, a TV Globo negociou diretamente com Ricardo Teixeira entrevistas exclusivas com três jogadores da seleção, entre os quais Luis Fabiano. Dunga mandou cancelar as entrevistas exclusivas. Na sala de imprensa, Alex Escobar conversava ao telefone com o apresentador Tadeu Schmidt exatamente sobre este assunto e teria xingado Dunga.[24] O técnico percebeu e rebateu: “Algum problema?” Escobar respondeu: “Nem estou olhando para você, Dunga”. O técnico respondeu em voz baixa, captado pelo microfone à sua frente: “Besta, burro, cagão!” Horas depois do incidente, o “Fantástico” leu uma nota de protesto: “O técnico Dunga não apresenta nas entrevistas comportamento compatível de alguém tão vitorioso no esporte. Com frequência, usa frases grosseiras e irônicas”.[25]

Pelé elogiou a postura de Dunga por ter cortado os privilégios da Globo: “O Dunga mostrou personalidade”.[26]

Dificuldades de Grafite[editar | editar código-fonte]

Surpresa na lista de Dunga foi a convocação de Grafite. O próprio atleta se mostrou surpreso e, em entrevista para o canal Desimpedidos, declarou: "Teria levado o Adriano".[27] Grafite relatou que teve dificuldade em treinar com os jogadores da seleção: "O ambiente na seleção não é fácil. É complicado, né? Nós estávamos na África do Sul e, quando você não está ambientado, é difícil você se ambientar mesmo sendo um jogador experiente. Eu já tinha 31 anos e só tinha fera lá. Kaká, Luís Fabiano, Robinho. Só que eu não consegui me soltar nos treinamentos e desempenhar muito bem".[28]

Dunga respondeu: “Eu levei um outro jogador no lugar dele, que também estava tendo um destaque fantástico na Alemanha, e aí para você ver que, às vezes, o treinador consegue chegar até um ponto, a outro ponto ele não chega, no pensamento das pessoas. Entre o cara estar preparado e ele se sentir preparado, tem muita diferença, muita. E eu levei esse jogador para a Copa do Mundo, e agora, há um mês, vi uma entrevista dele falando: ‘ah, mas o Dunga tinha que ter levado o Adriano e não eu’. Pô, se o treinador te leva para uma Copa do Mundo, você é artilheiro da Alemanha, se você não tem confiança em si, quem vai ter confiança?”.[29]

Campanha[editar | editar código-fonte]

O Brasil iniciou sua jornada na Copa do Mundo de 2010 derrotando a Coreia do Norte por 2 a 1. O Terra analisou: "Brasil encontrou dificuldades principalmente pela postura superdefensiva apresentada pelos norte-coreanos. Os asiáticos complicaram a vida dos brasileiros com uma retranca de oito jogadores, quase sempre atrás da linha da bola. O poder de criação brasileiro também foi limitado pela fraca atuação do meia Kaká. O cérebro do time errou muitos passes". [30]

Na segunda partida, vitória sobre a Costa do Marfim por 3 a 1. Para o UOL, a "a seleção reencontrou o bom futebol, dominando completamente o adversário." em um jogo violento.[31] O árbitro francês, Stephane Lannoy, foi afastado da Copa do Mundo pela Fifa por ter sido condescendente com a violência.[32]

No último jogo da primeira fase, o Brasil empatou com Portugal em 0 a 0. Segundo a ESPN foi "um jogo duro no primeiro tempo, sem graça no segundo." Daniel Alves e Nilmar, substitutos de Elano e Robinho, "participaram bastante, mas sem sucesso.".[33] Paulo Vinícius Coelho analisou que não haviam opções no banco de reservas: "Aos 32min do segundo tempo, o técnico olhou para Jorginho e balançou as mãos, como quem pede que o time troque passes, prenda o rival no campo de defesa. Jorginho abriu os braços em resposta, como quem diz: "Vamos fazer o quê?". Se o time titular pode ganhar a Copa, os reservas dão pânico.".[34]

Nas oitavas de final, o Brasil obteve convincente vitória por 3 a 0 sobre o Chile. Adversário favorito da "Era Dunga", em seis jogos no período, o Brasil marcou 25 gols, média superior a quatro por partida. O estilo de contra-ataques do Brasil encaixava-se com o jogo de Marcelo Bielsa. Tostão: "Tudo o que ocorreu no jogo era o mais esperado. Foi uma repetição das duas vitórias anteriores do Brasil sobre o Chile. O time chileno foi para o ataque, como era previsto, e o Brasil, como também era previsto, em dois belos lances de contra-ataque e em uma jogada pelo alto, de escanteio, definiu a partida. O goleiro do Chile tem apenas 1m83cm, e o outro, menos alto, mede 1m81cm. É uma equipe muito baixa para enfrentar os grandalhões da seleção brasileira. Nessa partida, o Brasil mostrou suas três grandes virtudes: o contra-ataque, a grande qualidade de seus defensores e a jogada aérea".[35]

Nas quartas de final, a seleção enfrentou a Holanda. O Brasil contava com o desfalque na meia-cancha. Elano não havia se recuperado da entrada de Cheick Tioté. O substituto no jogo contra o Chile, Ramires estava suspenso. Dunga improvisou Daniel Alves na meia, em vez de utilizar jogadores da função como Júlio Baptista ou Kléberson.

O Brasil venceu a primeira etapa por um a zero, gol de Robinho em assistência de Felipe Melo. Mas, aos oito minutos da etapa final, Felipe Melo e Júlio César se atrapalharam em cruzamento, e a bola batida por Wesley Sneijder desviou no volante antes de balançar as redes. Aos 22, a virada aconteceu após mais um erro na bola aérea. Em cobrança de escanteio, Dirk Kuyt desviou na primeira trave e Wesley Sneijder, completamente desmarcado, testou para o fundo do gol. Depois disso, a seleção brasileira se perdeu ainda mais e viu Felipe Melo ser expulso após dar pisão em Arjen Robben.

Dunga repetiu Zagallo em 1974, Telê em 1982 e Zagallo em 1998 como técnicos eliminados sem queimar todas as substituições permitidas.

Jorginho revelou que o preparador físico da Seleção, Paulo Paixão, havia previsto que Felipe Melo seria expulso, mesmo sem ainda ter levado o cartão amarelo. “O Felipe Melo estava muito bem no jogo, e eu lembro até hoje que o Paulo Paixão falou: ‘Jorge, estou preocupado com o Felipe, ele está muito nervoso’. Eu falei: ‘espera um pouco, porque acabei de ir falar com o Dunga, e se eu for de novo, a gente conhece, ele vai acabar explodindo. A situação está tranquila’. E nesse momento, o Felipe Melo foi expulso”.[36]Dunga realizou apenas duas substituições no jogo da eliminação. A Folha de S.Paulo escreveu: "Dunga apostou no grupo em que confiava ao convocar a seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2010. Mas a partida de ontem, contra a Holanda, mostrou o quanto era frágil o elenco do Brasil no Mundial sul-africano. A ponto de o treinador não ter nem queimado sua última substituição, mesmo com o time perdendo." [37]

Tostão analisou: "O Brasil fez o melhor primeiro tempo e o pior segundo tempo da Copa. No primeiro, poderia ter feito mais de um gol. No segundo, quando perdia por 2 a 1, foi todo para a frente, e a Holanda teve mais chances de fazer o terceiro que o Brasil de empatar. O Brasil, que, durante os quatro anos sob o comando de Dunga, fez um grande número de gols em jogadas aéreas, levou dois gols nesse tipo de lance. O Brasil, que, durante quatro anos, procurou um lateral-esquerdo, levou dois gols em jogadas que se iniciaram por esse setor".[38]

O The Sun ressaltou que o meia Wesley Sneijder teve o jogo da vida contra o Brasil. A má atuação de Kaká foi lembrada: "O Brasil soprou e bufou, mas muitas de suas estrelas, especialmente Kaká, não conseguiram brilhar". Na Gazzetta dello Sport, da Itália, a seleção brasileira foi apontada por uma única falha: não ter resolvido a fatura no primeiro tempo.[39]

Primeira fase[editar | editar código-fonte]

Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1 Brasil Brasil 7 3 2 1 0 5 2 +3
2 Portugal Portugal 5 3 1 2 0 7 0 +7
3 Costa do Marfim Costa do Marfim 4 3 1 1 1 4 3 +1
4 Coreia do Norte Coreia do Norte 0 3 0 0 3 1 12 –11

Brasil – Coreia do Norte[editar | editar código-fonte]

15 de junho Brasil Brasil 2 – 1 Coreia do Norte Coreia do Norte Ellis Park Stadium, Joanesburgo
20:30
Maicon Gol marcado aos 55 minutos de jogo 55'
Elano Gol marcado aos 72 minutos de jogo 72'
Relatório Ji Yun-Nam Gol marcado aos 89 minutos de jogo 89' Público: 54 331
Árbitro: HungriaHUN Viktor Kassai
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Brasil[40]
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Coreia Norte[40]
G 1 Júlio César
LD 2 Maicon
Z 3 Lúcio Capitão
Z 4 Juan
LE 6 Michel Bastos
V 8 Gilberto Silva
V 7 Elano Substituído após 73 minutos de jogo 73'
V 5 Felipe Melo Substituído após 84 minutos de jogo 84'
M 10 Kaká Substituído após 78 minutos de jogo 78'
A 11 Robinho
A 9 Luís Fabiano
Substituições:
V 18 Ramires Penalizado com cartão amarelo após 88 minutos 88' Entrou em campo após 84 minutos 84'
M 13 Daniel Alves Entrou em campo após 73 minutos 73'
A 21 Nilmar Entrou em campo após 78 minutos 78'
Treinador:
Brasil Dunga
Brasil x Coreia do Norte
G 1 Ri Myong-Guk
LD 2 Cha Jong-Hyok
Z 4 Pak Nam-Chol
Z 13 Pak Chol-Jin
Z 3 Ri Jun-Il
LE 5 Ri Kwang-Chon
V 8 Ji Yun-Nam
V 17 Ahn Young-Hak
M 10 Hong Yong-Jo Capitão
M 11 Mun In-Guk Substituído após 80 minutos de jogo 80'
A 9 Jong Tae-Se
Substituições:
A 6 Kim Kum-Il Entrou em campo após 80 minutos 80'
Treinador:
Coreia do Norte Kim Jong-Hun
Homem da partida

Brasil – Costa do Marfim[editar | editar código-fonte]

20 de junho Brasil Brasil 3 – 1 Costa do Marfim Costa do Marfim Soccer City, Joanesburgo
20:30
Luís Fabiano Gol marcado aos 25 minutos de jogo 25', Gol marcado aos 50 minutos de jogo 50'
Elano Gol marcado aos 62 minutos de jogo 62'
Relatório Drogba Gol marcado aos 79 minutos de jogo 79' Público: 84 455
Árbitro: FrançaFRA Stéphane Lannoy
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Brasil[41]
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
C. do Marfim[41]
G 1 Júlio César
LD 2 Maicon
Z 3 Lúcio Capitão
Z 4 Juan
LE 6 Michel Bastos
V 5 Felipe Melo
V 7 Elano Substituído após 68 minutos de jogo 68'
V 8 Gilberto Silva
M 10 Kaká Penalizado a 85 minutosPenalizado a 88 minutosExpulso a 88 minutos 85', 88'
A 9 Luís Fabiano
A 11 Robinho Substituído após 90+3 minutos de jogo 90+3'
Substituições:
V 18 Ramires Entrou em campo após 90+3 minutos 90+3'
M 13 Daniel Alves Entrou em campo após 68 minutos 68'
Treinador:
Brasil Dunga
Brasil x Costa do Marfim
G 1 Boubacar Barry
LD 20 Guy Demel
Z 4 Kolo Touré
Z 5 Didier Zokora
LE 17 Siaka Tiéné Penalizado com cartão amarelo após 31 minutos 31'
V 9 Ismael Tioté Penalizado com cartão amarelo após 86 minutos 86'
V 19 Yaya Touré
V 21 Emmanuel Eboué Substituído após 72 minutos de jogo 72'
M 8 Salomon Kalou Substituído após 68 minutos de jogo 68'
A 11 Didier Drogba Capitão
A 15 Aruna Dindane Substituído após 54 minutos de jogo 54'
Substituições:
V 13 Romaric Entrou em campo após 72 minutos 72'
M 10 Gervinho Entrou em campo após 54 minutos 54'
M 18 Kader Keïta Penalizado com cartão amarelo após 75 minutos 75' Entrou em campo após 68 minutos 68'
Treinador:
Suécia Sven-Göran Eriksson
Homem da partida

Portugal – Brasil[editar | editar código-fonte]

25 de junho Portugal Portugal 0 – 0 Brasil Brasil Moses Mabhida Stadium, Durban
16:00
Relátorio Público: 62 712
Árbitro: MéxicoMEX Benito Archundia
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Portugal[42]
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Brasil[42]
G 1 Eduardo
LD 21 Ricardo Costa
Z 6 Ricardo Carvalho
Z 2 Bruno Alves
LE 5 Duda Penalizado com cartão amarelo após 25 minutos 25' Substituído após 54 minutos de jogo 54'
V 15 Pepe Penalizado com cartão amarelo após 40 minutos 40' Substituído após 64 minutos de jogo 64'
V 16 Raul Meireles Substituído após 84 minutos de jogo 84'
V 19 Tiago Mendes Penalizado com cartão amarelo após 31 minutos 31'
M 10 Danny
M 23 Fábio Coentrão Penalizado com cartão amarelo após 45 minutos 45'
A 7 Cristiano Ronaldo Capitão
Substituições:
V 8 Pedro Mendes Entrou em campo após 64 minutos 64'
V 14 Miguel Veloso Entrou em campo após 84 minutos 84'
M 11 Simão Entrou em campo após 54 minutos 54'
Treinador:
Portugal Carlos Queiroz
Portugal x Brasil
G 1 Júlio César
LD 2 Maicon
Z 3 Lúcio Capitão
Z 4 Juan Penalizado com cartão amarelo após 25 minutos 25'
LE 6 Michel Bastos
V 5 Felipe Melo Penalizado com cartão amarelo após 43 minutos 43' Substituído após 44 minutos de jogo 44'
V 8 Gilberto Silva
M 13 Daniel Alves
M 19 Júlio Baptista Substituído após 82 minutos de jogo 82'
A 9 Luís Fabiano Penalizado com cartão amarelo após 15 minutos 15' Substituído após 85 minutos de jogo 85'
A 21 Nilmar
Substituições:
V 17 Josué Entrou em campo após 44 minutos 44'
V 18 Ramires Entrou em campo após 82 minutos 82'
A 23 Grafite Entrou em campo após 85 minutos 85'
Treinador:
Brasil Dunga
Homem da partida

Segunda fase[editar | editar código-fonte]

Oitavas de final[editar | editar código-fonte]

Brasil – Chile
28 de junho Brasil Brasil 3 – 0 Chile Chile Ellis Park Stadium, Joanesburgo
20:30
Juan Gol marcado aos 35 minutos de jogo 35'
Luís Fabiano Gol marcado aos 38 minutos de jogo 38'
Robinho Gol marcado aos 59 minutos de jogo 59'
Relatório Público: 54 096
Árbitro: InglaterraENG Howard Webb
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Brasil[43]
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Chile[43]
G 1 Júlio César
LD 2 Maicon
Z 3 Lúcio Capitão
Z 4 Juan
LE 6 Michel Bastos
V 8 Gilberto Silva
V 18 Ramires Penalizado com cartão amarelo após 72 minutos 72'
M 10 Kaká Penalizado com cartão amarelo após 30 minutos 30' Substituído após 81 minutos de jogo 81'
M 13 Daniel Alves
A 9 Luís Fabiano Substituído após 76 minutos de jogo 76'
A 11 Robinho Substituído após 85 minutos de jogo 85'
Substituições:
V 20 Kléberson Entrou em campo após 81 minutos 81'
M 16 Gilberto Entrou em campo após 85 minutos 85'
A 21 Nilmar Entrou em campo após 76 minutos 76'
Treinador:
Brasil Dunga
Brasil x Chile
G 1 Claudio Bravo Capitão
LD 4 Mauricio Isla Substituído após 62 minutos de jogo 62'
Z 5 Pablo Contreras Substituído após 46 minutos de jogo 46'
Z 18 Gonzalo Jara
LE 2 Ismael Fuentes Penalizado com cartão amarelo após 68 minutos 68'
V 6 Carlos Carmona
V 8 Arturo Vidal Penalizado com cartão amarelo após 47 minutos 47'
M 7 Alexis Sánchez
M 11 Mark González Substituído após 46 minutos de jogo 46'
M 15 Jean Beausejour
A 9 Humberto Suazo
Substituições:
V 21 Rodrigo Tello Entrou em campo após 46 minutos 46'
M 10 Jorge Valdivia Entrou em campo após 46 minutos 46'
M 20 Rodrigo Millar Penalizado com cartão amarelo após 80 minutos 80' Entrou em campo após 62 minutos 62'
Treinador:
Argentina Marcelo Bielsa
Homem da partida

Quartas de final[editar | editar código-fonte]

Países Baixos – Brasil
2 de julho Países Baixos Países Baixos 2 – 1 Brasil Brasil Nelson Mandela Bay Stadium, Porto Elizabeth
16:00
Sneijder Gol marcado aos 53 minutos de jogo 53',[44] Gol marcado aos 68 minutos de jogo 68' Relatório Robinho Gol marcado aos 10 minutos de jogo 10' Público: 40 186
Árbitro: JapãoJPN Yuichi Nishimura
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Países Baixos[45]
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Brasil[45]
G 1 Maarten Stekelenburg
LD 2 Gregory van der Wiel Penalizado com cartão amarelo após 47 minutos 47'
Z 3 John Heitinga Penalizado com cartão amarelo após 14 minutos 14'
Z 13 André Ooijer Penalizado com cartão amarelo após 76 minutos 76'
LE 5 G. van Bronckhorst Capitão
V 6 Mark van Bommel
V 8 Nigel de Jong Penalizado com cartão amarelo após 64 minutos 64'
M 7 Dirk Kuyt
M 10 Wesley Sneijder
M 11 Arjen Robben
A 9 Robin van Persie Substituído após 85 minutos de jogo 85'
Substituições:
A 21 Klaas-Jan Huntelaar Entrou em campo após 85 minutos 85'
Treinador:
Países Baixos Bert van Marwijk
Países Baixos x Brasil
G 1 Júlio César
LD 2 Maicon
Z 3 Lúcio Capitão
Z 4 Juan
LE 6 Michel Bastos Penalizado com cartão amarelo após 37 minutos 37' Substituído após 62 minutos de jogo 62'
V 5 Felipe Melo Expulso a 73 minutos 73'
V 8 Gilberto Silva
M 10 Kaká
M 13 Daniel Alves
A 9 Luís Fabiano Substituído após 77 minutos de jogo 77'
A 11 Robinho
Substituições:
LE 16 Gilberto Entrou em campo após 62 minutos 62'
A 21 Nilmar Entrou em campo após 77 minutos 77'
Treinador:
Brasil Dunga
Homem da partida

Artilharia[46][editar | editar código-fonte]