Burzum

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Burzum
Varg Vikernes é único integrante da Banda.
Informação geral
Origem Bergen
País Noruega
Gênero(s)
Período em atividade 1991 - 2000, 2009 - 2020
Gravadora(s) Byelobog Productions Deathlike Silence Productions
Integrantes Varg Vikernes
Ex-integrantes Samoth
Euronymous
Erik Lancelot
Página oficial http://www.burzum.org/

Burzum foi um projeto musical de black metal do músico Varg Vikernes[1] (ou Count Grishnackh), no qual ele toca todos os instrumentos. Apenas o EP Aske, de 1993, que Vikernes contou com a ajuda de Samoth, integrante da banda Emperor, no baixo.

Varg Vikernes, o criador e único integrante da banda, começou a compor músicas em 1988, mas elas não foram gravadas até 1991, quando ele começou a gravar os primeiros demos sob o nome de Burzum. Já em 1992, foi lançado pela gravadora Deathlike Silence, de Euronymous (líder da banda Mayhem), o primeiro álbum homônimo do Burzum.

O nome da banda, assim como o nome "Grishnackh", foram tirados do livro de aventura fantástica "O Senhor dos Anéis", de J.R.R. Tolkien. "Burzum" é uma das palavras que estão escritas em Língua Negra na sentença: "Ash Nazg Durbatuluk Agh Burzum Ishi Krimpatul" (Um anel para atrair todos eles e uni-los através da escuridão). Burzum significa "escuridão".

História[editar | editar código-fonte]

O logo do Burzum usado em 1991

Inicialmente a banda Burzum se intitulava Uruk-Hai e contava com alguns amigos de Varg Vikernes. O projeto com os amigos foi abandonado pois Varg assumiria a guitarra na banda de black metal Old Funeral. Vikernes voltou com o Uruk-Hai mas, segundo ele, "era um novo começo, então eu precisava de um novo nome", então foi renomeado para Burzum. Surgiu como black metal,[2] mesmo Varg negando ser satanista, apresentava ideias anticristãs e publicamente racistas (Vikernes repudia publicamente as religiões judaico-cristãs) e pagãs.[3] O Paganismo vinha relacionado diretamente às raízes culturais nórdicas em geral, como a mitologia e sua história. Porém a distância causada por esse dualismo ideológico foi aumentando a cada álbum lançado, e a partir de seus últimos álbuns, intitulados "Daudi Baldrs" (1997) e "Hlidskjalf" (1999), o Burzum deixava de fazer parte do black metal, tanto na temática abordada quanto musicalmente, pois substituía todos os antigos instrumentos por apenas um teclado e fazendo um estilo de música denominado Ambient - sendo o Dead Can Dance uma de suas inspirações para isto. Logo, houve um distanciamento de instrumentos como a guitarra elétrica por "motivos de segurança".

O logo do Burzum usado entre 1992 e 1994

Vikernes afirmava não se interessava por Satanismo ou por outras "criações cristãs", e sim pelos deuses nórdicos e pela "redescoberta da verdadeira raça norueguesa e sua cultura". Assim, o criador do Burzum abandonou a temática anticristã e se auto-afirmava ser um viking, defendendo ideias que engrandeciam a própria raça nórdica. Seu orgulho e adoração pela cultura nórdica eram tantos que foi inevitável sua aproximação com o nazismo, embora negue sua posição em alguns momentos[4] e em outras se assuma como nazista declarado[5].

O logo do Burzum usado entre 1994 e 2009

Em 1993, Vikernes matou a facadas Øystein Aarseth, ou Euronymous,[6] seu colega e integrante da banda Mayhem alegando que Aarseth vinha conspirando para torturá-lo até a morte e que gravaria um vídeo do evento , usando uma suposta reunião sobre um contrato assinado como pretexto . Na noite do encontro Vikernes afirma ter sido surpreendido pelo inicial ataque de Aarseth ,declarando que agiu em legítima defesa e que a maioria dos ferimentos de Aarseth foram em razão de uma queda durante a luta entre eles. Apesar de suas afirmações , Vikernes acabou preso e condenado a 21 anos de prisão por homicídio e incêndios criminosos.

O logo do Burzum usado no álbum Belus de 2010

Em 1999, Varg confirma o fim do seu projeto, e o Burzum acaba. No dia 22 de maio de 2009 (dez anos depois ter confirmado o fim do Burzum), Varg Vikernes deixa a prisão e começa a gravar um novo álbum. Inicialmente o nome deste álbum seria "Den Hvite Guden", porém Varg preferiu mudar o título para Belus. O Burzum renasce em 8 de março de 2010 com o esperado álbum Belus, depois de 11 anos, com a sonoridade parecida com Hvis Lyset Tar Oss e Filosofem. O álbum não apresenta conteúdo religioso ou de anti-religião.

Em 2013, Varg Vikernes anunciou em seu Blog pessoal que estava se aposentando oficialmente do Metal. E em alguns trechos explica os motivos para essa escolha:

[carece de fontes?]

Em junho 2018, Varg postou, em seu canal do YouTube, um vídeo anunciando o fim do projeto.[7]

Apresentações[editar | editar código-fonte]

Varg Vikernes afirma que nunca tocou ao vivo no projeto Burzum. Segundo ele, sua única motivação para fazer um show seria o dinheiro e esse não seria um bom motivo para tocar ao vivo. Além de não gostar de ir à shows nem de se apresentar, Vikernes não acredita que a música do Burzum se adéque em um show ao vivo. [8]

Sonoridade[editar | editar código-fonte]

Por diversas vezes, Burzum tem o seu estilo tido como black metal. Varg também destaca-se pela composição de músicas ambientes, daí outro título dado a sua música, "ambient black metal",[9] que sugerem escuridão, isolamento, introspecção, notando-se influências surrealistas em sua música, ao tentar comunicar-se com o íntimo de cada um, por extensão, com o subconsciente.

Tal variedade de classificações dadas a sua música é o reflexo da extrema complexidade a que alcançou. Vikernes também possui em suas músicas caráter minimalista que, de modo geral vai se acentuando no decorrer dos álbuns e atinge seu ponto alto nos dois últimos : "Dauði Baldrs" e "Hliðskjálf".

Integrantes[editar | editar código-fonte]

  • Varg Vikernes – vocal, composições, guitarras, baixo, teclado, bateria, sintetizador (1991–presente)
Participações

Discografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «BURZUM & Varg Vikernes». metalkings.com. Consultado em 30 de Abril de 2013 
  2. Tyler Crooks. «E-mail interview with Varg Vikernes from BURZUM». February 23rd Los Angeles CA. metalassault.com. Consultado em 30 de Abril de 2013 
  3. Dickson, E. J.; Dickson, E. J. (11 de abril de 2019). «Did a Norwegian Black Metal Band Inspire the Louisiana Church Burnings?». Rolling Stone (em inglês). Consultado em 22 de maio de 2022 
  4. «Varg Vikernes: "Sou muito mais assustador na vida real..."». whiplash.net. Consultado em 22 de maio de 2022 
  5. Brown, Eric (16 de julho de 2013). «Is Varg Vikernes A Terrorist? A Brief History Of The Burzum Frontman's Neo-Nazi, Pagan Views». International Business Times. Consultado em 22 de maio de 2022 
  6. «odfather of a thriving "dead" genre: Interview with Varg Vikernes». www.unlisten.net. Consultado em 30 de Abril de 2013 
  7. Vikernes, Varg (1 de junho de 2018). «Burzum Debut Album DSP version first print (G. R. E. E. D.)». YouTube. Consultado em 2 de junho de 2018 
  8. «Interview with Varg Vikernes (February 2010)». www.burzum.org 
  9. «Burzum biography/discography». www.anus.com. Consultado em 30 de Abril de 2013 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]