Cândido Vaccarezza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cândido Vaccarezza
Cândido Vaccarezza
Cândido Vaccarezza em 2010
Deputado Federal por São Paulo
Período 1º de fevereiro de 2007
até 31 de janeiro de 2015
Deputado Estadual de São Paulo
Período 15 de março de 2003
até 14 de março de 2007
Dados pessoais
Nome completo Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza
Nascimento 26 de setembro de 1955 (68 anos)
Senhor do Bonfim, BA
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Federal da Bahia
Partido PT (1981-2016)
Avante (2016-presente)
Profissão Médico

Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza (Senhor do Bonfim, 26 de setembro de 1955) é um médico e político brasileiro, filiado ao Avante.[1] [2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Médico ginecologista formado pela Universidade Federal da Bahia, passou a residir em São Paulo. Foi membro do Partido dos Trabalhadores (PT) de 1981 até 2016 e concorreu ao cargo de deputado estadual do Estado de São Paulo em 1998, obtendo a suplência.

Elegeu-se ao mesmo cargo em 2002. Em 2006 foi eleito deputado federal. Tornou-se líder do partido em fevereiro de 2009[3] e em janeiro de 2010 líder do governo Lula na Câmara dos Deputados. Já no Governo Dilma Rousseff permaneceu no cargo até março de 2012.[4]

Em 2014, não conseguiu se reeleger para a Câmara e atribuiu sua derrota ao PT.[2] Em 2016, se filiou ao PTdoB após sair do PT em agosto do mesmo ano.[2]

Em 2017, foi preso em São Paulo, durante a 43ª e 44ª fase da Operação Lava Jato.[5] Em agosto do mesmo ano, se afastou da presidência estadual do Avante para se dedicar a sua defesa na Lava Jato.[6]

Operação Lava Jato[editar | editar código-fonte]

Indiciado pela PF[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Operação Lava Jato

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-líder do PT e do governo na Câmara dos Deputados durante o governo Lula e o primeiro mandato de Dilma, Cândido Vaccarezza, e os deputados Vander Loubet (PT-MS) e Nelson Meurer (PP-PR) na Operação Lava Jato, por recebimento de propina oriunda de contratos da Petrobras.[7]

De acordo com o documento, Vaccarezza teria recebido em seu apartamento, em São Paulo, valores do doleiro Alberto Youssef, a mando do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para a sua campanha à Câmara de 2010.[7]

Acusado por delatores[editar | editar código-fonte]

Em depoimentos o delator Nestor Cerveró disse aos investigadores da força-tarefa do Ministério Público Federal que políticos participaram, em uma reunião no ano de 2010, de um "acerto geral" para a partilha de propina na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras e um dos braços de distribuição de dinheiro sujo a agentes públicos e políticos. De acordo com Cerveró, entre os beneficiários do esquema, um deles seria Cândido Vaccarezza.[8]

Prisão[editar | editar código-fonte]

Em 18 de agosto de 2017, a Polícia Federal deflagou simultaneamente as 43ª e 44ª fases da Operação Lava Jato, respectivamente, Operação Sem Fronteiras e Operação Abate. O ex-deputado teve a ordem de prisão temporária determinada pela Operação Abate e foi conduzido para a carceragem da PF logo nas primeiras horas da manhã, encontrado em sua residência na cidade de São Paulo.[5][9]

Referências

  1. Juliana Cipriani. «PTdoB muda de nome para 'estreitar laços' com povo». Estado de Minas. Consultado em 23 de agosto de 2017 
  2. a b c «PT sofre ataques do ex-líder, agora no comando do PTdoB». CorreiodoBrasil. 26 de dezembro de 2016. Consultado em 21 de janeiro de 2017 
  3. Agência Brasil, 2009[ligação inativa]
  4. Leo Saballa Jr. (13 de março de 2012). «Cândido Vaccarezza deixa o cargo de líder do governo na Câmara». Zero Hora. Consultado em 21 de janeiro de 2017 
  5. a b «Vaccarezza é preso em nova fase da Operação Lava Jato em São Paulo». G1. 18 de agosto de 2017. Consultado em 18 de agosto de 2017 
  6. Julia Affonso e Luiz Vassalo. «Vaccarezza pede afastamento do Avante». Estadão. Consultado em 23 de agosto de 2017 
  7. a b «PF indicia Cândido Vaccarezza, ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara Federal, por propinas na Lava Jato». Jornal Grande Bahia. 4 de setembro de 2015. Consultado em 14 de outubro de 2015 [ligação inativa]
  8. Laryssa Borges (12 de janeiro de 2016). «Ex-diretor da BR arrecadava propina para deputados, senadores e secretário de Haddad, diz Cerveró». VEJA. Consultado em 12 de janeiro de 2016 [ligação inativa]
  9. «O Antagonista - O ABATE DO BOVINO RELIGIOSO» 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]