Transamérica Juiz de Fora
Transamérica Juiz de Fora | |
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Solar Comunicações S/A | |
País | Brasil |
Frequência(s) | FM 91.3 MHz Antigas frequências: AM 1010 kHz (1926–2019) |
Canais | 217 |
Sede | Juiz de Fora, MG |
Fundação | 1 de janeiro de 1926 (98 anos) |
Fundador | José Cardoso Sobrinho |
Pertence a | Rede Tribuna de Comunicação |
Proprietário(s) | Juracy Neves |
Antigo(s) proprietário(s) | José Cardoso Sobrinho (1926–1947) Diários Associados (1947–1980) |
Formato | Comercial |
Gênero | Entretenimento e jornalismo |
Idioma | Português |
Prefixo | ZYN 329 |
Prefixo(s) anterior(es) | PRA J PRB 3 ZYL 264 |
Nome(s) anterior(es) | Rádio Sociedade de Juiz de Fora (1926-1937) Rádio PRB-3 (1937–1951) Super B-3 (1951–1980) Rádio Solar (1980–2015) CBN Juiz de Fora (2015–2021) |
Emissoras irmãs | Mix FM Juiz de Fora |
Cobertura | Juiz de Fora e cidades da Zona da Mata Mineira |
Coord. do transmissor | 21° 45′ 50,5″ S, 43° 21′ 28,9″ O |
Dados técnicos | Potência ERP: 1.3 kW Classe: A4 |
Informação de licença | CDB |
Webcast | Ouça ao vivo |
Transamérica Juiz de Fora é uma emissora de rádio brasileira sediada em Juiz de Fora, cidade do estado de Minas Gerais. Opera na frequência FM 91.3 MHz, e é afiliada à Rede Transamérica. Pertence a Rede Tribuna de Comunicação, que controla também a Mix FM Juiz de Fora e o jornal Tribuna de Minas. A emissora funciona desde 1926, inaugurada como Rádio Sociedade de Juiz de Fora e operando por décadas na frequência AM 1010 kHz, a primeira instalada em Juiz de Fora e no estado de Minas Gerais.
História
[editar | editar código-fonte]Primeira emissora de rádio instalada em Juiz de Fora e no estado de Minas Gerais, a Rádio Sociedade de Juiz de Fora foi instalada em 1.º de janeiro de 1926 pelo jornalista José Cardoso Sobrinho.[1] As primeiras transmissões da emissora foram na casa de Cardoso Sobrinho, na Rua Marechal Deodoro, construída com recursos próprios. Também instalou um alto falante no alto do edifício O Farol.[2][3] Com o aumento das despesas, Cardoso Sobrinho convidou um grupo de amigos para organizar uma sociedade que se encarregasse de manter a emissora. A união de 28 sócios aprovou o estatuto da rádio no dia 30 de setembro de 1929. Voltada para alta sociedade, sua transmissão era restrita e por duas décadas era a única emissora em funcionamento na cidade.[4] Apesar do caráter sem fins lucrativos, a emissora precisou tornar-se comercial quatro anos depois.[3][5]
Em 1930, a rádio foi usada pelo Governo Federal para a comunicação militar devido a falta de material para esse fim. A Rádio Sociedade também chegou a fornecer peças para o exército. Por conta de dificuldades financeiras, o Estado acabou também por se tornar grande acionista da emissora.[5] Em 1937, a rádio passou a ser constituída como Sociedade Anônima, adotando o prefixo PRB-3. Já nessa época, reservava duas faixas horárias para transmissão e sua programação era composta por músicas clássicas e notícias retiradas dos jornais.[2]
Em novembro de 1946, um advogado de Belo Horizonte comprou a PRB-3.[5] Em 1947, o advogado repassa a emissora ao Assis Chateaubriand, que passa a fazer parte dos Diários Associados.[1] Em 1951, visando a concorrência com a Rádio Industrial (lançada em 1949), a PRB-3 passou por uma grande transformação e adquiriu novos equipamentos e novas instalações, inaugurando no ano seguinte seu auditório e lançando seu novo nome (Super B-3, ou simplesmente B-3).[2] Ganhou destaque na "Fase de Ouro" as radionovelas, as transmissões dos desfiles e bailes de carnaval, as comemorações de aniversário da cidade, as coberturas eleitorais e a Semana Santa.[1][2]
No fim da década de 1950, o rádio entra em crise com o sucesso da televisão. Com isso, passa a investir em música e informação, com a B-3 lançando o Ronda Policial, noticiário que virou tradição na cidade.[6] Em 1980, já em fase decadente, o médico Juracy de Azevedo Neves compra a Super B-3, que passa a se chamar Rádio Solar.[5] Em 1988, Juracy Neves consegue a outorga da co-irmã Solar FM.[1][7] Em 2008, a Rádio Solar retira todos os programas do ar por motivação financeira e sua programação passa a ser toda musical, com músicas sertanejas.[2]
Em julho de 2012, a Rádio Solar é reestruturada e lança nova programação. Com coordenação artística do radialista Gil Horta, a rádio trouxe profissionais conhecidos como Paulo César Magella, Carlos Ganimi, Ley Costa, Marcelo Juliani e Cláudia Figueiredo e programas tradicionais de volta ao ar, como Ronda Policial e Rádio Vivo. A rádio também trouxe de volta a Unidade Móvel de Jornalismo, sob comando do repórter Maurício Oliveira.[1] Também voltam as transmissões esportivas, suspensas em 1999, agora sob o comando do locutor esportivo Marcos Moreno.
No fim de 2014, o Grupo Solar assina contrato de afiliação com o Sistema Globo de Rádio para lançar a CBN no lugar da Rádio Solar.[8] A CBN Juiz de Fora entrou no ar no dia 12 de janeiro de 2015, em novas instalações sediadas no bairro Estrela Sul.[9] Da Rádio Solar, apenas os programas Super Bate Bola e o Ronda Policial se mantiveram na fase CBN.[10][11]
Com a migração AM-FM, a Anatel libera a autorização para a emissora operar em FM 91.3. No final de outubro de 2019, a emissora começa os testes em sua nova frequência, a estreia aconteceu em 13 de novembro e no início da madrugada desligam-se os transmissores da AM 1010.
Em abril de 2021, foi confirmado que a emissora se afiliaria à Rede Transamérica deixando a CBN após 6 anos de afiliação.[12][13] Em 14 de maio, a 91.3 FM deixou de retransmitir a CBN e passou a fazer expectativa para a sua nova rede, a estreia aconteceu no dia 17.[14]
Referências
- ↑ a b c d e Júlia Pessôa (15 de julho de 2012). «Vozes de Juiz de Fora». Tribuna de Minas. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ a b c d e Souza, Ulisses Lucas de (2014). «A MUDANÇA DE RITMO: Solar FM agora é tudo que toca você» (PDF). Universidade Federal de Juiz de Fora. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ a b Umbelino, Tâmara Lis Reis (2002). «RÁDIO VIVO – A SERVIÇO DE QUÊ? A SERVIÇO DE QUEM?» (PDF). Universidade Federal de Juiz de Fora. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ «Juiz de Fora 150 anos em um minuto: A Velha AM». ACESSA.com. 8 de junho de 2000. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ a b c d «Juiz de Fora 150 anos em um minuto: Rádio PRB-3». ACESSA.com. 24 de maio de 2000. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ Júlia Pessôa (12 de maio de 2013). «Amplitude além das modulações». Tribuna de Minas. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ «Juiz de Fora 150 anos em um minuto: Juracy de Azevedo Neves». ACESSA.com. 27 de junho de 2000. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ Carlos Massaro (5 de janeiro de 2015). «Exclusivo: CBN estreia no dial AM de Juiz de Fora no próximo dia 12». Tudo Rádio. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ Daniel Starck (12 de janeiro de 2015). «Extra: Estreia em Juiz de Fora amplia abrangência nacional da CBN». Tudo Rádio. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ Romualdo, Natália Aparecida (2016). «A UTILIDADE PÚBLICA ASSOCIADA À CREDIBILIDADE NO PROGRAMA RONDA POLICIAL» (PDF). Universidade Federal de Juiz de Fora. Consultado em 31 de dezembro de 2018
- ↑ «Notícia 24 horas no ar». Tribuna de Minas. 11 de janeiro de 2015. Consultado em 3 de fevereiro de 2019
- ↑ Starck, Daniel. «Em expansão, Transamérica confirma afiliada em Juiz de Fora (MG) e anuncia nova data de estreia em Maringá (PR)». Tudo Rádio. Consultado em 15 de maio de 2021
- ↑ «Em expansão, Transamérica confirma afiliada em Juiz de Fora (MG) e anuncia nova data de estreia em Maringá (PR)». Conteúdo Radiofônico. 21 de abril de 2021. Consultado em 15 de maio de 2021
- ↑ «Transamérica estreia na 91,3 FM em parceria com Rede Tribuna de Comunicação». Tribuna de Minas. 16 de maio de 2021. Consultado em 17 de maio de 2021