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Caio Sêxtio Calvino (cônsul em 124 a.C.)

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Caio Sêxtio Calvino
Cônsul da República Romana
Caio Sêxtio Calvino (cônsul em 124 a.C.)
Imagem da fundação de Águas Sêxtias (Aix-en-Provence)
Consulado 124 a.C.

Caio Sêxtio Calvino (em latim: Caius Sextius Calvinus) foi um político da gente Sêxtia da República Romana eleito cônsul em 124 a.C. com Caio Cássio Longino.

Consulado (124 a.C.)

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Ara Calvini no Museu Palatino.

Foi eleito cônsul em 124 a.C. com Caio Cássio Longino. Durante seu mandato, Calvino juntou-se a Marco Fúlvio Flaco, cônsul do ano anterior e com poderes proconsulares, na guerra contra os lígures, salúvios e vocôncios na Gália Transalpina e no Languedoc. Derrotou os salúvios, capturou e destruiu o ópido de Entremont, escravizando a população. Ali, ele fundou uma guarnição (castellum).[1] Ele continuou na região até 122 a.C..[2]

Ele teve também um papel importante nas operações militares que levaram à anexação da Gália Transalpina, concluída por Cneu Domício Enobarbo e Quinto Fábio Máximo Alobrógico em 120 a.C., como província romana. Ele e Flaco dispuseram suas legiões entre o Ródano e o rio Var, criando uma linha de comunicação de uma milha de largura ligando o território do aliado romano de longa data, Massília, até a Gália Cisalpina, já uma província romana.[3] Ele recebeu um triunfo romano por suas vitórias sobre as nações gaulesas em 122 a.C..

Sêxtio é conhecido principalmente por ter emprestado seu nome a Águas Sêxtias, as "Termas de Sêxtio", uma estância de fontes termais, a origem da moderna Aix-en-Provence.

Por volta de 92 a.C., um Caio Sêxtio Calvino, de ordem pretoriana, restaurou um altar dedicado a "sei deo sei divae" ("a qualquer deus ou deusa").[4]

Embora geralmente considerado como sendo filho do cônsul em 124 a.C,[5] apesar de E. Badian defender que Sêxtio, o pai, teria sido o responsável pela inscrição, argumentando que o jovem Sêxtio jamais teria sido pretor.[6][7] Cícero fala de um filho[8] que teria sido um competente orador, mas que padecia de uma saúde ruim.

Este pequeno altar foi encontrado perto de Sant'Anastasia al Palatino, na região ocidental do monte Palatino em 1829. Feito de travertino, este altar tem o formato de uma ampulheta, que tornou-se popular em Roma na época da Segunda Guerra Púnica. Chamado de Ara Calvini ("Altar de Calvino"), chamado também de Ara Dei Ignoti ("Altar do Deus Desconhecido"), está hoje nas coleções do Antiquarium del Palatino, um dos Museus Palatinos.[9]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Marco Fúlvio Flaco

com Marco Pláucio Hipseu

Caio Cássio Longino
124 a.C.

com Caio Sêxtio Calvino

Sucedido por:
Tito Quíncio Flaminino

com Quinto Cecílio Metelo Baleárico


Referências

  1. H.H. Scullard, From the Gracchi to Nero: A History of Rome from 133 B.C. to A.D. 68 (Routledge, 1988, 5th ed.), p. 40 online.
  2. Broughton, pp. 511, 512 (nota 1), 515.
  3. Andrew Lintott, "The Roman Empire and Its Problems in the Late Second Century," in The Cambridge Ancient History (Cambridge University Press, 1994, 2nd rev. ed.), p. 24 online.
  4. Lawrence Richardson, A New Topographical Dictionary of Ancient Rome (Johns Hopkins University Press, 1992), p. 20 online. Ver também Samuel Ball Platner, The Topography and Monuments of Ancient Rome (Allyn and Bacon, 1904, 2nd ed.), p. 138 online for transcription.
  5. Andrew Lintott, Cicero as Evidence: A Historian's Companion (Oxford University Press, 2008), p. 50, nota 25 online; Mary Beard, John A. North, Simon Price, Religions of Rome (Cambridge University Press, 1998), vol. 1 p. 30 online. Veja o mapa online de Lanciani's classic topographical work.
  6. E. Badian, revisão de A. Degrassi, CIL. Auctarium. Inscriptiones Latinae Liberae Rei Publicae: Imagines, in Journal of Roman Studies 58 (1968), p. 244.
  7. Reiterado por T. Corey Brennan, The Praetorship in the Romn Republic (Oxford University Press, 2000), vol. 1, p. 298, note 212, and vol. 2, p. 902, nota 156.
  8. Cícero, Brutus 130; De Oratore 2.246 e 249
  9. Richardson, A New Topographical Dictionary, pp. 20–21.