Saltar para o conteúdo

Callicebus melanochir

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Callicebus melanochir[1]
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Subordem: Haplorhini
Infraordem: Simiiformes
Família: Pitheciidae
Gênero: Callicebus
Espécies:
C. melanochir
Nome binomial
Callicebus melanochir
(Wied-Neuwied, 1820)

Callicebus melanochir,[3][4] também genericamente referido como guigó,[5] japuçá, saá, uaiapuçá, uapuçá, iapuçá, sauá, boca-d'água, zogó, zogue-zogue, sauá[6] e calicebo,[7] é uma espécie de Macaco do Novo Mundo da família dos piteciídeos (Pitheciidae) e subfamília dos calicebíneos (Callicebinae).[1] Ocorre na Mata Atlântica do Brasil, ao norte do rio Mucuri e sul do rio Paraguaçu, nas proximidades da foz do rio Jequitinhonha. É encontrado nos estados do Espírito Santo e Bahia. É restrito às floresta do litoral, não ocorrendo em florestas secas do interior da Bahia e no Espírito Santo, em que tem sua ocorrência substituída por Guigó-mascarado (Callicebus personatus). Possui coloração escura, tendo quase todo o corpo cinzento ou marrom, possuindo a face de cor negra, mas não com limites tão bem definidos como em guigó-mascarado e Callicebus nigrifrons.[8]

Guigó foi construído a partir de uma onomatopeia,[9] enquanto sauá advém do tupi-guarani sawá[6] ou sa'gwa, que por sua vez está ligado a sagwa'su, que significa literalmente "macaco grande".[10] A forma tupi-guarani ainda gerou as demais variantes iapuçá, japuçá, uaiapuçá, uapuçá.[11] Zogó e zogue-zogue têm origem obscura.[12]

Referências

  1. a b Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. 144 páginas. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. Printes, R.C.; Jerusalinsky, L.; de Melo, F.R.; Mittermeier, R.A. (2020). «Callicebus melanochir». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2020: e.T39930A17975106. doi:10.2305/IUCN.UK.2020-3.RLTS.T39930A17975106.enAcessível livremente. Consultado em 19 de novembro de 2021 
  3. «Mamíferos - Callicebus melanochir - Guigó - Avaliação do Risco de Extinção de Callicebus melanochir (Wied-Neuwied, 1820) no Brasil». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 17 de julho de 2021 
  4. Costa-Araújo, Rodrigo; Luis Regolin, André; Martello, Felipe; Pedro Souza-Alves, João; Hrbek, Tomas; Cezar Ribeiro, Milton (26 de abril de 2021). «Occurrence and conservation of the Vulnerable titi monkey Callicebus melanochir in fragmented landscapes of the Atlantic Forest hotspot». Oryx (em inglês): 1–8. ISSN 0030-6053. doi:10.1017/S0030605319001522. Consultado em 6 de agosto de 2021 
  5. «Macaco-guigó». Fauna. 30 de janeiro de 2015 
  6. a b «Sauá». Michaelis. Consultado em 16 de julho de 2021 
  7. «Calicebo». Michaelis. Consultado em 17 de julho de 2021 
  8. van Roosmalen, M.G.M.; van Roosmalen, T.; Mittermeier, R. (2002). «A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903, with the description of two new species, Callicebus bernhardi and Callicebus stephennashi, from Brazilian Amazonia» (PDF). Neotropical Primates. 10 (Suppl.): 1-52 
  9. «Guigó». Michaelis. Consultado em 16 de julho de 2021 
  10. Houaiss, verbete sauá
  11. Houaiss, verbete Iapuçá
  12. Houaiss, verbete Zogó e zogue-zogue
O Wikispecies tem informações relacionadas a Callicebus melanochir.
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Callicebus melanochir