Cambuci (distrito de São Paulo)

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 Nota: Se procura o bairro de mesmo nome, veja Cambuci (bairro de São Paulo).
Cambuci
Cambuci (distrito de São Paulo)
Área 3,9 km²
População (89°) 36.948[1] hab. (2010)
Densidade 76,44 hab/ha
Renda média R$ 1.604,97
IDH 0,903 - muito elevado (24°)
Subprefeitura
Região Administrativa Centro
Área Geográfica Centro expandido
Distritos de São Paulo

Cambuci é um distrito situado na região central do município de São Paulo. O censo de 2000 acusou uma população de 28.717 habitantes para o distrito. Trata-se de um distrito predominantemente residencial da capital, com alguns pontos de forte concentração comercial e de serviços, especialmente nos arredores do Largo do Cambuci, Ruas do Lavapés, Rua Clímaco Barbosa, Rua da Independência, e na Avenida Lins de Vasconcelos.

Esse distrito (e também o bairro principal) tem esse nome devido à fruta homônima, um componente da Mata Atlântica, cobertura vegetal original da região.

O distrito é atendido pela Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo (Estação Juventus-Mooca) e pelo Expresso Tiradentes da SPTrans.

Formação[editar | editar código-fonte]

O distrito de formação antiga, o Cambuci foi entrada do município de São Paulo para quem subia a serra e passava pelo Córrego do Lavapés, que tem este nome justamente por ser, na época, onde se lavava os pés e se descansava por algum tempo, dando comida e água aos animais de carga, antes de entrar na área urbana. A partir de 1850, formou-se um pequeno núcleo de chácaras e algum comércio em torno da trilha, culminando com a construção da capela de Nossa Senhora de Lourdes em 1870, réplica da original francesa, hoje pegada à atual Igreja da Glória.[2] Nos anos 1880, a cidade passava por uma fase de intenso crescimento e novas ruas ligavam os bairros da Liberdade, Glória ao Cambuci, como a Rua Luís Gama, que, inaugurada em 1882, ligava a Mooca ao Cambuci.[3]

Nas primeiras décadas do século XX, o Cambuci serviu de moradia aos imigrantes, especialmente italianos, que trabalhavam como operários nas fábricas da região, e foi um dos berços do anarquismo e das greves. Na Revolta Paulista de 1924, a igreja foi ocupada pelas forças rebeldes, lideradas pelo general Isidoro Dias Lopes, que tentavam derrubar o presidente Arthur Bernardes. A igreja foi ponto estratégico por situar-se num lugar alto, de onde era possível ver o movimento das tropas na cidade. O Cambuci foi um dos bairros mais afetados pelos combates: as forças legalistas destruíram a torre de ardósia, avariaram o altar e deixaram perfurações nas paredes.[4].

Atualmente, é um distrito predominantemente de classe média, com predominância de áreas residenciais.

O distrito se tornou foco das incorporadoras e construtoras no boom imobiliário paulista, por ser próximo ao centro e ainda apresentar um custo de terreno viável, possibilitando diversos lançamentos de apartamento de classe média de 50 a 150 metros quadrados.

Limites[editar | editar código-fonte]

  • Norte: Rua Antônio de Sá, Avenida do Estado e Rua da Mooca
  • Leste: Linha 10 do Trem Metropolitano de São Paulo, Viaduto São Carlos, Rua Presidente Batista Pereira e Avenida do Estado
  • Sul: Rua Almirante Pestana, Rua Leandro de Carvalho, Rua Ari Cajado, Rua Engenheiro Prudente, Rua Gaspar Fernandes, Rua Basílio da Cunha e Rua Coronel Diogo
  • Oeste: Avenida Lacerda Franco, Rua Alves Ribeiro, Rua Miguel Teles Júnior, Rua Francisco Justino Azevedo, Rua do Lavapés, Rua Teixeira Mendes, Rua Otto de Alencar, Praça Nina Rodrigues e Avenida Prefeito Passos

Distritos limítrofes[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «População Recenseada, Taxas de Crescimento Populacional e Densidade Demográfica» (XLS). Prefeitura.sp.gov.br 
  2. Saopaulominhacidade.com.br http://www.saopaulominhacidade.com.br/bairros_cambuci.asp. Consultado em 28 de setembro de 2011  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. «Conforme». Arquiamigos.org.br. Consultado em 28 de setembro de 2011 
  4. A Igreja Nossa Senhora da Glória foi tombada em 9 de dezembro de 2008 pela Prefeitura de São Paulo - a decisão foi publicada no Diário Oficial em 6 de janeiro de 2009
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