Capitania Real

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Nesse mapa de 1574 a Capitania da Baía de Todos os Santos já aparece como "Capitania de Sua Majestade".

Capitania Real foi um tipo de unidade territorial da administração colonial portuguesa.

História[editar | editar código-fonte]

Ao contrário das Capitanias Hereditárias, as Capitanias Reais eram governadas por um governador nomeado diretamente pela Coroa. A primeira Capitania Real do Brasil foi a Capitania da Baía de Todos os Santos, que a Coroa Portuguesa comprou dos herdeiros do donatário Francisco Pereira Coutinho em 1548. Seguida pela Capitania Real do Rio de Janeiro fundada em 1567.[1]

Com o passar do tempo todas as demais Capitanias Hereditárias foram sendo compradas pela Coroa Portuguesa e transformadas em Capitanias Reais.

As últimas capitanias hereditárias a passar para o domínio direto da coroa foram a Capitania de Ilhéus (1754) e a de Porto Seguro (1761) que foram incorporadas a Capitania Real da Bahia, e a Capitania de Itamaracá, que em 1763, com a morte de seu último donatário, foi oficialmente extinta e anexada a Capitania Real de Pernambuco.[2]

A extinção do sistema de capitanias no Brasil ocorreu formalmente em 28 de fevereiro de 1821, um pouco mais de um ano antes da declaração de independência. A maioria das capitanias tornaram-se províncias e o território de algumas, como o da capitania de São José do Rio Negro e o da capitania de Sergipe, foram anexados às novas províncias.

Referências

  1. Caldeira, Jorge (2017). História da Riqueza no Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil. p. 75 
  2. Gomes Mathias, Herculano (1972). História do Brasil volume 1. Rio de Janeiro: Editora Bloch. p. 50