Carlos Alfredo Joly

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Carlos Alfredo Joly
Nascimento 10 de janeiro de 1955 (69 anos)
São Paulo, São Paulo
Residência Brasil
Nacionalidade brasileira
Alma mater
Prêmios Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2002)[1]
Orientador(es)(as) Robert M. M. Crawford
Instituições Universidade Estadual de Campinas
Campo(s) Botânica
Tese 'Flooding tolerance mechanisms of some brazilian trees(1986)

Carlos Alfredo Joly (São Paulo, 10 de janeiro de 1955) é um botânico, pesquisador e professor universitário brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos e formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Filho do professor universitário Aílton Brandão Joly, nasceu na cidade de São Paulo em 1955 e formou-se em ciências biológicas na Universidade de São Paulo (USP) no ano de 1976.[2] Com uma bolsa de pesquisa concedida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), realizou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) seu mestrado sob orientação de Gil Martins Felippe, na área de botânica, defendido em 1979.[3][4]

Seu doutorado, foi realizado na universidade escocesa, Universidade de St. Andrews, onde estudou ecofisiologia vegetal e defendeu a tese Flooding tolerance mechanisms of some Brazilian trees em 1982.[5] Realizou seu pós-doutorado em Universidade de Berna de 1994, na Suíça.[2]

Atuação[editar | editar código-fonte]

Com a realização do mestrado, ingressou na Unicamp como professor assistente. Foi seguindo na carreira na universidade, por mais de três décadas, onde veio a obter o título de professor titular em 1997.[6] Durante sua atuação frente ao Instituto de Biologia da Unicamp (IB), participou de diversas frentes do instituto. Coordenou três Programas de Pós-Graduação, em Ecologia, Biologia Vegetal e em Ambiente e Sociedade.[7] Atuou como chefe de departamento em duas oportunidades, primeiro no biênio de 1987 até 1989 e posteriormente entre os anos de 2006 e 2010.[8] Ocupou cargos da burocracia docente, sendo Pró-Reitor de Pós-Graduação entre 1996 e 1998.[9] No ano de 2022, recebeu o título de Professor emérito da Unicamp por toda sua contribuição na formação da universidade, em cerimônia realizada na sede Conselho Universitário da Unicamp (Consu).[10][11]

Na administração pública, atuou em cargos na Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a convite de Fabio Feldmann (PSDB), no governo de Mário Covas (PSDB).[2][12] No governo de Dilma Rousseff (PT), integrou o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, entre os anos de 2011 e 2012.[13][14]

Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico[1] e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Carlos é professor aposentado de ecologia vegetal na Unicamp.[15][16] Possui uma vasta obra que conta com mais de 100 trabalhos científicos na sua área de expertise, 12 livros, orientou 27 mestres e 26 doutores.[17]

No ano de 2020, integrou um manifesto com outras personalidades da área da pesquisa climática e do ambientalismo contra as intimidações do ambientalista Marcio Astrini sofridas pelo então Ministro do meio ambiente, Ricardo Salles.[18][19]

No ano de 2023, foi agraciado com a Ordem Nacional do Mérito Científico pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reconhecimento ao seu trabalho e contribuição do campo científico no país.[20] Na mesma sessão solene, o professor Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, também professor do IB da Unicamp, também foi agraciado com o mérito.[21]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • 1999, Prêmio Henry Ford, na categoria de Iniciativa do Ano na Área de Conservação.[22]
  • 2012, Prêmio Muriqui.[23]
  • 2022, Prêmio FCW de Ciência, concedido pela Fundação Conrado Wessel.[24]

Referências

  1. a b «Agraciados pela Ordem Nacional do Mérito Científico». Canal Ciência. Consultado em 12 de julho de 2021 
  2. a b c «Carlos Alfredo Joly». Museu da Pessoa. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  3. «Carlos Alfredo Joly». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  4. Pivetta, Marcos (outubro de 2021). «Carlos Alfredo Joly: É tempo de biodiversidade». Revista da FAPESP. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  5. de Oliveira, Viviane C.; Joly, Carlos Alfredo (11 de novembro de 2009). «Flooding tolerance of Calophyllum brasiliense Camb. (Clusiaceae): morphological, physiological and growth responses». Trees (1): 185–193. ISSN 0931-1890. doi:10.1007/s00468-009-0392-2. Consultado em 19 de outubro de 2022 
  6. «Carlos Alfredo Joly». Lattes. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  7. «Carlos Alfredo Joly». Consultado em 20 de outubro de 2022 
  8. Wolfart, Graziela (12 de abril de 2010). «A biodiversidade usada como modelo». Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  9. «Carlos Alfredo Joly». Scielo. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  10. Ziegler, Maria (1 de outubro de 2022). «Carlos Joly recebe título de Professor Emérito da Unicamp». Agência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  11. Mateus, Felipe (25 de março de 2022). «Carlos Joly recebe título de Professor Emérito da Unicamp». Unicamp. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  12. Reynol, Fábio (21 de outubro de 2022). «Biota-FAPESP é destaque na Science». Centro de Referência de Educação Mário Covas. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  13. Nader, Helena (2017). «A ciência e o poder legislativo no Brasil: relatos e experiências» (PDF). Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Consultado em 21 de fevereiro de 2022 
  14. «Cúpula para repensar o planeta». Instituto Ciência Hoje. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  15. «Carlos Alfredo Joly». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 3 de dezembro de 2020 
  16. «Carlos Alfredo Joly». Consultado em 21 de agosto de 2022 
  17. «Carlos Alfredo Joly». Scielo. Consultado em 21 de março de 2022 
  18. Garcia, Rafael (15 de outubro de 2020). «ONGs condenam uso da AGU para intimar ambientalista que criticou Salles». O Globo. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  19. «Nota de desagravo à tentativa de intimidação pelo ministro Ricardo Salles ao secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini». Greenpeace Brasil. 15 de outubro de 2020. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  20. Mazui, Guilherme (12 de julho de 2023). «Lula condecora pesquisadores com a Ordem Nacional do Mérito Científico». G1. Consultado em 17 de julho de 2023. Cópia arquivada em 12 de junho de 2023 
  21. Matheus, Felipe (13 de julho de 2023). «Gonçalo Pereira e Carlos Joly recebem Ordem Nacional do Mérito Científico». Universidade Estadual de Campinas. Consultado em 17 de julho de 2023. Cópia arquivada em 17 de julho de 2023 
  22. «Programa BIOTA-FAPESP recebe segundo Prêmio Ford de Conservação Ambiental». Química Viva. 17 de dezembro de 2009. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  23. «Thomas Lovejoy, Carlos Joly e SBPC ganham Prêmio Muriqui 2012». Agência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. 15 de junho de 2012. Consultado em 21 de outubro de 2022 
  24. «Carlos Joly é o ganhador do Prêmio FCW de Ciência 2022». Fund. Conrado Wessel. 20 de junho de 2022. Consultado em 21 de outubro de 2022 
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