Carlos Garcia de Castro

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 Nota: Não confundir com o futebolista espanhol Carlos Castro García.
Carlos Garcia de Castro
Nome completo Carlos de Jesus Ferreira Garcia de Castro
Nascimento 12 de Novembro de 1934
Sé e São Lourenço, Portalegre
Morte 13 de Novembro de 2016
Portalegre
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Escritor e professor

Carlos de Jesus Ferreira Garcia de Castro, mais conhecido como Carlos Garcia de Castro (Sé e São Lourenço, Portalegre, 12 de Novembro de 1934 - Portalegre, 13 de Novembro de 2016) foi um professor e escritor português. Ficou conhecido pela sua carreira poética, onde demonstrou uma grande ligação ao Alto Alentejo, principalmente à cidade de Portalegre.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 12 de Novembro de 1934, no território da posterior União de Freguesias de Sé e São Lourenço, no concelho de Portalegre, filho de Hermínio Garcia de Castro e Rosa Farreira do Carmo e Castro.[2] Concluiu uma licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas.[3]

Carreira profissional e literária[editar | editar código-fonte]

Exerceu como professor no ensino liceal, e depois no quadro da Escola do Magistério Primário, na área das Ciências da Educação, onde ascendeu à posição de director entre 1976 e 1898.[3] Integrou-se em seguida na Escola Superior de Educação, onde foi director do Centro de Recursos e Animação Pedagógica, tendo ensinado cursos de especialização.[3] Aposentou-se daquele estabelecimento de ensino, com a categoria de professor adjunto.[3] Foi um dos sócios fundadores da CERCIPORTALEGRE - Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas, e estabeleceu o ensino pré-escolar oficial naquela cidade.[3]

Destacou-se principalmente como escritor, tendo as suas duas primeiras obras sido Cio em 1955, e Terceiro Verso do Tempo em 1963.[4] Depois de um hiato de vários anos, lançou os livros Portus Alacer em 1987, Os lagóias e os estrangeiros em 1992 e Rato do campo em 1998.[4] Também publicou as obras Loja, contra-loja e armazém[4] e Gloria victis, Não-Poema, apresentado em 2008 na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa.[5]

Também deixou colaboração na imprensa cultural e literária, principalmente nas revistas Colóquio/Letras, editada pela Fundação Calouste Gulbenkian, Sol XXI, Ibn Maruán e o suplemento cultural Fanal, sendo estas duas últimas publicadas no Alentejo.[3] Também trabalhou nos cadernos Alfa, editado pelo grupo de universários Amicitia, e nos Açores participou na Revista Atlântida do Instituto Açoriano de Cultura, e foi responsável pela apresentação do programa Pensamento e Poesia do Rádio Clube de Angra entre 1959 e 1960.[3]

A sua obra foi coligida em diversas antologias, como Poesia/70, publicada em 1971 por Egito Gonçalves e Manuel Alberto Valente, Poetas Alentejanos do Século XX, lançada por Francisco Dias da Costa em 1984, Cancioneiro/80, editada pelo Jornal de Letras entre 1990 e 1991, e Poetas e Escritores da Serra de S. Mamede, reunida por Ruy Ventura em 2002.[3] Também editou uma antologia própria, Fora de Portas, publicada pela companhia brasileira Editorial Escrituras.[3] Foi considerado como um dos principais escritores de poesia que nasceram ou passaram por Portalegre, sendo equiparado a Cristóvão Falcão, José Duro e José Régio.[6]

Falecimento[editar | editar código-fonte]

Faleceu em 13 de Novembro de 2016, aos 82 anos de idade, no Hospital de Portalegre, devido a problemas respiratórios.[4] O velório iniciou-se no mesmo dia, na Igreja de São Tiago, em São Lourenço, enquanto que o funeral foi realizado em 14 de Novembro, tendo o corpo sido depois enterrado no Cemitério de Portalegre.[2]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em 2012 recebeu a Medalha de Ouro da Cidade de Portalegre.[4]

Na altura do seu falecimento, foi homenageado pelo escritor e jornalista Rui Cardoso Martins, parente de Garcia de Castro, que destacou o seu talento como escritor.[7]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Cio (1955)
  • Terceiro Verso do Tempo (1963)
  • Portus Alacer (1987)
  • Os Lagóias e os Estrangeiros (1992)
  • Rato do Campo (1998)
  • Gloria victis, Não-Poema (2008)
  • Fora de Portas (antologia)
  • Loja, contra-loja e armazém (2011)

Referências

  1. «Morreu o poeta Carlos Garcia de Castro, escritor de Portalegre e do Alto Alentejo». Visão. 13 de Novembro de 2016. Consultado em 21 de Outubro de 2019 
  2. a b «Carlos Castro». Até Sempre. Consultado em 21 de Outubro de 2019 
  3. a b c d e f g h i «Carlos Garcia de Castro». Triplo V. Consultado em 21 de Outubro de 2019 
  4. a b c d e «Morreu o poeta Carlos Garcia de Castro, escritor de Portalegre e do Alto Alentejo». Rádio Televisão Portuguesa. 13 de Novembro de 2016. Consultado em 21 de Outubro de 2019 
  5. «Livro que procura concilar público com a forma poética clássica apresentado na Casa Fernando Pessoa». Rádio Televisão Portuguesa. 2 de Julho de 2008. Consultado em 21 de Outubro de 2019 
  6. «Garcia de Castro: Morreu o poeta do Alto Alentejo». Tribuna Alentejo. 14 de Novembro de 2016. Consultado em 21 de Outubro de 2019 
  7. «Morreu o poeta Carlos Garcia de Castro». Bom Dia. 13 de Novembro de 2016. Consultado em 21 de Outubro de 2019 


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