Carlos Henrique da Rocha Lima
Carlos Henrique da Rocha Lima | |
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Nascimento | 22 de outubro de 1915 Rio de Janeiro |
Morte | 22 de junho de 1991 (75 anos) |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | professor universitário, romanista |
Carlos Henrique da Rocha Lima, conhecido como Professor Rocha Lima (Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1915 — Rio de Janeiro, 22 de junho de 1991), foi um professor, gramático, filólogo, ensaísta e linguista brasileiro, autor de inúmeras obras, entre elas uma Gramática Normativa da Língua Portuguesa.
Dados biográficos[editar | editar código-fonte]
Rocha Lima nasceu na então capital do país, filho de Marcelino Pita da Rocha Lima e de Evangelina Ramos da Rocha Lima, fez os primeiros estudos no externato do colégio Sagrado Coração de Jesus, no bairro de São Cristóvão e o secundário no Colégio Pedro II.[1]
Em 1935 graduou-se bacharel em ciências e letras e mais tarde o doutorado em letras pela Universidade Federal Fluminense, onde tornou-se livre-docente em língua portuguesa, iniciando no ano seguinte a carreira no magistério ficando em segundo lugar em concurso público da então Prefeitura do Distrito Federal ao qual também concorrera Antônio Houaiss.[1]
Casou-se com Maria de Lourdes da Rocha Lima, com que teve três filhas e de quem ficou viúvo.[1]
Lecionou em diversas escolas até que em 1947 ingressou por merecimento no Instituto de Educação onde colaborou para a formação de várias gerações de novos professores; também neste ano foi convidado por Guimarães Rosa para ocupar a cátedra de português do Instituto Rio Branco, formador de diplomatas do país.[1]
Graças a este trabalho por algumas vezes representou o Brasil em missões culturais, e foi diretor da "Casa do Brasil", no Reino Unido.[1]
Também por concurso, passando em primeiro lugar, retornou ao Colégio Pedro II onde estudara, como professor do idioma pátrio e de literatura, e mais tarde foi por muito tempo o chefe de seu departamento de português e literatura e, finalmente, seu diretor e presidente da "Congregação de Catedráticos", ao lado de antigos mestres que lhe haviam lecionado.[1]
Ocupou o magistério em muitas outras instituições superiores, tais como no Instituto de Educação, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro ou na Universidade Santa Úrsula.[1]
Além das funções de direção já citadas, dirigiu também o Departamento de Educação Técnico-Secundário, o Instituto de Pesquisas Educacionais e a Escola Técnica Sousa Aguiar e foi membro de colegiados federais tais como a Comissão Nacional do Livro Didático, o Conselho Nacional do Serviço Social e o Conselho Consultivo da Fundação Casa de Rui Barbosa.[1]
Participou de diversas academias da sua área, como a Academia Brasileira de Filologia, do PEN Clube do Brasil, da Associação Brasileira de Educação, entre outras tantas.[1]
Em 1982, ano de sua aposentadoria, foi agraciado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, após aprovação unânime dos parlamentares, com a láurea de Cidadão Benemérito; três anos mais tarde, também por aprovação unânime, recebeu da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro sua mais importante distinção, a Medalha Pedro Ernesto, além de muitas outras grandes honrarias.[1]
Rocha Lima proferia uma palestra sobre um poema de Manuel Bandeira quando teve morte súbita, aos 76 anos.[1]
Deixou publicados dezenas de artigos, teses e livros, sozinho ou em coautoria, participação em enciclopédias e dicionários.[1]
Referências