Carlos Veglio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos Veglio
Carlos Veglio
Veglio na capa da edição 2689 da revista El Gráfico, em 1971.
Informações pessoais
Nome completo Carlos José Veglio
Data de nascimento 27 de agosto de 1946 (77 anos)
Local de nascimento Buenos Aires, Argentina
Nacionalidade argentino
Apelido Toti
Informações profissionais
Clube atual Aposentado
Posição Atacante
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1964–1967
1968–1975
1976–1978
1979
1980
1981
1981
1982
Deportivo Español
San Lorenzo
Boca Juniors
Universidad de Los Andes
Boca Juniors
León
Cerro Porteño
Gimnasia y Esgrima de Jujuy
32 (4)
202 (59)
68 (12)
29 (11)
27 (2)


8 (1)
Seleção nacional
1968–1970 Argentina 9 (0)

Carlos José Veglio (Buenos Aires, 27 de agosto de 1946) é um ex-futebolista argentino que atuava como meia ou atacante.[1]

Veglio é um dos maiores ídolos do San Lorenzo, onde jogou 206 partidas entre 1968 e 1975. Despontou no pequenoDeportivo Español e chegou a tempo de integrar Los Matadores,[2] a célebre equipe azulgrana de 1968, que fez o San Lorenzo tornar-se o primeiro clube a sagrar-se campeão argentino profissional de forma invicta.[3] Logo chegou à Seleção Argentina, pela qual jogou até 1970, participando da mal-sucedida campanha que não classificou a Albiceleste para a Copa do Mundo deste ano.[2]

Veglio participou ainda de forma substancial do título do Torneio Metropolitano do campeonato argentino de 1972. Uma lesão o impediu de participar do título do Torneio Nacional, no mesmo ano, apesar de, na partida decisiva, frente ao River Plate, ter sido ordenado pelo técnico Juan Carlos Lorenzo para aquecer-se, de forma a pressionar psicologicamente o adversário. Voltou a ser campeão argentino em 1974, embora com a posição perdida para Oscar Ortiz. No ano seguinte, rumou juntamente com o técnico Lorenzo para o Boca Juniors.[2]

No clube auriazul, também se consagraria como um grande ídolo.[4] Já em 1976, seria campeão tanto do Metropolitano quanto do Nacional, este com vitória sobre o River Plate na decisão a dois dias da véspera do natal. No ano seguinte, o arquirrival seria batido também na fase de grupos da Taça Libertadores da América. O Boca conseguiu chegar na decisão, onde enfrentou o detentor do título, o Cruzeiro. Foi de Veglio o único gol boquense na final; cada time venceu sua partida como mandante pelo placar mínimo, e o jogo extra, em campo neutro, terminou em empate sem gols. O inédito título - para Veglio e para o Boca - veio nos pênaltis.[5]

Voltou a ser fundamental na Taça Intercontinental, decidida com o Borussia Mönchengladbach - o Liverpool fora o campeão europeu, mas recusou-se a participar e sua vaga foi cedida ao vice -; os adversários haviam arrancando um empate na Bombonera e Veglio cadenciou o ritmo na Alemanha Ocidental após os argentinos conseguirem a dianteira no escore. A partida, realizada já em 1978, terminou em surpreendente vitória xeneize por 3 x 0. No mesmo ano, veio o bi na Libertadores, sobre o Deportivo Cali. Veglio, àquela altura, já não tinha titularidade garantida e jogou em 1979 no Universidad de Los Andes, da Venezuela.

Em 1980, retornou ao Boca Juniors, ficando apenas aquele ano. Passaria por mais três clubes até encerrar a carreira, dois anos depois: León (México), Cerro Porteño (Paraguai) e, de volta ao país natal, o Gimnasia y Esgrima de Jujuy. No Boca, participaria de outra série de títulos, com os nove que presenciou como assistente do técnico Carlos Bianchi.[1]

Assim resumiu a carreira: "e pensar que muitos jogadores passam uma vida sem ser campeões e eu tive a sorte de festejar vários títulos".[6]

Títulos[editar | editar código-fonte]

San Lorenzo
Boca Juniors

Referências

  1. a b c d e DUER, Walter; FERRO, Gonzalo; GALCERÁN, Miguel; LODISE, Sergio; OTERO Horacio; RODRÍGUEZ, Héctor (2005). Veglio, Carlos José (1976/80). Boca - the book of xentenary, 1º ed. Buenos Aires: Planeta, p. 276
  2. a b c d FUENTES, Fernando (2007). "Toti" Veglio. San Lorenzo: el diccionario azulgrana. 1 ed. Buenos Aires, p. 207
  3. AZEDO, Maurício; QUADROS, Raul (10 de novembro de 1977). A pose do malandro. Placar n. 394. Editora Abril, pp. 4-6
  4. PERUGINO, Elías (setembro de 2010). Carlos Veglio. El Gráfico Especial n. 26 - "100 Ídolos de Boca". Revistas Deportivas, p. 34
  5. DUER, Walter; FERRO, Gonzalo; GALCERÁN, Miguel; LODISE, Sergio; OTERO Horacio; RODRÍGUEZ, Héctor (2005). The Lorenzo Era. Boca - the book of xentenary, 1º ed. Buenos Aires: Planeta, pp. 158-173
  6. PERUGINO, Elías (setembro de 2011). Carlos Veglio. El Gráfico Especial n. 32 - "100 Ídolos de San Lorenzo". Revistas Deportivas, p. 23