Caroline Still Anderson

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Caroline Still Anderson
Caroline Virginia Still
Caroline Still Anderson
Caroline Still Anderson, por Frederick Gutekunst, cerca 1890
Conhecido(a) por
  • Primeira mulher negra a se formar em Medicina nos Estados Unidos
  • Educadora e ativista
Nascimento 1 de novembro de 1848
Philadelphia, Pennsylvania, Estados Unidos
Morte 1 de junho de 1919 (70 anos)
Philadelphia, Pennsylvania, Estados Unidos
Residência Estados Unidos
Nacionalidade norte-americana
Alma mater Oberlin College
Howard University College of Medicine
Campo(s) medicina
Tese A thesis on fibromata (1878)[1]

Caroline Still Anderson (Philadelphia, 1 de novembro de 1848 - Philadelphia, 1 ou 2 de junho de 1919[2][3]) foi uma médica, educadora e ativista negra norte-americana[4]. Foi pioneira na comunidade negra da Philadelphia e a primeira mulher negra a se tornar médica no país.[5]

Vida pessoal e educação[editar | editar código-fonte]

Caroline nasceu em 1 de novembro de 1848, filha mais velha de Letitia e William Still, na Philadelphia.[4] Algumas fontes discordam do nome de sua mãe, algumas alegam ser Lucy, outras de que seria Letitia.[2] Seus pais eram líderes no movimento abolicionista dos Estados Unidos, seu pai liderava o ramo da Philadelphia.[3] Estudou em várias escolas quando criança, todas privadas, pois seus pais trabalhavam com carvão, que era muito rentável na época.[2] Ele acreditava fortemente no valor da educação e encorajou suas filhas a estudar e a crescer.[5]

Caroline terminou os ensinos primário e secundário aos 16 anos e em seguida se matriculou no Oberlin College, sendo a única estudante negra da sala. Formou-se aos 19 anos, a mais nova da classe.[4] Depois de receber um bacharelado em artes, ela foi eleita como a primeira presidente negra da Ladies' Literary Society of Oberlin.[2]

Ela se casou com seu primeiro marido, Edward A. Wiley, aluno do Oberlin College e ex-escravo, em uma cerimônia em sua casa em 28 de dezembro de 1869. Na festa estiveram pessoas influentes do movimento abolicionista e incluiu uma performance de Elizabeth Taylor Greenfield.[3] Dois anos depois da morte de Edward, em 1875, ela se matriculou na Howard University College of Medicine, com doutorado pela Woman's Medical College of Pennsylvania, para onde se transferiu em 1876 e onde se formou em 1878. De sua classe com 17 alunos, apenas dois eram negros. Ela trabalhou como professora e tutora para poder pagar a faculdade.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Após se formar, Caroline começou sua carreira médica como residente, em 1878, no New England Hospital for Women and Children. Sua candidatura inicial foi rejeitada, por ela ser negra, e só foi admitida após visitar a cidade e conhecer pessoalmente a comissão de admissões. Admirada por seu talento, eles repudiaram a decisão inicial e a indicaram como residente por unanimidade.[4]

Com o fim de sua residência em 1879, ela se mudou para sua cidade natal e se casou novamente, com o pastor Matthew Anderson,[4] abrindo um consultório na igreja do marido. Em 1889, ela voltou a dar aulas, na área de higiene, fisiologia e dando palestras, enquanto clinicava. Neste mesmo ano, seu marido fundou uma escola de artes, chamada Berean Manual Training and Industrial School, onde Caroline era sua assistente na direção, além de lecionar.[2][4] Ela também trabalhou em instituições Quaker, na Philadelphia.[3]

Ativismo[editar | editar código-fonte]

Em seus últimos anos, ela se tornou uma ativista social, trabalhando em diversas organizações na Philadelphia, em várias causas, como a de igualdade racial e o movimento de temperança, especialmente quando foi presidente da união feminina cristã do movimento, organizando encontros na Philadelphia.[4][2]

Sua carreira acabou quando sofreu um AVC, em 1914.[2][4]

Morte[editar | editar código-fonte]

Caroline faleceu em 1º ou 2 de junho de 1919, na Philadelphia, por complicações deixadas por diversos AVCs, aos 71 anos[3][4][6] O dia certo de sua morte varia.[2][3][4]

Referências

  1. Women Physicians (ed.). «A thesis on fibromata». Drexel University. Consultado em 21 de dezembro de 2016 
  2. a b c d e f g h i Harvey, Joy; Ogilvie, Marilyn (2000). The Biographical Dictionary of Women in Science. New York: Routledge. ISBN 0-415-92038-8 
  3. a b c d e f Beckford, Geraldine Rhoades. «Caroline Virginia Still Wiley Anderson». African American National Biography. Consultado em 15 de março de 2014 
  4. a b c d e f g h i j Milite, George A. (1999). «Caroline Still Anderson». In: Kristine Krapp. Notable Black American Scientists. Detroit: Gale. p. 11. ISBN 0-7876-2789-5 
  5. a b Berhanu, Aslaku. «Biography of Caroline Still Anderson». William Still: an African-American abolitionist. Temple University. Consultado em 15 de Março de 2014 
  6. «Obituaries» (PDF). Minutes of the Forty-Fourth Annual Meeting. Alumnae Association of the Woman's Medical College of Pennsylvania. 19–20 de junho de 1919. pp. 11–12. Consultado em 15 de março de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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