Carta de suicídio

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Nota de suicídio escrita pela cantora Dalida, com os dizeres “La vie m'est insupportable ... pardonnez-moi” (A vida tornou-se insuportável para mim... perdoem-me).

Uma carta ou nota de suicídio, chamada ainda de carta-testamento, é uma mensagem deixada por alguém, seja escrita ou gravada em vídeo ou som, que em seguida tenta ou comete suicídio. Estima-se que de 12% a 20% deixam nota.[1] Entretanto, esta taxa pode variar de acordo com o método de suicídio ou diferenças culturais e pode chegar a 50% em certos locais.[2][3]

Notas de suicídio famosas[editar | editar código-fonte]

  • Dalida — popular cantora egípcia de origem italiana que fez carreira na França; escreveu "A vida tornou-se insuportável para mim... perdoem-me", e em seguida ingeriu vários barbitúricos com uísque e foi dormir. Encontrada morta horas depois.
  • Getúlio Vargas (artigo: Nota de suicídio de Getúlio Vargas) — advogado, político e presidente do Brasil (19301945; 19501954) que fez uso do suicídio e especialmente de sua nota de suicídio (a "Carta Testamento") uma arma política contra seus inimigos. Deixou Getúlio Vargas escrito Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Serenamente dou o primeiro passo a caminho da eternidade e saio da vida para entrar a História!
  • Vincent van Gogh — pintor pós-impressionista holandês, deixou uma nota dizendo "a tristeza durará para sempre".
  • George Eastman — criador do filme 35 mm e fundador da Kodak; sua nota de suicídio simplesmente dizia "Meu trabalho está feito. Por que esperar?".
  • Lisandro de la Torreadvogado argentino, político e senador, lutou contra oficiais corruptos do governo durante a "Década Infame" nos anos 1930 e, finalmente, foi abandonado por seus aliados. Deixou uma carta descrevendo a situação onde se encontrava.
  • Christine Chubbuck, jornalista americana - o caso Chubbuck é conhecido como a primeira morte/suicídio a ser televisionado, o que ocorreu enquanto a jornalista apresentava um telejornal local na cidade de Sarasota, estado da Flórida. Suas palavras: "Seguindo a política do Canal 40 de brindar seus telespectadores com as últimas notícias de sangue e vísceras a cores, vocês estão prestes a ver outra [notícia] em primeira mão: uma tentativa de suicídio”. Com isso, Christine sacou uma arma, a colocou atrás da orelha direita e puxou o gatilho, sendo declarada morta horas mais tarde.
  • Budd Dwyer — político norte-americano que leu sua nota de suicídio numa coletiva de imprensa e matou-se em seguida.
  • Sid Vicious — músico britânico, que alguns acreditam ter cometido suicídio com uma overdose de heroína, após a morte de sua namorada Nancy Spungen. Um poema escrito por Vicious, que pode ter sido ou não uma nota de suicídio, contém a famigerada frase "E eu não quero mais viver esta vida", que inspirou várias composições.
  • Kurt Cobain — líder do grupo musical Nirvana, deixou uma nota primeiramente dirigida a seus fãs e expondo suas razões, em seguida deixando uma mensagem para sua esposa Courtney Love e sua filha.
  • Virginia Woolf — feminista e poetisa inglesa.
  • Heinrich von Kleist — poeta alemão, cuja nota de suicídio de 1811 é uma carta de despedida para sua irmã Ulrike.
  • Per Yngve Ohlin — conhecido como "Dead", músico sueco, foi vocalista da banda norueguesa Mayhem, deixou uma nota dizendo: "desculpe pelo sangue".
  • Kevin Carter — fotógrafo jornalístico, vencedor do Prêmio Pulitzer, se tornou conhecido pela famosa foto onde pode ser visto um abutre esperando uma criança africana morrer, para então se alimentar. Em sua carta, Carter descreveu a situação onde se encontrava.
  • Flávio Migliaccio - O consagrado ator brasileiro deixou uma nota antes de tirar a própria vida em 2020, que dizia: " Me desculpem, mas não deu mais. A velhice neste país é o caos como tudo aqui. A humanidade não deu certo. Eu tive a impressão que foram 85 anos jogados fora num país como este. E com esse tipo de gente que acabei encontrando. Cuidem das crianças de hoje! Flávio."

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 13 de abril de 2007. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2006 
  2. [1]
  3. [2][ligação inativa]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]