Casa do Artesão de Campo Grande

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Saguão principal da Casa do Artesão de Campo Grande

A Casa do Artesão de Campo Grande é um centro de divulgação e comercialização do artesanato regional do estado do Mato Grosso do Sul, Brasil, localizado na capital Campo Grande.[1] Foi inaugurada no ano de 1975. O prédio centenário que abriga a Casa do Artesão foi tombado como patrimônio histórico estadual em 1994.[2] Além de ser ponto de referência para a arte regional, o centro é também um ponto turístico da cidade.[3] Seu funcionamento é ligado à Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul (FCMS).

No ano de 2019 abrigou a exposição da Semana do Patrimônio Cultural Indígena do estado.[4]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Em Campo Grande, a Casa do Artesão localiza-se no centro da cidade, no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Calógeras.[1] Tem como finalidade a divulgação e comercialização do artesanato regional.[2]

A Casa do Artesão expõe e vende mais de 4 mil peças de artesanato que fazem referência à cultura sul-mato-grossense e dos povos indígenas da região, bem como, ao Pantanal e ao Cerrado, biomas predominantes do estado do Mato Grosso do Sul.[1][5][4] As peças são provenientes de mais de 700 artesãos e feitas de variados tipos de matéria-prima como argila, massa de modelar, madeira, fibras, vidro e cerâmica.[3] Além dessa variedade, lá podem ser encontrados trabalhos referenciais de artistas de grande importância para a arte regional.[3]

A arquitetura do prédio da Casa do Artesão de Campo Grande reflete o estilo do ecletismo.[1] Além da exposição dos artesanatos e da arquitetura eclética, o antigo cofre no porão do prédio também é atração turística. Antes de se tornar a Casa do Artesão, o prédio centenário sediou a 1ª agência do Banco do Brasil em Campo Grande.[2]

Artesanatos[editar | editar código-fonte]

Esculturas dos "Bugres"
Esculturas das "Índias"
Cerâmicas Kadiwéu

História[editar | editar código-fonte]

Fachada da Casa do Artesão de Campo Grande

O prédio que abriga a Casa do Artesão foi construído entre os anos de 1918 e 1923 para ser residência e comércio.[6] Sua construção se deu após a chegada da Estrada de Ferro Noroeste à cidade de Campo Grande e seu estilo arquitetônico é pautado pelo ecletismo.[5][1] O engenheiro responsável foi Camilo Boni.[2]

Em 2 de dezembro de 1924, o prédio passou a sediar a 1ª agência do Banco do Brasil em Campo Grande.[2]

De 1938 a 1974, o imóvel foi ocupado pela Recebedoria de Rendas do Estado.[5]

No dia 1 de setembro de 1975, a Casa do Artesão foi inaugurada pelo governo de Garcia Neto.[6]

Em setembro 1990, o prédio teve fachada totalmente restaurada e, em 1994, foi tombado pelo Decreto estadual nº. 7.863/94, sendo considerado monumento histórico do patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul.[2]

Em 2015, o prédio sofria com a omissão do poder público, com muito tempo sem revitalização.[6] Em 2017, o prédio completou 15 anos sem reformas e apresentava problemas estruturais que prejudicavam seu funcionamento.[4] Projetos de revitalização foram apresentados entre os anos de 2017 e 2021, mas não se concretizaram.[5][6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e Campos, Adilso de; Castilho, María de; Salineiro, Waldete (2018). «A Casa do Artesão: arquitetura, artesanato e Cultura». Contribuciones a las Ciencias Sociales (abril). ISSN 1988-7833. Consultado em 20 de maio de 2021 
  2. a b c d e f (FCMS), Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul. «Casa do Artesão». Consultado em 20 de maio de 2021 
  3. a b c André, Messias. «Casa do Artesão comercializa e promove cores e formas do artesanato Sul-Mato-Grossense». Turismo MS. Consultado em 20 de maio de 2021 
  4. a b c (FCMS), Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul. «Semana do Patrimônio Cultural Indígena de MS tem programação gratuita e aberta a todos os públicos». Fundação de Cultura. Consultado em 21 de maio de 2021 
  5. a b c d Bueno, Mayara. «Projeto da Casa do Artesão fica pronto em julho e Fundação descarta parceria». Campo Grande News. Consultado em 21 de maio de 2021 
  6. a b c d Michel, Faustino. «Patrimônio histórico do Estado, Casa do Artesão sofre com abandono». Campo Grande News. Consultado em 20 de maio de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]