Castainço
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Freguesia | ||||
Localização | ||||
Localização no município de Penedono | ||||
Localização de Castainço em Portugal | ||||
Coordenadas | ||||
Município | ![]() | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 14,00 km² | |||
População total (2011) | 161 hab. | |||
Densidade | 11,5 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santo Antonio | |||
Sítio | http://www.freguesiadecastainco.com |
Castainço é uma freguesia portuguesa do concelho de Penedono, com 14,00 km² de área e 161 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 11,5 hab/km².
História[editar | editar código-fonte]
A freguesia de Castainço era em 1527, um simples lugar pequeno com 85 moradores.
Nos princípios do século XVIII, a paróquia de Castainço esteve anexa a Granja e, por isso, se denominou durante algum tempo, Granja e Castainço. Com a extinção do concelho de Penedono, e até 7 de Setembro de 1895, fez parte do concelho de São João da Pesqueira, voltando a Penedono em 13 de Janeiro de 1898. Era curato anexo à abadia de Penedono e da apresentação do abade, no termo da mesma vila. Hoje, eclesiasticamente anexa a Riodades. Diocese de Lamego.[1]
Disposta num vale, talvez para se protegerem da peste, os moradores construíram uma Igreja a S. Sebastião. Manteve-se um povoado rural do qual se dizia que produzia “centeio, trigo, milho, feijão, castanha, linho e muito gado de caça”.
População[editar | editar código-fonte]
População da freguesia de Castainço [1] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
456 | 444 | 503 | 458 | 525 | 464 | 392 | 459 | 477 | 399 | 272 | 229 | 218 | 182 | 161 |
Distribuição da População por Grupos Etários | |||||||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos | |
2001 | 20 | 24 | 78 | 60 | 11,0% | 13,2% | 42,9% | 33,0% | |
2011 | 14 | 13 | 81 | 53 | 8,7% | 8,1% | 50,3% | 32,9% |
Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4%
Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%
Destaques[editar | editar código-fonte]
Dólmen do Sangrino[editar | editar código-fonte]
É um exemplar de grande interesse, especialmente, pelo importante conjunto de artefactos exumados. Trata-se de um monumento funerário com câmara poligonal e com corredor de média dimensão, que revelou ter tido diferentes fases de ocupação.
O Dólmen do Sangrino arqueologicamente intervencionado em 1995 e 1997, revelou duas fases de utilização. A primeira: do Neolítico final (4000 - 3700AC) caracteriza-se pelo achado de um conjunto de peças de tradição antiga. Do espólio descoberto salientam-se duas goivas, um machado, elementos de adorno, um pendente, fragmentos cerâmicos lisos e um pequeno recipiente.
A análise radio-carbónica revelou que a sua fase inicial de utilização se situou entre os anos 3063 – 2939 a.C., voltando a ser reutilizado alguns séculos depois, talvez já no período do Bronze Final. Nesta altura terá sido utilizado como sepulcro, circunscrita ao espaço da câmara, definindo-se pela deposição somente de recipientes cerâmicos de fundo plano. A câmara foi quase totalmente reconstruída com pedras das imediações.[2]
Igreja Matriz de S. Sebastião[editar | editar código-fonte]
Templo de raiz românico-gótica, composto por nave e capela-mor, que conserva: portal axial de arco quebrado com onze aduelas, vestígios de um alpendre e parte da decoração no rebordo do arco. No interior, destaca-se no corpo do templo a capela batismal com duas pias e alfaias religiosas, o teto é em abóbada de berço e o arco cruzeiro com vestígios de pintura. A capela mor é de talha dourada e policromada do séc. XVIII avançado. A torre sineira está adossada do lado esquerdo da frontaria.
A festa do Padroeiro realiza-se a 20 de janeiro.[3]
Capela de S. António[editar | editar código-fonte]
Capela retangular de paredes rebocadas e caiadas de branco, coberta por um telhado de duas águas. Na fachada principal há um portal encimado por uma cruz entre pináculos. No interior, possui um altar, pintado a branco e azul com uma imagem de Santo António.
A sua localização num dos pontos mais altos da freguesia, proporciona um olhar atento sobre a mesma. É no 1.º fim de semana de agosto, que aqui se celebram as festas de ano, dedicadas ao orago da capela.[4]
Capela Nossa Senhora dos Prazeres[editar | editar código-fonte]
Capela setecentista reformada em época posterior, que guarda no seu interior um altar barroco, pintado de branco e uma imagem de Nossa Senhora em pedra ançã com policromia.[5]
Outros locais de interesse turístico
Piscinas e Ponte da Lavandeira
Tradições[editar | editar código-fonte]
A cultura do linho foi muito importante dentro das tradições rurais da freguesia. Ainda o é, para quem ainda não esqueceu a arte de bem preparar, fiar ou tecer o linho ou a lã que por cá também dela se preparavam boas mantas, colchas e tapetes.
Um dos produtos regionais bem conhecidos desta povoação são as colchas de Castainço. São feitas com teia de linho e lã, em cores vivas, e têm o verde e o vermelho como cores predominantes. Geralmente são usadas para cobertas de camas ou para decoração de paredes.
Tradicionais, são “as alvíssaras” que se cantam na véspera da Páscoa, desde o Calvário até aos mais pequenos arruamentos, em anúncio da Ressurreição, como também as bonitas Romarias a Santa Eufémia na Segunda-feira de Páscoa. Aí não falta pão-de-ló bem característico (e que aqui chamam de bola doce), nem as cavacas de todos os monumentos festivos.
Festas e romarias: Santo António
Gastronomia: Cavacas de Castainço
"As cavacas de Castainço, que na sua singularidade eram baixas, enconcadas, cobertas de açúcar bem seco e muito tenras, chegavam a aguentar-se mais de um ano embrulhadas num pano de linho e sempre comestíveis. Surgem nesta aldeia no princípio do séc. XX. Embora este doce tenha as suas origens num doce conventual do Convento de Freixinho, as cavacas tornaram-se particularmente especiais pelas mãos das cavaqueiras de Castainço, podendo assim considerar-se um produto endógeno, identitário desta aldeia e deste concelho. Contribuíram para a ajuda económica de algumas famílias, sempre com qualidade, encomendadas por pessoas de todos os locais."[6]
Referências
- ↑ «Recenseamentos Gerais da População». Instituto Nacional de Estatística
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Paróquia de Castainço, no Arquivo Distrital de Viseu
- Lapa,F. Um olhar sobre Castainço, Edição Camara Municipal de Penedono, 2009