Catarina de Lencastre, Viscondessa de Balsemão

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Viscondessa de Balsemão
Catarina de Lencastre, Viscondessa de Balsemão
Nome completo Catarina Micaela de Sousa César e Lencastre
Pseudónimo(s) Natércia, Coríntia, Célia, Safo Portuguesa
Outros nomes Catarina de Lencastre, Catarina Pinto, Catarina Pinto de Sousa, Catarina de Sousa
Nascimento 29 de setembro de 1749
Guimarães, Portugal
Morte 4 de janeiro de 1824 (74 anos)
Porto, Portugal
Nacionalidade Portuguesa
Cônjuge D. Luís Pinto de Sousa Coutinho, 1.º Visconde de Balsemão
Assinatura

D. Catarina Micaela de Sousa César e Lencastre (Guimarães, 29 de setembro de 1749 - Porto, 4 de janeiro de 1824), 1.ª viscondessa de Balsemão, foi uma poetisa consagrada na sua época. Grande parte dos seus poemas e a totalidade das peças de teatro permanecem em manuscrito.

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Catarina Micaela de Sousa César e Lencastre nasceu em Guimarães, a 29 de Setembro de 1749, dia de São Miguel, anjo que lhe ficou no nome.[1]

Eram muitos os membros da família que juntavam o prestígio político à atividade literária. Algumas composições de seu pai, circularam impressas[2] e era sobrinha-neta da escritora Soror Maria do Céu.[3]

Por algumas destas razões, Catarina de Sousa desde muito jovem contactou com os círculos literários da sua época. Embora não se conheçam composições suas desta primeira fase, Nicolau Tolentino referirá, mais tarde, os seus talentos juvenis,[4] e João José Pinto de Vasconcelos, o único que a crisma com o nome de Célia, parece confirmá-lo: "Preclara, sábia Célia, a quem Minerva/ Prepara desde o berço/ Por teus sublimes dotes...".[5] Casa por procuração com Luís Pinto de Sousa Coutinho, herdeiro da Casa de Balsemão, a 21 de Agosto de 1767[6] de quem se conhece também alguma obra poética. Iria em 1774 para Inglaterra com o marido, então enviado extraordinário e depois ministro plenipotenciário na corte de Londres, tendo por isso muitos dos filhos nascido em Inglaterra.[7]

Catarina de Lencastre, pouco após ter chegado a Londres, toma a resolução de não aparecer em sociedade durante um ano, preparando leituras, aprendendo línguas, só depois abrindo as portas da sua casa.[8] Não deixa de vir pontualmente a Portugal, talvez acompanhando o marido, a quem cabem cada vez mais responsabilidades políticas. Luís Pinto de Sousa é o embaixador encarregado de negociar em Madrid o casamento do Príncipe D. João com a Princesa D. Carlota Joaquina; em 1788, é titular da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra; em 1800, chega a Ministro do Reino. Por decreto de 14 de agosto de 1801, recebe o título de 1.º Visconde de Balsemão.

A esse protagonismo político de Luís Pinto de Sousa parece corresponder uma cada vez maior visibilidade social e literária de Catarina de Lencastre. É de 1788 a primeira compilação que conhecemos dos seus poemas. Será a primeira de muitas coleções de manuscritos, quase sempre apógrafos, da responsabilidade de amigos, já que muitas vezes improvisa e outros escrevem o que dita. Nos salões literários de Lisboa, vai dialogando em relação de igualdade com outros poetas: Bocage, Nicolau Tolentino de Almeida, António Ribeiro dos Santos, Teresa de Melo Breyner, Joana Isabel Forjaz, Manuel Silva Alvarenga, Curvo Semedo, José Agostinho de Macedo, etc. Algumas composições suas serão por isso editadas postumamente e atribuídas a outros. É o caso do soneto "Fecunda Natureza,em vão procura/ Contigo competir arte engenhosa", que figura nas obras impressas de Leonor de Almeida (Marquesa de Alorna).[9] Ou o do soneto "Zoroastro na Pérsia, Hermes no Egipto,/ No símbolo da luz, no da serpente/ Ao mundo deram leis", ainda hoje nas poesias de Paulino António Cabral, mais conhecido por Abade de Jazente.[10] Envolve-se aparentemente até em algumas decisões políticas, a que aludem, por exemplo, alguns poemas da Marquesa de Alorna[11] ou comentários de Filinto Elísio, Francisco Manuel do Nascimento.[12]

Depois do falecimento do marido, em 1804, o ritmo de produção e o número de compilações parece até aumentar. Os temas das suas poesias vão-se tornando cada vez mais políticos. Primeiro a Revolução Francesa, a Guerra das Laranjas, e depois da partida da corte para o Brasil, as invasões francesas, a revolta do Sinédrio (e ainda o recrudescimento das cisões políticas que levarão Portugal à guerra civil entre miguelistas e liberais), são episódios que vão inspirando muitos dos seus poemas heróicos. Catarina de Lencastre lamenta então a impossibilidade das mulheres defenderem com a espada os seus ideais: “Se aos campos, aonde ides colher louros,/ Eu seguir-vos pudera […]".

Mas cantará sempre, e até muito tarde, o sentimento amoroso, ainda quando a velhice vai tolhendo a agilidade da mão. Entre Lisboa, Porto, Lamego ou São João da Pesqueira, ora louva os heróis, a urgência da luta pela liberdade, ou a legitimidade de D. Miguel, ora se enternece pela delicadeza da luz na paisagem, ou do gesto de uns morangos oferecidos.

Soltando a vista pelos largos mares,

Ora fixando-a sobre a branca areia,

Não me figura nunca a minha ideia

Mais que a imagem de cruéis pesares. 

Se elevo o pensamento até aos ares

Somente o objecto do meu mal vareia [sic],

E bem que às vezes já menos o creia

Crescem de novo os males a milhares. 

Abatida, ao silêncio convidada,

Deixando à reflexão um livre acesso

Vejo que sobre mim não posso nada. 

Menos aflita então do que padeço

Tiro, da reflexão desenganada,

Que não sou infeliz, pois me conheço.[13]

Em 1821, com quase 72, sobe ao palco do Teatro de São Carlos, em Lisboa, para cantar os libertadores da Pátria que pedem o regresso do Rei a Portugal. Escreve o neto da Marquesa de Alorna nas suas Memórias: "Vi muitas vezes a velha Viscondessa de Balsemão, viúva do famoso Ministro Luiz Pinto, avó do actual Visconde, contemporânea e amiga de minha Avó e sua rival como poeta, bater as palmas, pedir silêncio à plateia e recitar varias odes e sonetos em louvor do General em chefe do Exército revolucionário, Gaspar Teixeira, seu próximo parente".[14]

No final do ano de 1823, fica acamada. Passa o novo ano já muito doente. Depois de sacramentada, poucas são as forças que lhe restam. Mas gasta-as a ditar poemas ao confessor que lhe dá a extrema-unção:

"Grande Deus, que do alto desse trono

Lanças o braço ao pecador contrito,

Escuta do remorso o humilde grito,

Das tuas leis perdoa o abandono. 

Tu, da Graça eficaz único dono,

Que nunca a pena igualas ao delito,

Dá sossego ao coração aflito

Tão próximo a dormir eterno sono. 

Debaixo de uma mágica aparência,

Encobri os requintes da maldade…

Mas qual é hoje a triste consequência? 

Não me negues, Senhor, tua piedade!

Tiraste-me do abismo da imprudência,

Dá-me uma venturosa eternidade."

Poucos poemas verá editados em vida. Morre a 4 de janeiro de 1824, Os poemas que ditou à hora da morte (os primeiros compilados e impressos) sairão num jornal do Porto, a 6 de janeiro de 1824.[15]

Da fama que outrora teve restam os manuscritos. Alguns estrangeiros (que, nos anos 20 do século XIX, se interessam pela historiografia literária de Portugal) referem-na, mas com alguns erros: leia-se Balbi[16] ou Bouterwek.[17] Garrett ainda recorda Catarina de Lencastre no Parnaso Lusitano.[18] Mas vão-se gorando os projetos de impressão da sua obra lírica e dramática. Alguns críticos mais curiosos continuam a consultar as coleções d manuscritos da família, mas serão cada vez menos ao longo do século XIX: o espanhol Antonio Romero Ortiz,[19] os portugueses José Osório,[20] Francisco da Silva Inocêncio[21] e sobretudo D. António da Costa, que consultou com algum pormenor as 5 coleções de manuscritos guardadas pela família.[22]

A historiografia do século XX oscila entre o silêncio absoluto e o esforço de revisitação da sua obra manuscrita, a que juntam por vezes a tentativa de impressão dos inéditos: citem-se as alusões de Mendes dos Remédios,[23] e as transcrições de Teresa Leitão de Barros,[24] ou António Salvado.[25] Mas os exemplos são exceções. Também por isso Catarina de Lencastre acaba por não aparecer citada nas mais comuns Histórias da Literatura Portuguesa.

Desse silêncio a vão resgatando ultimamente alguns estudos: os de Zenóbia Cunha[26] e Maria Luísa Malato Borralho.[27]

A edição dos muitos inéditos da sua obra resta todavia por fazer. Ela própria tinha já resumido assim a sua vida:

"Passei dos anos a estação primeira

Livre de susto, isenta de cuidado,

O meu nome entre muitos foi levado

Sobre as asas da fama lisonjeira.

Busquei do mundo a glória verdadeira,

Que pode adquirir hum peito honrado,

Fugiu de mim o bafo envenenado

Da inveja mordaz, ímpia, e grosseira.

Amei os meus, e deles fui amada,

Viajei, e corri terras estranhas,

Cantei heróis, e de outros fui cantada.

E depois de passar coisas tamanhas,

Nada ambiciono mais, que descansada

Comer ao pé do lar quentes castanhas”.[28]

Bibliografia impressa[editar | editar código-fonte]

  • "Ode a Mirtillo (de Corinthia)", apud Luis Rafael Soyé (1787), Sonho. Poema Erotico que as beneficas mãos de nosso Augusto e Amabilissimo Principe do Brasil off...., Lisboa, Off. Patriarcal de Francisco Luis Ameno, pp. LV-LVII
  • Aos Amigos da Pátria, s.l., s.d. [1808?]
  • O Reconhecimento dos nossos fiéis alliados, s.l., s.d.[1808?]
  • Ode na Morte do Marquez de Pombal. Começa "Não de bronzes ou mármores antigos", Collecção de poesias inéditas dos melhores authores portuguezes, Lisboa, Off. de Joaquim Rodrigues d'Andrade, 1810, tomo II, p. 10
  • Soneto que se recitou no Real Theatro de S. João da Cidade do Porto por motivo da feliz Acclamação de Suas Magestades Fidelissimas no sempre memoravel dia 4 de Junho de 1823, Porto, Typ. Viúva Alvarez Ribeiro & Filhos, 1823. Existe outra edição do mesmo soneto: Lisboa, Regia Typ. Silviana, 1823.
  • Soneto da Ex.ma Viscondessa de Balsemão, D. Catharina ["Tu que reges, Senhor, altos destinos"], Porto, Imp. na rua de Santo António, 1823
  • Correio do Porto, 5 e 6 de Jan. 1824
  • "Tempere a Lyra em tom alti-sonante", apud Filinto Elysio (1837), Obras de..., nova ed., Lisboa, Typ. Rollandiana, tomo IV, pp. 229–234
  • Soneto de D. Catharina Michaela de Souza Cezar e Lencastre, Dama de S. João de Jerusalem, e pimeira [sic] Viscondessa de Balsemão, por ella feito, e recitado em seus ultimos momentos, glosado por Francisco Joaquim Bingre em 2 de Dezembro de 1845. Aos oitenta e trez annos de sua idade, Aveiro, Typ. do Governo Civil, 1846
  • Miscelânea poética. Jornal de poesias inéditas. Primeira Collecção publicada de Jan. a Junho de 1851, Porto, Loja de F. G. da Fonseca, 1851, p. 33, p. 81, p. 90, p. 113
  • Miscelânea poética. Jornal de poesias inéditas. Segunda Collecção publicada de Julho de 1851 a Agosto de 1852, Porto, Loja de F. G. da Fonseca, 1852, p. 89
  • Sapho. Quadras [começam "Sapho ao mar se precipita"] in Almanach de Lembranças Luso-Brasileiro para o ano de 1863, org. Alexandre Magno Castilho, Lisboa, Imprensa Nacional, 1862, p. 376
  • Costa, D. António da (1892), A Mulher em Portugal. Obra posthuma publicada em benefício de uma creança, Lisboa, Typ. da Comp. Nac. Editora, 1892, p. 213 ss.. Com as composições Canção "Constância, coração! Que mais te assusta?", "Enfim, rispido Elmano, estão quebrados", "Desce do céu, ó Musa encantadora", "Houve tempo em que eu cantava", Voltarete ["Não canto a guerra"], "Passei dos anos a estação primeira", "Um rato destruidor", "Grande entre os grandes, de constância armado" [soneto ao Marquês de Pombal], "Qual a nau que dos ventos combatida",
  • Ode/ Composta ha mais de 120 annos/ por/ D. Catharina Michaela de Sousa Cesar de Lencastre/ Viscondessa de Balsemão/ e agora impressa/ por occasião do casamento/ da Ex.ma Sr.ª/ D. Margarida Pinto de Sousa Coutinho/ filha do bisneto da auctora/ o actual Visconde de Balsemão/ com o Ex.mo Sr./ Dr. Joaquim Luiz Fernandes/ aos 8 de Julho de 1909, s.l., 1909 [Contém breve biografia da autora]
  • Soneto que começa "Grande Deos, que do alto d'esse throno" in José Osório (1845), Viscondessa de Balsemão, "Illustração, Jornal Universal", Lisboa, vol. I, p. 127-128.
  • Uma Paixão [Soneto "Inda existe, cruel, inda em meu peito"], Miscelânea poética. Jornal de poesias inéditas. Primeira Collecção publicada de Jan. a Junho de 1851, Porto, Loja de F. G. da Fonseca, 1851, p. 33
  • Salvado, António (s.d.), Antologia da poesia feminina, s.l., Ed. Jornal do Fundão, p. 85 ss.

Dados genealógicos[editar | editar código-fonte]

Era a décima filha, ou décima primeira, dos Senhores de Vila Pouca, Francisco Filipe de Sousa da Silva Alcoforado e Dona Rosa Maria de Viterbo de Alencastre, casados há já dezanove anos, e neta, por parte materna, dos terceiros Viscondes de Asseca. Pertencia assim, por via paterna, a uma das famílias portuguesas "que vemos mais liadas por casamentos com as principais do Reino".[29]

Foi casada comː

  • Luís Pinto de Sousa Coutinho (1735-1804), 1º visconde de Balsemão de juro e herdade, com Grandeza; governador da Capitania de Mato Grosso, Ministro, Membro do Conselho Real, Comendador da Ordem de Avis e Marechal-de-campo dos Exércitos Reais[30].

Filhosː

Referências

  1. Livro de Assentos de Nascimentos, do Arquivo de Guimarães, Freguesia de S. Sebastião, Livro 8º, 20/4, anos 1744-21/3/1756, f. 123 v.
  2. Guimarães Agradecido, Applauzo metrico, que a celebre Academia da mui notavel Villa de Guimarães recitou na presença e em louvor do Sere.mo Snr. D. Joze, Arcebispo e Senhor de Braga, Coimbra, Real Collegio das Artes da Companhia de Jezus, 1747-1749, vol. I, p. 166 ss, p. 180 ss. et passim
  3. Sousa, A. Caetano de (1946–1955). Historia Genealogica da Casa Real Portugueza, ed. revista por M. Lopes de Almeida e C. Pegado. Coimbra: Atlântida. pp. t. X, 375 
  4. Nicolau Tolentino [de Almeida] (1861), Obras Completas de, Lisboa, Typ. de Castro, & Irmão, p. 86.
  5. João José Pinto de Vasconcelos (1793), Collecção de Prozas, e Versos, Lisboa, Off. Antonio Gomes, p. 45).
  6. O registo encontra-se no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta em Guimarães.
  7. Albano Silveira Pinto (1883), Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal, Lisboa, Emp. Ed. Francisco Arthur da Silva, pp. 201-208
  8. José Osório (1845), Illustração. Jornal Universal,vol. I, pp. 127-128
  9. Alorna, Marquesa de (1844). Obras Poeticas de D. Leonor d'Almeida Portugal Lorena e Lencastre. Lisboa,: Imprensa Nacional. pp. t. I, 39 
  10. Jazente, Abade de (1985). Poesias. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. pp. I, 196 
  11. Alorna, Marquesa d' (1844). Op. cit. [S.l.: s.n.] pp. vol. II, 17 ss. 
  12. Olavo, Carlos (1944). A Vida Amargurada de Filinto Elysio. Lisboa: Guimarães & C.ª. pp. cf. 86, 90, 169–170, 195–196) 
  13. Lencastre, Catarina de. Collecção 5.ª/ das/ Poesias escolhidas (s.d.). Ms. na posse do Prof. José Adriano de Carvalho, s.l., soneto 18, p. 34. [S.l.: s.n.] 
  14. Fronteira e Alorna, Marquês de (1986). Memórias do..... Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda. pp. Partes I–II, 212 
  15. Correio do Porto, 6 de Janeiro de 1824, p. 20.
  16. Balbi, Adrian (1822). Essai statistique sur le Royaume de Portugal et d'Algarve comparé aux autres états de l'Europe et suivi d'un coup d'oeil sur l'état actuel des sciences. Paris: Ed. Rey et Gravier Lib. pp. vol. II, clxxj 
  17. Bouterwek (1823). History of Spanish and portuguese literature (trad. Thomasina Ross). London: Boosey and Sons. pp. max. vol. II, 377–383 
  18. Parnaso Lusitano ou Poesias Selectas dos Auctores Portuguezes antigos e modernos, illustrados com notas, precedido de uma Historia abreviada da lingua e poesia portuguezas. Paris: João Pedro Aillaud. 1826–1827. pp. tomo I, CXXIV 
  19. Romero Ortiz, Antonio (1869). La literatura portuguesa en el siglo XIX. Estudio literario por... Madrid: Typ. Gregorio Estrada. 68 páginas 
  20. Osório, José (1845). "Viscondessa de Balsemão. D. Catharina de Souza", Illustração. Jornal Universal, Novembro, n.º 8,. Lisboa: [s.n.] pp. 127–128 
  21. Inocêncio, Francisco da Silva (1858–1926). Diccionario Bibliographico Portuguez,. Lisboa: Imprensa Nacional. pp. t. II, 63–64: t. IX, 58 
  22. Costa, D. António da (1892). A Mulher em Portugal. Lisboa: Typ. da Companhia Nacional Ed. pp. 213–218 
  23. Remédios, Mendes dos (1914). História da Literatura Portuguêsa. Coimbra: Ed. F. França Amado. pp. 143–144 
  24. Barros, Teresa Leitão de (1927). Escritoras de Portugal. Génio Feminino revelado na Literatura Portuguesa. Lisboa: s.n. pp. t. II, 102–116 
  25. Antologia da Poesia Feminina Portuguesa, s.l., E.F./ Typ. do Jornal do Fundão, s.l., pp. 78-85
  26. Cunha, Zenóbia Collares Moreira (1992). O pré‐romantismo português: subsídios para a sua compreensão. Lisboa: Tese de doutoramento apresentada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa 
  27. Borralho, M. Luísa Malato (2008), “Por acazo hum viajante…”. A vida e obra de Catarina de Lencastre, 1.ª Viscondessa de Balsemão (1749-1824), Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda
  28. Catarina de Lencastre, apud Borralho, Maria Luísa M.,op. cit, p. 21
  29. Bezerra, Manuel (1785-1791) Os Estrangeiros no Lima, Coimbra, Real Officina Universitaria, vol. I, p. 418
  30. a b c Catarina Micaela de Sousa César e Lencastre, Escritoras

Ligações externas[editar | editar código-fonte]