Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre
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O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre (CPOR/PA) é um Estabelecimento de Ensino do Exército Brasileiro responsável por promover a formação moral, ética, física e intelectual do futuro oficial da reserva, neste caso, 2º Tenente (podendo chegar até 1º Tenente). Proporcionando a base de conhecimentos técnico-profissionais e a cultura militar inerentes à Instituição.
Atualmente, o CPOR/PA possui estrutura para formar 180 Oficiais da Reserva das Armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia, Comunicações e Intendência.
História[editar | editar código-fonte]
Foi criado em 31 de janeiro de 1928, pelo Aviso Ministerial nº 06, através do esforço do então capitão de Artilharia Luiz de Araújo Correia Lima. Nos primeiros anos, o CPOR/PA funcionou nas dependências de diversos quartéis de Porto Alegre, conforme os cursos da época: Infantaria, Cavalaria e Artilharia.
Em dezembro de 1932 o Comando do CPOR/PA passou a ocupar um prédio alugado na Rua dos Andradas. E em 1933 os cursos de Infantaria e Artilharia foram reunidos em um prédio na atual Av. Getúlio Vargas, permanecendo a Cavalaria Divisionária onde hoje é o 3ºRCGd. Em 1940, todo o CPOR/PA foi integrado nas dependências do 4º Esquadrão de Fuzileiros. Esse aquartelamento, construído em 1867 para sediar o Laboratório Pirotécnico do Exército, é a localização atual do CPOR/PA. Os cursos de Engenharia e Intendência foram criados em 1942, ano em que o Centro passa a denominar-se CPOR/PA. Durante a 2º Guerra Mundial, o CPOR/PA enviou Oficiais da Reserva para a frente de batalha.
Em 1966, o CPOR/PA foi agraciado com a Medalha do Mérito Militar em decorrência dos serviços prestados. A partir de 1970, passou a ser subordinado à Diretoria de Formação e Aperfeiçoamento (DFA) e, em agosto de 2000 teve início o Curso de Comunicações.
Missão[editar | editar código-fonte]
A Missão do CPOR/PA é promover a formação do Oficial da Reserva, por meio do desenvolvimento moral, ético, físico, intelectual e afetivo, de modo que possa ser um agente de difusão dos valores e tradições do Exército Brasileiro na sociedade civil e, também, ser um cidadão cônscio dos seus deveres e direitos.
Curso de Formação de Oficiais da Reserva[editar | editar código-fonte]
Curso Básico[editar | editar código-fonte]
A Formação Básica dos Alunos do CPOR/PA compreende a fase de instrução necessária à rápida adaptação à vida militar e ao início da formação moral, ética, física e intelectual dos futuros Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro. Neste período, são ministradas instruções fundamentais para a formação do Combatente Básico da Força Terrestre: Armamento e Tiro, Treinamento Físico Militar, Chefia e Liderança, Instrução Geral, Ordem Unida, entre outras.
O Período Básico é realizado durante os meses de fevereiro a maio em regime de externato, exceto nas duas primeiras semanas de adaptação, durante as quais os novos Alunos são mantidos em regime de internato.
conta com dois exercícios a operação VESPER que é feita no próprio quartel conta com marcha de 8km, pista de progressão em terreno adverso, cordas e nós, carregamento de feridos (HPPS), orientação noturna, tiro de ação reflexiva, transmissão de mensagem via radio e manuseio de equipamento de visão noturna. É o primeiro contato do aluno com um treinamento intenso que inicia na manhã de uma dia da semana dura toda tarde e noite, tem seu fim no inicio da manhã do outro dia quando o aluno recebe pelo seu instrutor a insignia do aluno em sua farda.
A segunda situação operacional é a instrução de campo realizada no CIB/RS (campo de instrução de butiá) esse testa a capacidade de persistência do aluno sua capacidade física e principalmente psicológica de se manter nas condições impostas tem por objetivo simular o cansaço físico que o guerrilheiro sente em uma guerra real. Após o campo básico o aluno recebe a boina azul e faz a escolha da arma e inicia seu período de formação e aplicação.
O ensino no CPOR/PA é fundamentado na ação educativa social e no desenvolvimento dos atributos da área afetiva do corpo discente, buscando-se a rusticidade e o caráter prático e união com os companheiros nas atividades de instrução.
Período de Formação e Aplicação (PFA)[editar | editar código-fonte]
O PFA inicia-se após a conclusão do Período Básico, mediante a “escolha” da Arma. Neste período, os Alunos recebem a formação específica de cada Arma (Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia ou Comunicações) ou do Serviço de Intendência, através da realização de exercícios no terreno ou da realização de viagens de instrução às Organizações Militares correspondentes a cada um dos 06 (seis) Cursos do CPOR/PA.
Período de instrução[editar | editar código-fonte]
As instruções são ministradas no período da manhã durante aproximadamente 10 (dez) meses, e durante as férias escolares do meio do ano, estas instruções transcorrem também a tarde (o objetivo deste regime de trabalho é motivar o Aluno para que também obtenha o melhor rendimento em seu respectivo curso do ensino universitário);
- Cursos: Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia, Intendência e Comunicações
- Situação após o curso (com aproveitamento): Aspirante-a-oficial.
Cursos[editar | editar código-fonte]
Infantaria[editar | editar código-fonte]
A Infantaria é a mais antiga arma do Exército, formada por soldados que podem combater em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte para serem levados à frente de combate. Sua principal missão é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção e grande mobilidade. Utilizando para isso o fogo e movimento Isso permite a aproximação ao inimigo para travar o combate corpo-a-corpo.
A Infantaria moderna segue uma organização que divide as tropas de infantes agrupando-os em unidades chamadas de divisões, brigadas, regimentos, batalhões, companhias, pelotões, grupos de combate e escalões.
Cavalaria[editar | editar código-fonte]
A Cavalaria é a arma do Exército que é empregada à frente dos demais integrantes da força terrestre, em busca de informações sobre o inimigo e sobre o teatro de operações. Na frente de combate, participa de ações ofensivas e defensivas, usando de suas características básicas: alta mobilidade, elevada potência de fogo, ação de choque e surpresa, proteção blindada e sistema de comunicações avançado.
No Exército Brasileiro as unidades de cavalaria podem ser:
- blindadas
- mecanizadas
- de guardas
- hipomóveis
Artilharia[editar | editar código-fonte]
Artilharia, arma do exército que faz apoio de fogo através do lançamento de projéteis em trajetória parabólica (indireta) à infantaria e cavalaria podendo também realizar outras missões específicas no teatro de combate.
Atualmente, a unidade militar básica de manobra da Arma de Artilharia é o Grupo de Artilharia.
Engenharia[editar | editar código-fonte]
Engenharia Militar é o ramo da engenharia que dá apoio às atividades de combate dos exércitos dentro do sistema MCP (Mobilidade, Contramobilidade e Proteção) construindo pontes, campos minados, estradas, etc. se encarregando da destruição dessas mesmas facilidades do inimigo e aumentando o poder defensivo por meio de construção ou melhoramento de estruturas de defesa. Além de suas missões clássicas de apoio ao combate em situação de guerra, atua em época de paz como pioneira ou colaboradora na solução de problemas de infra-estrutura do desenvolvimento nacional.
Os engenheiros militares que têm por missão actuar em situações de combate são designados Sapadores ou Engenheiros de Combate
Intendência[editar | editar código-fonte]
O Serviço de Intendência é a parte da logística voltada para as atividades de suprimento. Ele distribui o material de intendência (uniformes, equipamentos individuais, etc) e os diversos tipos de munição e de gêneros alimentícios. Proporciona também, em operações, outros serviços como lavanderia e banho. Nas organizações militares os intendentes assessoram os comandantes na administração financeira e na contabilidade.
Incansável e tenaz, a Rainha da Logística realiza um serviço cotidiano e ininterrupto, transportando, suprindo e alimentando. A satisfação da tropa apoiada é o seu maior objetivo. Por isso mesmo, é respeitada e admirada pela sua capacidade de trabalho.
A evolução do material de Intendência é essencialmente dinâmica. Estudos são realizados permanentemente, com o objetivo de aperfeiçoá-lo.
Comunicações[editar | editar código-fonte]
A Arma de Comunicações do Exército Brasileiro – a Arma do Comando – proporciona as ligações necessárias aos escalões mais altos que exercerão a coordenação e o controle de seus elementos subordinados antes, durante e após as operações. Além disso, atua no controle do espectro eletromagnético, por meio das atividades de Guerra Eletrônica, para impedir ou dificultar as comunicações do inimigo, facilitar as próprias comunicações e obter informações.
O ciclo básico da tomada de decisão é deflagrado a partir dos estímulos recebidos do ambiente. O centro decisório, após detectar, comparar, analisar, decidir e agir, reage ao ambiente, para restabelecer a situação desejada.
O Sistema de Comando e Controle (SC2), como parte integrante desse processo, precisa ser operado em tempo compa-tível que assegure a oportunidade na tomada de decisão. O funcionamento eficaz do SC2 é responsabilidade do comandante.
A Arma de Comunicações tem como patrono o Marechal Rondon
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Tenente-coronel Correia Lima
- Centro de Preparação de Oficiais da Reserva
- Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo
- Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica
- Tiro de Guerra