Cerco de Hipona

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Cerco de Hipona
Guerras germânicas
Data 430
Local Hipona, África Proconsular (moderna Annaba, na Argélia)
Desfecho Vitória vândala
Beligerantes
  Vândalos Império Romano Império Romano
Comandantes
  Genserico Império Romano Bonifácio
Hipona está localizado em: Argélia
Hipona
Localização de Hipona no que é hoje a Argélia

O Cerco de Hipona (em latim: Hippo Regius) foi um cerco realizado em maio de 430 pelas forças vândalas lideradas pelo rei Genserico, e que determinou a presença dos vândalos no Norte de África durante um século.

Antecedente[editar | editar código-fonte]

A cidade de Hipona era defendida por Bonifácio, o conde da África, após este ter solicitado o auxílio a Genserico, devido a uma intriga que Flávio Aécio movera contra si, sendo acusado de traição. Gala Placídia, mãe do imperador do ocidente Valentiniano III (ainda menor) foi persuadida de que ele visava o trono do filho, mas depois mudou de opinião e favoreceu Bonifácio. Bonifácio entretanto já tinha os vândalos, que requisitara às suas portas, e Genserico recusou regressar à Hispânia, de onde saíra com toda a sua tribo. Numa primeira batalha Bonifácio foi derrotado e refugiando-se em Hipona, foi cercado por Genserico.

O cerco[editar | editar código-fonte]

Mantendo a supremacia no mar, Bonifácio conseguiu manter a cidade bem provisionada para resistir ao ataque. Tinha ainda o apoio de Gala Placídia, mãe do imperador do ocidente Valentiniano III (ainda menor), que solicitou também, o apoio ao imperador oriental.

Disse Edward Gibbon

A importância e perigo de África eram profundamente sentidos pela regência ocidental. Placidia implorou o auxílio do seu aliado oriental; e a armada italiana foi reforçada por Aspar, que saiu de Constantinopla com um poderoso armamento. Com a força dos dois impérios unida sob seu comando, Bonifácio marchou corajosamente contra os vândalos, mas a perda de uma segunda batalha, decidiu irremediavelmente o destino de África.[1]

Assim, depois de quatorze meses, Genserico finalmente tomou a cidade, abandonada pelos romanos, numa fuga desesperada.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Os Vândalos negociariam a paz com Valentiniano III e governariam a província de África durante um século, até que Flávio Belisário os expulsou em 534.

Entre os que morreram sob este cerco (em Agosto de 430), estava Santo Agostinho[2].

Referências

  1. Edward Gibbon, Gibbon's History of the decline and fall of the Roman empire, Volume 3 by Th. Bowdler, 1826. [1]
  2. Thomas Benfield Harbottle, DICTIONARY OF BATTLES - From the earliest date to the present time, p. 13. [2]